sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Caso Battisti: Brasil será acusado de violação de Direitos Humanos perante a Corte de Haia.

Lula e presidente italiano, Silvio Berlusconi
Lula e Silvio Berlusconi (Foto Ricardo Stuckert/PR)

O pacote de medidas em preparação pela Itália contra o Brasil terá uma que chegará à Corte Internacional de Justiça de Haia.

Rui Barbosa, o águia de Haia dos nossos livros de história, já deve estar, além túmulo, indignado com a imprevidência de Lula em endossar uma estultice do ministro Tarso Genro, em nome de uma falaciosa decisão soberana que, na verdade, afronta aos direitos da pessoa humana e assegura a impunidade a terroristas.

O acionamento da Corte Internacional de Justiça de Haia será uma das próximas cartas a ser lançada, com o aval do presidente Giorgio Napolitano, comunista histórico e que é chefe de Estado.

Na Corte de Haia, o tema a ser encaminhado será a impunidade que o Brasil confere ao ex-terrorista Battisti. Um assassino que, durante um regime democrático, violou direitos invioláveis das pessoas humanas.

Como conseguiu apurar esse blog “Sem Fronteiras” de Terra Magazine, será consignado, na peça à Corte de Haia, a conclusão de que a postura brasileira ofende direitos fundamentais e naturais do homem, das famílias das vítimas e de uma Itália fundadora da União européia, que é uma comunidade alicerçada no respeito à pessoa humana.

Lula entrará numa saia-justa, pois, o nosso país figurará no elenco daqueles que dão proteção a violadores de direitos fundamentais do homem e asseguram impunidade a criminoso. Tudo com violação a uma decisão soberana da Justiça de um estado democrático, com legitimidade para executar pena imposta a um nacional que, no seu território, é responsável, como co-autor e mandante, de quatro homicídios.

Com efeito. Na reunião mantida entre o ministério das relações Exteriores da Itália e o embaixador peninsular no Brasil, iniciada ontem e que prosseguiu hoje na parte da manhã de hoje e já foi interrompida para o almoço, foram, com cautela, fixadas algumas metas.

Também ocorreram cortes a algumas patriotadas-macarrônicas, como a proposta do subsecretário da pasta, Alfredo Mantica, do ultradireitista partido da Aliança Nacional (AN). Mantica queria o cancelamento da partida entre as seleções do Brasil e da Itália marcada para 10 de fevereiro, em Londres.

Walter Veltroni, líder do maior partido de esquerda italiano (Pardido Democrático) de oposição ao governo Sílvio Berlusconi, recebeu informação do ministério que a sua proposta de “Moção Parlamentar” (Câmara e Senado) de protesto contra a desrespeitosa e ofensiva decisão do ministro Tarso Genro, referendada pelo presidente Lula, não atrapalharia e nem criaria embaraços à atuação no campo diplomático. Como a situação já se manifestou favoravelmente, a moção será implementada uma vez que a iniciativa é da oposição.

A presidente da Cofindústria e os sindicatos receberam informações de que a tensão entre Brasil e Itália não afetará as relações bilaterais, nessa época de global crise econômico-financeira. No campo da exportação italiana, antes do caso Battisti, a Itália já vinha sentido, com relação ao Brasil, o peso da forte e crescente concorrência da China.

Quando Lula esteve na Itália em novembro passado, –e o premier macarrônico Berlusconi derramou-se em atenções a ponto de reunir os jogadores de futebol que atuam ou que já penduraram as chuteiras mas continuam a morar na Itália–, ficou acertada a visita de retribuição para os primeiros dias de março.

Ao aceitar o convite de Lula para março próximo, uma agenda de viagem foi rascunhada para Berlusconi, com breve passagem do premier por São Paulo antes de Brasília.

Sinalizado pelo ministro de relações Exteriores, o premier Berlusconi falou do adiamento da viagem em face de compromissos extraordinários. Ou seja, diante do que vem sendo chamado de “exteriorização de descontentamentos” decorrente do caso Battisti, o premier cancelou a viagem ao Brasil, embora nenhuma nota tenha sido emitida ainda pelo palazzo Chigi, sede do Conselho de Ministro e onde despacha Berlusconi.

Como Berlusconi e Lula são pródigos em comicidades e gafes, a reunião da dupla ecoaria “sifu” e “vaffa” em profusão por Brasília. O ponto positivo é que ficaremos livres, felizmente, das costumeiras baixarias berlusconianas, que tem comportamento “machista” e acha que é apenas um galanteador. Em síntese, em tempos bicudos, de desemprego, e com marolinhas a virar vagalhões, seremos poupados de cenas patéticas e de humor de teatro de revista de “basfond” parisiense ou de cais de porto.

Na reunião entre o ministro italiano de relações exteriores e o seu embaixador peninsular junto ao Brasil, na famosa Farnesina (sede do ministério), houve a ordem para se alertar de que a Itália, desde janeiro, assumiu a presidência rotativa do G8 e não conta com poder de veto, e nem cogita, de “desconvidar” os “outreach countries”. Ou melhor, países, como China, Índia, Brasil e México, convidados a participar do encontro do G8 que ocorrerá na Sardenha, em julho próximo.

Já foi avaliado que a chamada do embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise, teve o efeito positivo de marcar, internacionalmente, a posição de desagrado da Itália com a decisão do governo Lula, de desrespeito um Estado democrático de direito, e a ferir princípios elementares do direito internacional. Como se disse na reunião e vazou, de um país com legitimidade para executar as suas sentenças judiciais baseadas no respeito à pessoa humana: respeito à memória das vítimas do terrorismo e aos seus familiares.

O tom, — respeito aos direitos humanos–, foi repassado ao ministro para as Políticas Européias, Andréa Ronchi. O ministro Ronchi, ontem, divulgou o teor do ofício carta que está a encaminhar à Comissão Européia e comissariado para a Justiça da Comunidade européia, Jacques Barrot.

PANO RÁPIDO. O acionamento da Corte Internacional de Justiça de Haia será uma das próximas cartas, numa queda-de-braço que Lula não consegue atentar para o lado do desrespeito a direitos humanos.

A propósito, Lula, com o escapismo de a questão dever ser solucionada no Judiciário (referencia à lei de Anistia cunhada no governo militar), não empresta consideração e respeito, ao contrário do governo da Espanha por exemplo, à memória das vítimas do terrorismo promovido pela ditadura militar iniciada em 1964.

– Wálter Fanganiello Maierovitch –

HOLOCAUSTO: Câmara de Gás era para Desinfetar, diz cardeal lefebvriano.


Tem um ditado popular que diz o seguinte: “Se arrependimento matasse, aquele que concedeu o perdão estaria morto”.

Não sei se o ditado se aplica aos papas, que, conforme se proclama, são infalíveis nas questões de fé porque iluminados. Em outras questões são como nós, comuns mortais. Ou seja, erram. Só que com grande repercussão.


Ratzinger olha o ataque lefebvriano

Ratzinger olha o ataque lefebvriano

O papa Bento XVI se não se arrependeu de ter levantado a excomunhão de quatro bispos lefebvrianos, da Fraternidade Pio X, já deve ter a certeza da precipitação.

Ontem, um dos contemplados, don Floriano Abrahamowicz, disse que as câmaras de gás serviam para desinfetar. E a sua postura anticristã não parou aí. Sustentou que o número de 6,0 milhões de hebreus exterminados é meramente simbólico, pois, quando se fala em genocídio, sempre há exageros.

Depois da repercussão negativa decorrente do levantamento da excomunhão, em especial do bispo lefebvriano Richard Williamson, que nega o Holocausto-Shoá, o papa Ratzinger condenou publicamente “todo negacionismo” e voltou a falar de “irmãos” hebreus: João Paulo II havia excomungado os quatro lefebvrianos em 1988 e chamara os hebreus de “irmãos mais velhos”.

Como destaquei em post anterior, a diplomacia vaticana, depois do ato de levantamento da excomunhão na antevéspera do Dia Internacional da Memória do Holocausto (27 de janeiro), atuou como bombeiro na tentativa de apagar o incêndio causado por Ratzinger. Coube ao cardeal Walter Kasper escrever uma resposta à carta-protesto do Rabinato de Israel, com a seriedade que o momento reclamava.

