sábado, 10 de janeiro de 2009

AIR FRANCE-KLM FAZ PROPOSTA PARA TER 25% DA ALITALIA.


A direção da companhia aérea franco-holandesa Air France-KLM decidiu nesta sexta-feira (09/01) oferecer 300 milhões de euros por 25% das ações da Alitalia, segundo fontes próximas à operação.

A proposta será discutida na segunda-feira pela nova diretoria da Alitalia, formada por empresários italianos que compraram as cotas rentáveis da antiga empresa por meio do consórcio Companhia Aérea Italiana (CAI). A nova Alitalia começará a operar na próxima terça-feira, com a chegada a Roma do primeiro voo da companhia, que partirá de Londres.

Caso concretize a compra de 25% das ações, a Air France-KLM passará a ser a principal acionista da Alitalia, mas ficará impedida durante cinco anos de adquirir o restante dos papéis da companhia, devido a uma cláusula contida no estatuto da CAI.

Antes das eleições gerais de abril, quando a Itália era governada pelo ex-premier Romano Prodi, o atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi (então líder da oposição), opôs-se a uma oferta anterior da Air France-KLM, considerada muito mais vantajosa que a atual.

Agora, a empresa franco-holandesa enfrenta a concorrência da alemã Lufthansa, que confirmou nesta sexta-feira que continua conversando com a Alitalia sobre uma possível participação em seu capital.

"Nossa posição não mudou, consideramos que o mercado italiano é muito importante", declarou a porta-voz da Lufthansa, Cláudia Lange. Um outro porta-voz da companhia alemã havia confirmado ontem que a companhia nunca apresentou uma oferta à Alitalia, mas destacou que "isso não significa que não o faça no futuro".

As duas companhias concorrentes divergem quanto ao aeroporto que poderá abrigar o centro de conexões da Alitalia. A Air France-KLM prefere Fiumicino, em Roma, e a Lufthansa pretende usar o aeroporto do Malpensa, em Milão.

A Liga Norte, partido ultraconservador que compõe a base governista, já disse preferir um acordo com a Lufthansa. A oposição, por sua vez, critica qualquer possível negociação com sócios estrangeiros, alegando que o caráter nacional da empresa foi mantido a um alto preço, e que agora pode ser comprometido.

Fonte: ANSA

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