Enquanto a diplomacia vaticana comemorava o sucesso da reaproximação e do fim do incidente, com a retomada, pelo Rabinato, das conversações bilaterais suspensas, um outro foco de incêndio apareceu ontem.

O novo foco de incêndio deve-se à divisão dos lefebvrianos. Uma ala virulenta, que aproveita da visibilidade pós-levantamento da excomunhão, volta a atacar o papa Ratzinger e fala em “escandaloso erro ao ter o papa rezado numa mesquita islâmica”. Na segunda frente de ataque, o bispo Floriano Abrahamowicz, provoca os hebreus.

Em síntese, a ala lefebvriana radical apresenta-se como anti-semita, pois considera impura as mesquitas islâmicas e nega os extermínios dos hebreus.

Só para lembrar, o bispo Williamson negou o Holocausto e afirmou que nenhum hebreu morreu em câmara de gás, para ele inexistes nos campos de concentração. Williamson atua na Argentina na formação de novos lefebvrianos, para a Fraternidade fundada em 1970 pelo falecido cardeal Marcel Lefebvre.

Agora, o bispo Floriano Abrahamowicz, até então desconhecido internacionalmente, parte para reforçar o ataque de Williamson. E Floriano é da comunidade lefebvriana da região nordeste da Itália, onde, separatistas, querem a “independência da Padânia” (região do rio Pó) da República italiana. Os referidos separatistas se reúnem num partido político conhecido por Liga Norte, de perfil filo-fascista e que apóia, com os seus parlamentares, o governo direitista do premier Sílvio Berlusconi.

PANO RÁPIDO: se arrependimento matasse, como ensina a sabedoria popular, já estaria a ocorrer, no seio da Igreja católica, convocação para a capela Sistina e certa chaminé revisada para soltar uma fumaça branca.

–Wálter Fanganiello Maierovitch–

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

'NÃO HÁ NENHUMA CRISE ENTRE BRASIL E ITÁLIA', DIZ TARSO.


O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira, 28, que não há crise entre Brasil e Itália devido ao caso envolvendo Cesare Battisti. "Não acredito (em crise). São países amigos, essa fase vai passar, são dois países soberanos, cada um tem direito de se manifestar. Seria uma situação insana que feriria interesses de ambos os Estados", disse em entrevista a GloboNews.

Tarso concedeu o status de refugiado político a Battisti, o que provocou diversas reações da Itália, que pede sua extradição. Tarso disse que fez a "interpretação" da lei.

Battisti, ex-militante da organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos na década de 70. Ele foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007.

Assim que Supremo arquivar o processo, ele deve determinar o alvará de soltura para o italiano.

Fonte: estadao.com.br

CHEFÃO DA CAMORRA E SEU BRAÇO DIREITO SÃO PRESOS EM MADRI.

Um suposto "chefão" da Camorra, Antonio Caiazzo, e seu braço direito, Franceso Simeoli, foram presos em Majadahonda, subúrbio de Madri, segundo informou a polícia nacional.

Os dois integrantes da máfia napolitana foram presos quando deixavam um restaurante situado numa zona comercial, ao fim de uma minuciosa investigação realizada pelas polícias italiana e espanhola, em conexão com a Interpol, segundo o ministério espanhol do Interior, em um comunicado.

Com 50 e 40 anos respectivamente, Caiazzo e Simeoli são classificados de "líderes da máfia napolitana" pela polícia espanhola, especificamente de um clã napolitano da Camorra, afirmou, por sua parte, a polícia de Nápolis em outro comunicado.

Este clã age nos bairros de Vomero e Arenella e é conhecido pela cruel guerra interna da Camorra dos anos 90 e que terminou, em 1997, com chamada 'matança de Arenella', na qual uma mulher morreu sob o fogo cruzado dos dois grupos.

Antonio Caiazzo estava foragido desde março de 2007, depois de ser condenado a 12 anos de prisão. Ele é considerado o 'chegão histórico' de um clã terroristas implantado no citados bairros. Simeoli é seu braço direito, também foragido desde 2007.

Nos últimos meses, vários chefes da Camorra foram presos na Espanha, o que ilustra a intensa atividade dos mafiosos napolitanos nesse país, principalmente pelo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Fonte: AFP

EMPRESÁRIOS ITALIANOS CONHECEM NOVOS ROTEIROS TURÍSTICOS DO BRASIL.


A Associação dos Escritórios de Turismo Estrangeiros na Itália (Adutei, na sigla em italiano) convidou o EBT do Brasil para participar de um workshop dedicado às empresas e organizadores de eventos, congressos e a imprensa para promover o País como destino turístico em Milão.

Liane Galina, executiva do Escritório Brasileiro de Turismo na Itália se reuniu com empresários e jornalistas para fornecer informações sobre os produtos turísticos do Brasil. "É muito importante participar deste tipo de ação. O grande interesse das pessoas atendidas foram os destinos e roteiros para grupos e as viagens de incentivo", declarou Liane.

Em 2008 houve um aumento de 28,1% na oferta de voos entre Itália e Brasil em relação ao ano anterior, quatro importantes operadoras passaram a comercializar o Brasil e onze ampliaram a oferta de destinos brasileiros.

Fonte: PantanalNews

HOSPITAL DISPONÍVEL PARA EUTANÁSIA.

As autoridades de saúde da cidade italiana de Udine autorizaram, esta quarta-feira, 28, o internamento de uma mulher em coma irreversível no Centro hospitalar de Quiete, que se disponibilizou para suspender a alimentação artificial.

A mulher tem 37 anos, está em coma desde 1992 devido a um acidente de aviação e estava 'em lista de espera' no distrito sanitário de Udine.

A decisão das autoridades de saúde foi tomada dois dias depois de um tribunal administrativo ter aberto caminho à suspensão da alimentação artificial pedida pela família, anulando assim uma decisão administrativa da região que proíbe o pessoal de saúde de proceder a tal ato.

Fonte: Correio da Manhã

Indício de metano em Marte pode comprovar vida no planeta.


Da Redação

Cientistas da agência espacial americana (Nasa) estão ansiosos para a próxima missão em Marte.

A descoberta de que várias regiões são ricas em gás metano aumenta as chances reais da existência de microorganismos habitarem o planeta.

O metano em Marte foi detectado por telescópios no Havaí, que decifram a composição química de substâncias através da luz que elas emitem. A Nasa não descarta que microorganismos no solo marciano estejam emitindo o metano.

Na Terra, o metano é fabricado na maioria das vezes por organismos. O gás pode ser emitido na digestão de nutrientes, ou em outros processos, como a oxidação de ferro.

A missão Mars Science Laboratory (MSL) é ambiciosa e chegará ao destino em 2012. A sonda é um equipado laboratório do tamanho de um carro de golfe com o custo de US$ 2 bilhões.

Entre os pesquisadores e colaboradores da próxima missão está um brasileiro, o engenheiro Ramon de Paula, de 55 anos.

"O MSL poderá dar mais pistas sobre a origem do metano. Inicialmente ele não iria para a região onde o gás foi encontrado, mas quem sabe faz sentido enviá-lo para lá?", questiona o engenheiro.

O desafio será ainda maior: a Nasa quer com a missão MSL determinar se há ou houve vida no planeta e verificar as chances da exploração humana.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Brasileiros são deportados da Espanha e reclamam de tratamento.


Oito brasileiros foram deportados da Espanha após serem barrados no aeroporto de Barajas, em Madri. Eles faziam parte de um grupo de 20 brasileiros que deveriam desembarcar na capital espanhola, mas foram impedidos pela polícia espanhola.

Ao desembarcarem na noite desta terça-feira no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), o grupo reclamou do mau tratamento recebido. O Ministério das Relações Exteriores foi procurado pela Folha, mas não confirmou o episódio.

O ministério apenas informou que o número de casos de brasileiros barrados diminuiu. Segundo balanço do Itamaraty, 3.013 brasileiros foram barrados na Espanha em 2007, contra 2.196 do ano passado.

Nesta segunda-feira (26), a polícia espanhola prendeu um grupo de 33 brasileiros acusados de falsificar e vender documentos. De acordo com dados do Ministério do Interior espanhol, os brasileiros já são a principal nacionalidade na lista de falsificadores mais procurados pela polícia da Espanha, superando os nigerianos.

Com Folha de S.Paulo

Aposentadoria por tempo de serviço sai em 30 minutos a partir desta terça.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começa a partir desta terça-feira a fazer em apenas 30 minutos a liberação de aposentadorias por tempo de contribuição dos trabalhadores urbanos. Também entrará nesse sistema a concessão do salário-maternidade.

A agilização para esses tipos de benefícios estava prevista para ocorrer somente a partir de março, mas foi a adiantada devido à integração no sistema da Previdência.

Desde o início de janeiro, esse sistema já está valendo para a liberação de benefícios por idade na área urbana. O INSS chega a conceder diariamente até 2.000 aposentadorias por idade.

Para pedir a aposentadoria, o trabalhador deverá agendar o atendimento em um posto do INSS pelo telefone 135 ou pela internet. O benefício só não sairá na hora caso haja falta, no sistema, de algum dado sobre o trabalhador. Nesse caso, ele terá de apresentar documentos para solicitar a inclusão das informações, como vínculos empregatícios que não estão registrados no sistema.

O INSS também pretende ampliar o alcance da medida para a concessão dos demais benefícios da Previdência. Em julho, a concessão de aposentadoria por idade para trabalhadores rurais também deverá sair em 30 minutos.

O sistema já contará automaticamente com todos os dados do trabalhador desde 1976, quando passou a ser obrigatória a entrega da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) por parte dos empregadores. Segundo o Ministério da Previdência, metade dos trabalhadores do país está com seus dados completamente atualizados no sistema. Os outros possuem algumas lacunas mais recentes, devido à alta rotatividade no mercado de trabalho.

UOL

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ITALIANOS ORGANIZAM REAÇÃO POPULAR CONTRA ASILO DE BATTISTI.


Familiares das vítimas do terrorismo na Itália organizam uma reação popular contra a decisão do governo brasileiro de conceder asilo político ao ex-ativista Cesare Battisti.

A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O grupo pede para que cada italiano envie cartas ao governo e à embaixada do País em Roma.

"Será que o Brasil sabe exatamente o que está fazendo e quem são essas pessoas? Battisti é um homicida, mas nem por isso seria torturado nas cadeias italianas se voltasse ao país", disse o vice-presidente da Associação das Famílias das Vítimas do Terrorismo na Itália, Roberto Della Rocca.

Fonte: Redação Terra

BERLUSCONI IRRITA OPOSIÇÃO AO DEFENDER MAIS SOLDADOS PARA EVITAR ESTUPROS.


O presidente do Governo italiano, Silvio Berlusconi, se envolveu novamente em uma polêmica ao dizer que, para evitar os casos de estupro e garantir a segurança das mulheres, era preciso aumentar o contingente de soldados nas ruas. Em resposta, a oposição qualificou as declarações do líder italiano de "irresponsáveis e insensíveis".

"Teríamos que ter (nas ruas) soldados no mesmo número das belas mulheres italianas, creio que não conseguiríamos isso nunca", disse Berlusconi em Sassari, ilha de Sardenha. As declarações tinham como base os recentes casos de estupro registrados em Roma e Guidonia, e o anúncio feito pelo próprio líder de que aumentará para 30 mil os soldados que patrulharão as principais cidades.

Berlusconi acrescentou que, mesmo no Estado mais militarizado e policial, há casos de estupro, "por isso não se pode pensar em colocar nas ruas um contingente deste tamanho". As palavras de Berlusconi foram duramente criticadas pela oposição e, assim, o líder do Partido Democrata (PD), Walter Veltroni, qualificou as declarações como a "enésima piada de mau gosto" do presidente do Governo, "diante do drama de tantas mulheres estupradas nestes dias".

Veltroni acrescentou que se trata de uma nova demonstração da "pouca responsabilidade e sensibilidade" de Berlusconi perante a violência sofrida por tantas mulheres e que marca suas vidas. Vittoria Franco, dirigente do PD, disse que Berlusconi teria feito melhor "em ficar calado em vez de ofender as mulheres", e Luca Volonté, do partido democrata-cristão UDC, o acusou de ser "irresponsável". "Um soldado para cada bela mulher? Talvez Berlusconi pense que todos os italianos são desenfreados e irresponsáveis", disse Volonté, que acrescentou que as declarações revelam a falta de capacidade do Governo de garantir a segurança dos cidadãos.

Diante da polêmica originada, Berlusconi se defendeu afirmando que foi apenas "um cumprimento" às mulheres italianas, e, sem perder o humor e a calma, afirmou que a esquerda de novo mostrava sua "indecência" e se agarrava a qualquer coisa para atacá-lo. Na tentativa de aplacar a polêmica, Berlusconi acrescentou que o estupro é um crime "indigno, incivil e execrável, ponto e basta".

Fonte: Agência EFE

BERLUSCONI DIZ NÃO TER 'VARINHA MÁGICA' PARA QUESTÃO IMIGRATÓRIA.


O primeiro ministro da Itália, Silvio Belrusconi, disse neste domingo que seu governo "está trabalhando", mas que "ninguém tem uma varinha mágica", respondendo às perguntas sobre as medidas que têm sido tomadas contra a chamada crise imigratória pela qual o país passa. Nesse último sábado, cerca de 1.300 imigrantes irregulares que estavam no Centro de Primeira Acolhida de Lampedusa, sul da Itália, conseguiram fugir do local e fizeram uma passeata em direção à Prefeitura da ilha pedindo "ajuda" e "liberdade".

Os imigrantes retornaram ao Centro algumas horas depois sem que houvesse nenhum incidente de violência. "Estamos trabalhando com os países da África mediterrânea para fazer com que este fenômeno (de chegada de imigrantes no sul da Itália, ndr.) possa diminuir. Temos no parlamento um acordo feito com a Líbia que demoramos para aprovar, e onde há um empenho do presidente do Senado para aprovar até o dia 31, de modo que a Líbia coloque em ação as medidas de controle das costas contidas no acordo", disse Berlusconi.

"Mas, enquanto o acordo não sai como definitivo do Parlamento, a Líbia não se vê obrigada a promover aquelas atividades estabelecidas", explicou o premier. "Existem 1.300 tunisianos que devem ser repatriados. Falei com o primeiro-ministro (da Tunísia, Zine al-Abidine) Bem Ali, haverá encontros com (o ministro do Interior, Roberto) Maroni e (o ministro das Relações Exteriores, Franco) Frattini para levar adiante as relações com a Tunisia que o governo (do ex-primeiro-ministro Romano) Prodi não levou. Estamos trabalhando, mas ninguém tem uma varinha mágica", acrescentou Berlusconi.

Fonte: ANSA

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Passageiros acusam TAM de servir comida vencida.


Passageiros do voo JJ-8079, que partiu de Nova York para o Rio, na sexta-feira passada, dia 16, acusam a TAM de ter servido refeições com validade vencida. Algumas embalagens traziam a informação de que o alimento deveria ser consumido até 11 de janeiro, outras até dia 14. Passageiros recusaram-se a devolver as embalagens e relataram ter passado mal.

O empresário Álvaro Vianna contou que ele, a mulher e a filha de 11 anos já tinham terminado a refeição - uma massa - quando ouviram os outros passageiros reclamarem que o prazo de validade estava vencido. "No dia seguinte, tive uma indisposição estomacal. Passei mal mesmo. Minha mulher e minha filha nada sofreram", disse.

Segundo Vianna, os passageiros queixaram-se muito da comida, levando o comandante Eduardo Magno a pedir desculpas em nome da companhia aérea. Ele teria atribuído o problema a uma "falha do abastecimento em Nova York", segundo Vianna. "O jantar foi interrompido. Algumas pessoas alimentaram-se apenas de pão e sobremesa. No café da manhã, a refeição também veio incompleta, provavelmente porque havia mais alimentos com prazo de validade vencido", disse o empresário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Blog Minha Itália repudia os atos praticados pela companhia aérea TAM.

Mas, também, o que é que podemos esperar de uma empresa que elenca como primeiro de seus valores o pensamento de que "NADA SUBSTITUI O LUCRO" ?!

Reino Unido enfrenta primeira recessão desde 1991.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido contraiu-se 1,5% no quarto trimestre do ano passado em comparação com o terceiro trimestre, depois de ter recuado 0,6% no terceiro trimestre ante o segundo, o que configura recessão, informou o departamento de estatísticas do país. É a primeira vez desde 1991 que a economia britânica contraiu-se por dois trimestres consecutivos. A queda de 1,5% é a maior desde o segundo trimestre de 1980.

Na comparação com o quarto trimestre de 2007, o PIB caiu 1,8% no período de outubro a dezembro de 2008. No terceiro trimestre, o PIB havia crescido 0,3% ante o terceiro trimestre de 2007. Economistas consultados pela Dow Jones previam queda de 1,3% do PIB no quarto trimestre ante o terceiro e de 1,4% ante igual período do ano anterior. As informações são da Dow Jones.

Yahoo

Papa inaugura seu próprio canal no YouTube.


Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 se tornou nesta sexta-feira uma das pessoas mais velhas a ter um canal próprio no YouTube. Ele aconselhou os jovens a usarem a nova mídia de forma sensata e tentar evitar a obsessão online que pode isolá-los da vida real.

O canal do Vaticano (www.youtube.com/vaticanit) terá vídeos curtos sobre as atividades do papa de 81 anos, além de eventos e cultos no Vaticano, com áudio e texto, inicialmente, em inglês, espanhol, alemão e italiano.

Os vídeos noticiosos diários terão cerca de dois minutos de duração. Eles serão produzidos pelo centro televisivo do Vaticano, por jornalistas e diretores de web da Rádio Vaticano.

O lançamento do canal no YouTube vem no mesmo momento em que o papa mandou uma mensagem no dia mundial de comunicações da Igreja Católica, cujo tema é "novas tecnologias, novos relacionamentos: promovendo uma cultura de respeito, diálogo e amizade".

Henrique de Castro, diretor do setor de vendas europeias e soluções de mídia do Google, que é dono do YouTube, disse em uma entrevista coletiva que o Google não vai lucrar nada com a iniciativa.

"Nossa estratégia é fazer as pessoas virem aos nossos sites", disse.

O canal não terá anúncios e fornecerá links para vários websites e vídeos católicos, incluindo vídeos de igrejas do mundo todo, e do próprio Vaticano.

O Vaticano tem site na web (www.vatican.va) desde 1995.

O arcebispo Claudio Celli, chefe do setor de comunicações do Vaticano, disse que considera também criar um espaço para o Vaticano no Facebook, uma rede social virtual.

Em sua mensagem de boas-vindas aos visitantes do YouTube, o papa disse esperar que a iniciativa "esteja a serviço da verdade".

Reuters

Obama anula restrições de financiamento a grupos pró-aborto.


O presidente dos EUA, Barack Obama, vai suspender na sexta-feira as restrições ao financiamento de grupos que prestam serviços ou aconselhamento para a realização de abortos no exterior, revertendo a política de seu antecessor, George W. Bush, informou uma autoridade de seu governo.

"Será hoje. Ele vai assinar um decreto (revertendo o regulamento global)", disse.

A decisão do presidente democrata é uma vitória para os defensores dos direitos reprodutivos, uma questão que sofre mudanças cada vez que o poder passa de um partido a outro.

Quando a proibição estava em vigor, a verba destinada a serviços de planejamento familiar não poderia ir para clínicas ou grupos que fizessem ou aconselhassem mulheres interessadas em se submeter a um aborto em outros países, mesmo que o dinheiro para essas atividades viesse de outras fontes que não o governo norte-americano.

A medida foi chamada de "Política da Cidade do México" porque foi revelada em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) feita na cidade em 1984 e se tornou uma das principais políticas sociais do governo conservador do ex-presidente republicano Ronald Reagan.

O ex-presidente Bill Clinton, democrata, suspendeu a lei quando assumiu o governo em janeiro de 1993 e seu sucessor, George W. Bush, a retomou em janeiro de 2001.

Terra


Lula envia carta à Itália em defesa de refúgio de Battisti.

Direto de Brasília

Laryssa Borges

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao governo italiano carta em defesa da decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder refúgio político ao ex-militante extremista Cesare Battisti. O teor do documento, redigido pelo Ministério da Justiça, não foi divulgado. Nesta manhã, a embaixadora Maria Edileusa Reis, chefe do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, se reuniu com o representante diplomático da Itália no Brasil, Michele Valensise, para encaminhar oficialmente a posição brasileira.

Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti foi condenado a prisão perpétua à revelia em seu país de origem por supostamente ter coordenado o assassinato de quatro pessoas.

A decisão do ministro da Justiça brasileiro, favorável à Battisti, anula o pedido de extradição formulado pelo governo da Itália, mas a consolidação do processo depende de aval do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em decisão plenária, precisa arquivar a solicitação de envio do italiano a seu país de origem.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, havia encaminhado documento de repúdio ao Brasil no sábado.

Redação Terra

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obama ordena o fechamento da prisão de Guantánamo.


O presidente Barack Obama assina decretos no Salão Oval da Casa Branca, em Washington
O presidente Barack Obama assina decretos no Salão Oval da Casa Branca, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou decretos nesta quinta-feira que determinam o fechamento da prisão militar de Guantánamo dentro de um ano. Obama também exigiu a suspensão de interrogatórios violentos contra suspeitos de terrorismo conforme a Convenção de Genebra e o manual do exército americano.

Com essas decisões, "a mensagem que enviamos ao mundo, é a de que os Estados Unidos têm a intenção de prosseguir o combate, comprometidos, no entanto contra a violência e o terrorismo, o que faremos com vigilância, com eficácia, dentro do respeito a nossos valores e ideais", disse Obama durante cerimônia na Casa Branca.

Os americanos sabem, "como disse por ocasião da minha posse, que não perpetuaremos as más escolhas entre nossa segurança e nossos ideais", destacou. Obama assinou o decreto na Sala Oval, cercado de militares e funcionários, após uma reunião em que debateu com eles a política de interrogatório e de detenção de pessoas suspeitas de terrorismo.

Obama havia se comprometido a fechar o polêmico campo de detenção durante a campanha eleitoral. "O centro de detenção de Guantánamo objeto desta ordem será fechado o mais rápido possível e, no mais tardar, no prazo de um ano a partir dessa data", diz a ordem executiva, divulgada no site da associação American Civil Liberties Union (ACLU).

A ordem também exige que sejam seguidas as normas do manual do exército, cujo conteúdo explicita a proibição de ameaças, abusos físicos ou torturas. No entanto, o Capitólio está estudando a revisão deste manual para que práticas mais agressivas de interrogatório possam ser aplicadas, o que pode ir de encontro aos decretos assinados por Obama nesta quinta.

Também foi definida a revisão do caso do cidadão do Qatar Ali al-Marri, considerado o único inimigo de combate atualmente preso em solo americano. Será avaliada a hipótese de al-Marri poder processar o governo para conseguir sua liberdade, um direito que a Suprema Corte americana já deu aos detentos de Guantánamo.

Obama também ordenou a criação de uma força-tarefa que terá 30 dias para determinar novas políticas para suspeitos de terrorismo que venham a ser presos no futuro. Especificamente, o grupo criado pelo presidente será o responsável por encontrar um lugar para os detentos de Guantánamo assim que a prisão for fechada.

Longo processo
O governo reconhece, no entanto, que a decisão de fechar a prisão é apenas o primeiro passo de um longo processo que vai determinar o destino dos 255 detidos. Os EUA desejam julgar cerca de 80 prisioneiros acusados de terrorismo. Outros 50 foram liberados das acusações, mas não podem ser mandados de volta para seus países devido ao risco de que sejam torturados ou perseguidos.

No mês passado, o governo de Portugal pediu a outros países europeus que recebam detidos em Guantánamo, afirmando que tal medida ajudaria Obama a fechar a prisão. Suíça e Irlanda já cogitaram receber detidos. A prisão, montada na base militar dos EUA na Baía de Guantánamo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, se tornou uma mancha para o histórico de direitos humanos do país.

Com agências internacionais

Redação Terra

Obama defende Israel e promete criação de dois Estados no Oriente Médio


O presidente recém-emposssado dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira a ofensiva israelense na faixa de Gaza e disse a sua administração estará comprometida em promover a paz para a criação de dois Estados, para israelenses e palestinos, no Oriente Médio.

"Nós entendemos que Israel tem o direito de se defender pois nesses últimos anos o [movimento islâmico] Hamas lançou diversos foguetes na região. Porém, os Estados Unidos está comprometido para a criação dois Estados onde palestinos e israelenses poderão conviver juntos", afirmou Obama durante coletiva de imprensa onde apresentou o novo emissário para o Oriente Médio, o senador aposentado, George Mitchell, 75, que trabalhou pela paz na Irlanda do Norte.

Matthew Cavanaugh/Efe
O presidente dos EUA, Barack Obama, antes de assinar três ordens executivas que determinam o fechamento de Guantánamo
O presidente dos EUA, Barack Obama, antes de assinar três ordens executivas que determinam o fechamento de Guantánamo

O presidente condenou os ataques de foguetes do Hamas antes da ofensiva e disse que "irá trabalhar ao lado do governo egípcio para manutenção do cessar-fogo". Obama afirmou ainda que o terrorismo contra inocentes é intolerável e que trabalhará ao lado da comunidade internacional para o envio de ajuda humanitária em Gaza.

"Nossos corações estão com os palestinos civis que precisam imediatamente de comida, água e tratamento médico básico [...]. Nós temos agora que estender a mão para oportunidade de um cessar-fogo, com a abertura da faixa de Gaza, para que todos possam conviver em um regime sob a supervisão de autoridades internacionais e palestinas", disse Obama que afirmou ainda que irá ajudar financeiramente para a reconstrução da economia da região.

J. Scott Applewhite/AP
Barack Obama defende Israel e promete criação de dois Estados no Oriente Médio
Barack Obama defende Israel e promete criação de dois Estados no Oriente Médio

O presidente disse que a paz na região só será possível com a construção dos dois Estados, onde palestinos e israelenses "poderão conviver lado-a-lado com paz e segurança". "Agora chegou a hora para os estados europeus para agirem e darem suporte ao presidente [ da Autoridade Nacional Palestina] Mahmoud Abbas e [primeiro-ministro Salam] Fayad para conseguirem normalizar as relações com Israel para chegarem a um acordo de trégua", disse Obama.

O presidente sinalizou ainda que os Estados Unidos irão trabalhar para a abertura da fronteira em Gaza para o envio de ajuda humanitária aos feridos no confronto de 22 dias na região que deixou ao menos 1.300 mortos.

Obama prometeu combater o terrorismo na região e acrescentou que irá trabalhar fortemente a diplomacia na região para conseguir um cessar-fogo permanente e a paz.

Afeganistão

O presidente definiu a situação no Afeganistão e no Paquistão como sendo o grande foco do país contra o terrorismo e o extremismo. Obama prometeu uma estratégia completa para combater os insurgentes no Afeganistão, os quais possuem "raízes profundas".

Segundo o democrata, o governo afegão se mostrou incapaz de oferecer serviços de segurança aos cidadãos do país e que os EUA irão redobrar a atenção para a política do país.

Durante a campanha eleitora, Obama prometeu o envio de 30 mil soldados a região para conter a organização terrorista Al Qaeda e ao menos tempo retirar as forças de combate do Iraque. No discurso, o presidente alertou que embora o país não tenha sido alvo de ataques desde 11 de setembro de 2001, o grupo ainda prepara ataques contra os EUA.

Obama escolheu Richard Holbrooke, antigo mediador americano no Pacto de Dayton --que em 1995 colocou fim à guerra na Bósnia--, como enviado especial para o Paquistão e Afeganistão.

Guantánamo

O presidente reconheceu que mudará a política de relações exteriores do país e que irá potencializar a diplomacia. "O que eu quero deixar bem claro é que nós, americanos, não somos torturadores", disse Obama ao defender novamente o fechamento da prisão do Guantánamo, em Cuba.

"Não podemos prometer que vamos solucionar o problema do mundo, mas podemos promover os ideais", disse Obama sob forte aplausos. O presidente disse estar orgulhoso da equipe que escolheu para trabalhar e afirmou ainda ter uma confiança profunda na secretária de Estado, a ex-senadora de Nova York, Hillary Clinton.

"Queremos lutar não apenas com armas, mas com valores. Os Estados Unidos tem de servir como inspiração para o restante do mundo. Queremos ser críticos em termos de projeções de valores e ideias", afirmou o presidente.

UOL

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Hédio Jr.: Obama desarma racistas brasileiros.


Presença de Barack Obama na presidência dos EUA tem efeito pedagógico extraordinário, afirma Hédio Silva Jr.
Presença de Barack Obama na presidência dos EUA tem efeito pedagógico "extraordinário", afirma Hédio Silva Jr.

Diego Salmen

Militante notório do movimento negro, o advogado e professor Hédio Silva Jr. comenta, nesta conversa com Terra Magazine, a posse de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos. Para ele, a presença de Obama no cargo tem um efeito pedagógico "extraordinário".

- Com Obama, nós podemos, neste plano tão importante que é o simbólico, educar a humanidade para que aprenda definitivamente que os negros, como qualquer outro agrupamento humano, são capazes e criativos.

Ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Silva Jr. aponta outro benefício ao se ter um negro no comando da maior potência econômica e militar do planeta: a desarticulação de argumentos racistas no Brasil. Explica:

- Os americanos são tão racistas, conseguem eleger um presidente negro; aqui, onde não há racismo, não se elege um prefeito - ironiza. - Desse ponto de vista, tem um impacto real na luta contra o racismo no Brasil.

Confira a seguir a entrevista com Hédio Silva Jr.:

Terra Magazine - Qual o impacto da eleição de Obama para o movimento negro como um todo?
Hédio Silva Jr. -
É um impacto extraordinário, não só em termos da diáspora africana e da população negra, mas também dos diferentes grupos que são vítimas de discriminação. As democracias contemporâneas foram incapazes de preparar as pessoas para valorizar a diversidade. Veja que no dia 11 de fevereiro de 2001 encerrou-se a última conferência da ONU contra o racismo. E a conferência perdeu importância, obviamente, por conta dos atentados ao World Trade Center. Agora, passados oito anos, o mundo volta os olhos para o aparentemente interminável conflito árabe-israelense. Então um dos grandes problemas da humanidade neste século 21, que começou no 11/9, é a questão da diversidade. O Obama representa essas novas identidades políticas. É só ver as preocupações, na posse, com homossexuais, com grupos religiosos... É um alento o fato de que uma pessoa que encarna a diversidade seja a grande esperança do mundo no século 21.

Então nesse sentido a eleição de Obama transcende essa questão da raça...
Transcende no sentido de que, como negro, como vítima de discriminação, ele está perfeitamente preparado para captar o impacto que isso tem na vida das pessoas e dos outros. Está muito nítido agora na posse e estará presente na forma como ele vai tocar o governo.

A eleição dele é um sinal de fim do racismo nos Estados Unidos ou ainda estamos longe disso?
É um passo importante contra o racismo, é uma vitória significativa dessa luta, mas em absoluto significa o fim do racismo. São Paulo já teve um prefeito negro e isso não alterou em absolutamente nada as condições raciais e a intolerância. Eu não creio (que seja o fim do racismo), mas que é um passo significativo, sem dúvida.

Obama evitou fazer uma campanha calcada em questões raciais. Justamente por isso, o senhor acha que ele dará atenção especial a essa questão da negritude?
O problema do racismo é uma questão nacional nos Estados Unidos, e é um dos problemas - como outros graves que ele terá de enfrentar. Agora, a questão do racismo tem merecido por parte dos diferentes governos, desde Kennedy, medidas ousadas. E não é um problema que se resolve por decreto ou em uma gestão. Eu não tenho nenhuma dúvida de que ele vai dar prosseguimento a essas políticas, do ponto de vista da legislação, do governo norte-americano e por parte dos incentivos do setor privado, que existiam muito antes da posse dele, e vão continuar existindo depois que ele sair do governo.

O presidente Lula disse que gostaria de conversar com Obama antes "que o aparato do Estado" da Casa Branca o transformasse. O senhor acha que Obama irá se transformar?
Eu não temo isso, não, se você considerar os dados preparatórios da posse, o discurso que ele fez no memorial Lincoln, a presença de figuras negras de ponta como oradores nas cerimônias de posse e o fato dele indicar o Martin Luther King como um de seus dois grandes símbolos. Certamente que o presidente de uma nação como os Estados Unidos não tem como fazer que prevaleçam pontos de vista pessoais e paixões acima dos interesses da nação. Mas que ele irá passar por cima da história dele por conta do poder... Eu não tenho nenhuma dúvida de que ele não fará isso. Quem lê os livros dele com atenção, quem viu o discurso da vitória e quem está acompanhando a posse sabe muito bem que o homem negro que prega a crítica ao racismo, que prega a tolerância e a diversidade, é esse o homem que vai estar na Casa Branca.

E se Obama decepcionar durante sua presidência?
Eu creio que não. Do ponto de vista simbólico, qualquer que seja o desfecho.... Eu não tenho nenhuma dúvida que ele enfrentará com grandeza essa crise e mostrará a vocação que a África tem para produzir estadistas, como foi Nelson Mandela. Ele vai ser um estadista e vai retomar a trilha do desenvolvimento interno. Agora, mesmo que haja frustração, no plano simbólico a presença dele lá tem um significado muito forte; eu tenho certeza que as lideranças políticas do movimento contra o racismo compreenderão que não é porque se tem um negro no poder que será possível atender a todas as demandas (do movimento negro). Mas, obviamente, não é a panacéia, não é a solução.

De que maneira o movimento negro no Brasil encarou a eleição de Obama?
Foi uma surpresa positiva. Primeiro porque parte dos racistas brasileiros, que sempre utilizavam os EUA como muleta para dizer que lá, sim, era um exemplo de racismo e aqui não, perderam esse argumento. Os americanos são tão racistas, conseguem eleger um presidente negro; aqui, onde não há racismo, não se elege um prefeito. Desse ponto de vista, tem um impacto real na luta contra o racismo no Brasil. Depois, o fato de que a história contemporânea conhece poucos estadistas; um dos maiores do século 20 foi o presidente Mandela. E agora, com Obama, nós podemos, neste plano tão importante que é o simbólico, educar a humanidade para que aprenda definitivamente que os negros, como qualquer outro agrupamento humano, são capazes e criativos. Tem um efeito pedagógico extraordinário.

O Brasil está preparado para eleger um presidente negro?
Eu creio que sim. Nós já temos nosso Obama brasileiro, que certamente já nasceu e está cimentando um futuro para isso. Eu sou otimista em relação ao Brasil.

Terra Magazine

As três críticas de Obama a Bush.

A cerimônia de posse do novo presidente americano foi e volta a ser vista por todo o mundo na internet, jornais, rádio e televisão. Talvez seja a hora de começar a ver a fundo as palavras de Obama no dia em que fez o juramento como o presidente número 44 dos Estados Unidos.

No discurso, Obama fez três críticas, sem mencionar o nome de George W. Bush, que recebeu vaias de uma parte dos espectadores - “Na, na, na, hey, hey, bye, bye”, cantavam em coros improvisados ante a figura do texano.

1) Censurou a oposição de Bush à pesquisa com células-tronco que levem à cura de doenças para as quais não existe tratamento. “Vamos colocar a ciência no lugar que deve ocupar e usar as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade do atendimento médico”.

2) Fez uma crítica às posições ideológicas de Bush em matéria econômica: “A pergunta que fazemos hoje não é se nosso governo é grande demais ou pequeno demais, mas se ele funciona”. E, tampouco, disse, se trata de perguntar se o mercado é uma força que busca o bem ou mal, pois seu poder para gerar riqueza é inigualável. “Esta crise nos lembrou de que sem um olhar vigilante o mercado pode sair do controle - e que uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os prósperos”.

3) Expressou sua desaprovação à política de George W. Bush de violação dos direitos humanos com o pretexto de que cuidava da segurança nacional. De fato, rechaçou a prática de torturar prisioneiros que estão na base de Guantánamo, em Cuba; questionou inclusive a existência dessa prisão, em que estão prisioneiros sem nenhuma juízo legal, e a prática de espionar os cidadãos do país sem ordem judicial.

Fez as críticas com moderação e certa elegância. Sem dúvida.

Quanto à inspiração, a poesia, os sonhos e a celebração… Guardou-os. Sem misericórdia.

Para a surpresa de muitos, Obama, este homem nascido de pai africano e mãe norte-americana, deixou guardada sua eloqüência, com a ausência da “poesia” de seus discursos mais cativantes e convincentes. Talvez tenha sido obra de sua ex-rival e hoje subordinada Hillary Clinton, quando o recriminou dizendo que “com poesia não se governava”.

Nesta ocasião, não houve nada que lembrou sequer de longe o mais famoso discurso de Martin Luther King, o pastor e ativista dos direitos civis dos negros que foi assassinado há quase 40 anos: “I have a dream”, que em outras ocasiões inspirou Obama.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Mundo mudou e precisamos mudar com ele", diz Obama em 1º discurso.

Do UOL Notícias*

Barack Hussein Obama se tornou hoje o 44º presidente dos Estados Unidos, após jurar sobre a Bíblia e diante de mais de 2 milhões de pessoas reunidas em frente ao Capitólio de Washington "desempenhar com fidelidade o cargo e defender a Constituição dos EUA".

DEPOIS DA POSSE

No discurso de posse, Obama relembrou os fundadores dos Estados Unidos. Também direcionou o seu discurso aos não norte-americanos: "A América é amiga de toda nação em busca de paz e prosperidade", afirmou, pouco antes de falar em deixar o Iraque a seu povo e a levar paz ao Afeganistão. "O mundo mudou, e precisamos mudar com ele", afirmou.

Sobre a economia, Obama citou "esperança" e "medo": "nós escolhemos a esperança sobre o medo. Sabemos da gravidade da crise, pois vemos a situação que vivemos, com milhares de empregos perdidos. Mas juntos conseguiremos sair dessa crise". O presidente afirmou ainda que os problemas não serão resolvidos facilmente nem em pouco tempo, mas que serão enfrentados. "A nossa economia está enfraquecida como consequência de ganância e irresponsabilidade de alguns", afirmou.

  • Molly Riley/EFE

    Barack Obama assina primeiro ato com presidente depois de ter sido empossado em Washington

  • Paul J. Richards/AFP
    O Capitólio, pouco antes de receber Barack Obama
"A América precisa desempenhar o seu papel de trazer essa nova era de paz", disse Obama. "O mundo mudou e precisamos mudar com ele." "Vamos começar a deixar responsavelmente o Iraque."

"Que estamos no meio de uma crise, não é algo novo. Nossa economia está enfraquecida pelas escolhas de alguns. Os problemas não serão enfrentados em pouco tempo ou facilmente, mas, saiba disso América, serão enfrentados", disse Obama.

"Teremos que enfrentar dogmas que por muito tempo impediram nossa nação de funcionar melhor", completou. "Nosso momento de defender interesses estreitos e pequenos acabou. O Estado da economia precisa de ação corajosa, e vamos agir."

Obama também agradeceu George W. Bush, seu antecessor, e afirmou que aqueles que criticam seu plano têm memória curta. "Os argumentos políticos antigos não se aplicam mais. A pergunta que fazemos hoje não é se um governo é pequeno ou grande demais, e sim, se funciona. Uma nação não pode prosperar se beneficiar apenas os prósperos. A América é amiga de toda nação que busque paz e dignidade."

Obama citou os ideais da Constituição americana e afirmou que eles ainda são os mesmos feitos pelos fundadores do país. "Nós somos os guardiões desse legado." "Somos uma nação de judeus, hindus, de toda língua e cultura", disse. "Seu povo vai julgar baseado no que vai construir e não destruir", completou, referindo-se às nações em guerra.

Por fim, Obama citou o pai, afirmando que, há alguns anos, ele sequer poderia comer em um restaurante e que, agora, seu filho está no Capitólio, tomando posse como presidente. "Vamos enfrentar as tempestades que podem vir."

  • Reprodução/BBC

    Mobília de George W. Bush
    é retirada da Casa Branca

Na oração invocatória, o reverendo Rick Warren afirmou que o povo americano é grato por viver em uma terra de oportunidades, onde alguém como Obama pode tornar-se presidente. Em seguida, Aretha Franklin cantou "My country 'tis of thee", canção patriótica que fala sobre liberdade.

Acompanham a posse no Capitólio membros da administração de George W. Bush, como a secretária de Estado Condoleezza Rice, o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, o democrata Ted Kennedy, o democrata Al Gore, e os pais do presidente, George Bush (1989-1993) e Bárbara Bush.

Os passos da posse

Barack Obama toma posse como o 44º presidente do país, um acontecimento inédito para os Estados Unidos, que terá seu primeiro líder negro. Ele chegou ao Capitólio por volta das 14h, acompanhado pelo presidente George W. Bush, sob forte esquema de segurança.

Após fazer o juramento de posse, acompanhado de seu vice, Joe Biden, Obama realiza o trajeto do desfile do Capitólio até a Casa Branca (previsto para começar às 17h30 do Brasil).

Obama deu início às cerimônias de posse com um ofício religioso, acompanhado pela mulher, Michelle. O casal chegou à Casa Branca para um café com o atual presidente George W. Bush e o vice Dick Cheney, por volta das 13h30 (horário de Brasília).

MEMÓRIA

  • AFP - 5.nov.2008

    Em 5 de novembro de 2008, Obama faz seu 1º discurso após ser eleito presidente dos EUA

Obama, sorridente, beijou Laura na face e apertou cordialmente a mão de Bush que lhe deu um tapinha no ombro; Michelle Obama beijou o casal Bush e entregou um presente a Laura.

Antes, Obama e Michelle foram levados de carro até a igreja Episcopal St. John para uma cerimônia de cerca de uma hora. O casal presidencial estava acompanhado pelo vice eleito, Joseph Biden, e sua esposa Jill.

Em um telegrama enviado nesta terça, o Papa Bento XVI pediu ao novo presidente que promova a paz e a cooperação entre as nações. "Rezo para que se comprometa em promover a compreensão, a cooperação e a paz entre as nações", escreveu.

Mais de 2 milhões de pessoas enfrentam 6 ºC negativos em Washington para assistir à cerimônia. Grupos cantam slogans como "Yes, we can" (Sim, nós podemos) e "USA, USA" (sigla para EUA, em inglês). Televisores foram instalados ao redor do National Mall para que todos possam ver o presidente

Primeiro compromisso como presidente

A agenda presidencial de Obama será inaugurada já nesta tarde. Assim que retornar à Casa Branca, após as festividades, o presidente é esperado no Salão Oval para sua primeira reunião oficial. Na pauta, política externa e economia.

Conselheiros e analistas financeiros discutirão com Obama como enfrentar a prioridade de seu governo, a crise econômica mais grave do país desde a Grande Depressão de 1929. No último mês de 2008, o desemprego nos EUA saltou para 7,2%, o maior percentual em 16 anos.

Obama já anunciou que se reunirá com militares para implementar uma mudança de comando nas operações em andamento no Iraque e no Afeganistão. Promessa eleitoral que lhe rendeu muitos votos, o plano de retirada das tropas americanas do Iraque, seis anos após a invasão, deve ser discutido com o Pentágono para que a operação termine em 16 meses.

No Afeganistão, no entanto, Obama já manifestou intenção de ampliar o número de militares no país, em operação que ele considera essencial na nova era do combate ao terrorismo.

Da Redação, com informações de Fernanda Brambilla, em Washington, Folha Online e agências internacionais

Milan recuou na hora de vender Kaká, diz City.


O presidente do Manchester City, Garry Cook, fez duras críticas à postura do Milan na negociação que poderia levar Kaká para a Inglaterra. "A transferência fracassou pois o Milan se acovardou com a transação", disse o dirigente, nesta terça-feira, sobre a oferta em torno de 110 milhões de libras (R$ 371 milhões).

Segundo ele, haviam alguns passos a serem superados. "Queríamos fazer tudo de forma profissional. Respeitamos nossos parceiros e, revelou-se que não era assim eles queriam que fosse", criticou. Cook disse que "o empecilho não foi um projeto, mas sim o dinheiro". Para o presidente do City, as perguntas que fizeram para Kaká nunca foram respondidas.

O brasileiro, em entrevista ao canal de televisão oficial do Milan, disse ter apenas escutado seu coração. "Todas as mensagens que recebi me convenceram a fazer o que tenho feito. Houve tantas notícias e especulação que chegaram a ter uma idéia ruim do meu pai. Minha família foi ótima e nunca tentou me pressionar por um dos lados. No fim contou a minha história, onde eu tenho um legado e onde mora o meu coração", completou.

O primeiro-ministro italiano e dono do Milan, Silvio Berluscoluni, preferiu enfatizar que a transferência não ocorreu pela opção de Kaká. "O dinheiro não é tudo para ele. Oferecemos a chance de considerar a oferta, mas ele tem valores mais elevados", afirmou Berlusconi.

Garry Cook afirmou que o Milan mudou de tom durante a negociação, mas garantiu que continuará procurando jogadores para investir o dinheiro do Abu Dhabi United Group, proprietário do City. "Este clube merece grandes jogadores, a torcida também. Vamos continuar no objetivo de construir para o futuro. Temos planos claros e não vamos parar", afirmou. Na janela de transferências de inverno, o Manchester City já confirmou as chegadas do lateral Wayne Bridge, ex-Chelsea, e do atacante Craig Bellamy, do West Ham. O volante holandês Nigel De Jong, do Hamburgo, deve ser confirmado como o terceiro reforço ainda nesta terça-feira.

Com informações da AFP

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

MANIFESTANTES PROTESTAM EM FRENTE AO CONSULADO BRASILEIRO.


Jovens militantes do partido conservador italiano Aliança Nacional (AN), liderados pelo senador Filippo Berselli, presidente da Comissão de Justiça do Senado, realizaram neste domingo, 18, uma manifestação em frente ao consulado brasileiro em Bologna.

Os manifestantes protestaram contra a decisão do governo brasileiro, que concedeu o status de refugiado político ao ex-militante de esquerda Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália.

Ao final da manifestação, a consulesa honorária do Brasil, Anna Macchiagodena, convidou Berselli para uma reunião, informou uma nota divulgada pela AN.

A consulesa assegurou ao senador que vai apresentar ao embaixador do Brasil na Itália, Adhemar Gabriel Bahadian, a reivindicação dos manifestantes.

Por outro lado, o senador Berselli anunciou que vai apresentar nesta segunda-feira uma moção na qual o Senado pede que o governo italiano utilize todos os meios institucionais possíveis para pressionar o Brasil.

Segundo a nota divulgada pela AN, a intenção da medida é garantir que "o terrorista Battisti possa finalmente cumprir na Itália suas duas condenações à prisão perpétua".

Battisti, 54 anos, é acusado de ter cometido quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979, quando era membro do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

No entanto, o governo brasileiro baseou-se na "existência fundada de um temor de perseguição" para conceder o status de refugiado político ao italiano, que tem a permissão de viver e trabalhar no país sem ser extraditado. (ANSA)

Fonte: ANSA.it

Berlusconi diz que Kaká rejeitou oferta e fica no Milan.


O presidente do Milan e primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou na noite desta segunda-feira que o brasileiro Kaká continuará defendendo a equipe. De acordo com o dirigente, o meia-atacante recusou a oferta de 100 milhões de libras (cerca de R$ 340 milhões) do Manchester City, a maior feita a um jogador na história do futebol.

"Kaká fica no Milan. Para ele, o dinheiro não é tudo. Kaká é e continuará sendo do Milan", disse Belusconi ao programa esportivo Processo di Biscardi. De acordo com o dirigente, o brasileiro não pediu aumento de salário para continuar na equipe.

Nesta segunda-feira, dirigentes do Milan, do Manchester City, Kaká e seu pai e empresário, Bosco Leite, estiveram reunidos para decidir o futuro do jogador, eleito pela Fifa o melhor do mundo em 2007. O clube italiano teria aceitado a proposta financeira dos ingleses, mas a palavra final coube ao jogador.

Durante todo o dia, torcedores aglomeraram-se na sede do clube e em frente à casa de Kaká em Milão, pedindo que o jogador não aceitasse a transferência. Depois de terminada a reunião, Kaká deixou sua casa mostrando uma camisa do Milan.

UOL

domingo, 18 de janeiro de 2009

Israel reage com artilharia a novo ataque de foguetes saídos do Líbano.


As Forças de Defesa israelenses responderam com tiros de artilharia ao novo ataque de foguetes Katyusha a partir do território libanês. Ao menos três foguetes disparados do sul do Líbano atingiram o norte de Israel no segundo ataque do tipo em menos de uma semana.

O ataque, cuja autoria ainda é desconhecida, reacende os temores de uma segunda frente de batalha na grande ofensiva militar israelense contra alvos do movimento islâmico radical Hamas na faixa de Gaza. A ofensiva, que entra nesta quarta-feira em seu 19º dia consecutivo, deixou mais de 940 palestinos mortos, a maioria civis.

O Líbano, contudo, condenou, segundo a rádio Israel, os novos ataques, assim como fez logo após o lançamento dos foguetes na semana passada.

Segundo o Exército israelense, as Forças de Defesa responderam logo após o ataque atirando com sua artilharia contra "a fonte do ataque" no sudeste do Líbano. Segundo fontes de segurança libanesas, oito bombas foram lançadas contra o território libanês.

Hatem Moussa/AP

Palestino ferido aguarda enquanto outros verificam escombros de prédio destruído por operação militar israelense na Cidade de Gaza
A polícia israelense afirma que os foguetes caíram em áreas abertas e não há relatos de feridos ou danos materiais --o que pode indicar que o ataque foi um alerta contra a ofensiva de Israel.

Os ataques de quinta-feira passada (8) foram assumidos por um grupo relativamente desconhecido, Resistência Árabe Islâmica, que afirmou, em comunicado que os foguetes foram uma "mensagem clara" a Israel para que interrompa sua ofensiva em Gaza. "Os próximos foguetes que dispararemos matarão", advertiu o líder do grupo, Mohamad Ali al Hosseini, que diz possuir 3.000 militantes e armas sofisticadas para combater Israel.

A televisão libanesa reporta que quatro foguetes foram lançados de uma área próxima à cidade de Hasbaya, no sul do Líbano.

Desde os ataques da semana passada, o Exército israelense mantém vigilância sobre a fronteira com Líbano. Em comunicado, os militares afirmaram que Israel responsabiliza o governo e o Exército libaneses por evitar este tipo de ataque.

Em Israel, as sirenes de alerta de foguetes tocaram, segundo o jornal israelense "Haaretz", na cidade de Kiryat Shmona, que foi atingida por centenas de foguetes da milícia xiita Hizbollah em 2006, durante confronto entre Israel e o grupo.

As autoridades pediram aos moradores das áreas do norte do país e limítrofes com o Líbano que permaneçam em refúgios e quartos blindados até o fim das investigações sobre a autoria dos disparos.

Ajuda

Embora o primeiro ataque com foguetes tenha sido um episódio pontual, sem consequências maiores para o conflito em Gaza, o novo ataque pode levantar um alerta das tropas israelenses, que já expressaram preocupação de que militantes no Líbano abram uma segunda frente de batalha em solidariedade ao Hamas.

Embora o novo ataque agrave as tensões entre Líbano e Israel, é difícil que Tel Aviv entre em uma nova guerra após 19 dias de uma grande ofensiva militar contra o Hamas, para qual foram convocados milhares de reservistas.

O Hizbollah negou a autoria dos lançamentos de foguetes, mas alertou, no fim de semana passado, que Israel não use o ataque como um pretexto para iniciar um conflito com o Líbano.

Em um manifesto contra Israel, o primeiro-ministro Mohammad Raad afirmou que o grupo está pronto para reagir em caso de um ataque israelense.

"Estamos prontos para todos os cenários, mas não permitiremos que Israel nos provoque e nos leve ao que não queremos ou ao que não decidimos por nós mesmos", disse. "Contudo, se Israel decidir atacar, encarará a maior resistência que imaginou".

Ataque

Logo após o ataque com os foguetes na quinta-feira passada (8), Israel retaliou com uma ofensiva da artilharia no que um porta-voz das Forças de Defesa descreveu como "resposta precisa à fonte do ataque" e pode significar uma reação militar limitada para evitar a escalada dos confrontos e a abertura efetiva de uma nova frente de batalha que exigiria ainda mais investimento das forças israelenses --e poderia causar ainda mais vítimas civis.

O temor israelense era de que os foguetes tivessem sido lançados pelos militantes xiitas do Hizbollah. O grupo, como o Hamas, promove a luta contra Israel e é considerado por Washington uma organização terrorista, multiplicou seus discursos de apoio ao movimento palestino desde o início da ofensiva militar israelense na faixa de Gaza, mas nunca mencionou apoio militar.

Em meados de 2006, Israel travou uma guerra contra o Hizbollah após a captura de dois de seus soldados pela milícia xiita. Este conflito deixou mais de 1.200 mortos no Líbano, na maioria civis, e 160 vítimas israelenses, na maioria soldados.

Folha Online

sábado, 17 de janeiro de 2009

Olmert anuncia cessar-fogo após 22 dias de ofensiva.



O primeiro-ministro israelense anunciou a trégua durante uma entrevista coletiva
O primeiro-ministro israelense anunciou a trégua durante uma entrevista coletiva

O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert anunciou neste sábado um cessar-fogo unilateral na Faixa de Gaza depois de 22 dias de ofensiva militar na região que matou mais de 1,2 mil pessoas. Segundo o gabinete do governo israelense, Israel conseguiu atingir todos os seus objetivos, uma vez que o Hamas foi duramente atingido e sua capacidade de lançar foguetes contra o Estado judeu foi severamente limitada.

A trégua, que foi comunicada em uma coletiva, começa a vigorar a partir das 2h (22h de Brasília). A decisão é do Conselho de Segurança, orgão que reúne o governo, o exército e os chefes dos serviços de segurança. As tropas israeleses, no entanto, permanecerão em território palestino e responderão a qualquer ataque oriundo de militantes do Hamas, segundo Olmert afirmou em entrevista coletiva em Tel Aviv.

"Às 2h vai iniciar o cessar-fogo, mas continuaremos posicionados em Gaza e seus arredores. Se nossos inimigos decidirem atacar novamente, o exército israelense está autorizado a responder com força. (..) Nossos objetivos, da maneira que definimos quando lançamos a operação, foram totalmente atingidos e muito além disso. O Hamas recebeu um duro golpe", enfatizou Olmert.

O chefe do Executivo israelense acrescentou que na decisão não foi levado em conta o movimento islamita Hamas, que "como outras organizações terroristas reconhecidas internacionalmente, não deve ser parte do acordo". Olmert descatou o sucesso da ofensica dizendo que muitos dos homens do Hamas morreram, que os disparos de foguetes caíram e diversos túneis usados para o contrabando de armas foram destruídos.

Hamas nega cessar-fogo
A ONU, por sua vez, ressaltou que um cessar-fogo deve vir acompanhado da retira das tropas. "Esta declaração unilateral deve ser acompanhada por uma negociação para a retirada israelense da Faixa de Gaza", disse o secretário-geral, Ban Ki-moon, a repórteres na capital libanesa, Beirute. Em Gaza, o Hamas afirmou que o anúncio israelense não colocará fim ao conflito.

"Um cessar-fogo unilateral não significa o fim da agressão (israelense) e o fim do sítio (causado pelo fechamento das fronteiras entre Israel e Gaza). Isso (o cerco) constitui um ato de guerra, e então isso não significa o fim da resistência", afirmou Fawzi Barhoum, porta-voz do grupo palestino. Antes da confirmação do cessar-fogo, o grupo islâmico já havia dito que não aceitaria qualquer trégua vinda de Israel.

Com agências internacionais

Boicote turístico ao Brasil.


O vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado da Itália, Sérgio Divina, defendeu o boicote turístico ao Brasil, em repúdio à decisão do governo brasileiro de conceder o status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, condenado por terrorismo no país.

"Quando forem viajar ao exterior, desconsiderem o Brasil, país ao qual nós italianos demos tanto e recebemos como resposta esta afronta", observou Divina, pedindo aos italianos para "pensarem nos protestos feitos por pessoas honestas".

Divina, que é senador pela Liga Norte (partido conservador que integra a coalizão governista), enfatizou que "proteger um homicida que já foi condenado, transformando-o em perseguido político, não só ofende a Itália, como toda a história do país, baseada em princípios sólidos de liberdade, filhos da luta de libertação e de 60 anos de democracia, coisa que o Brasil só sonha".

Na última terça-feira (13), o ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, concedeu o refúgio político a Cesare Battisti, de 54 anos, ex-ativista de extrema-esquerda e condenado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos nos anos 70 quando militava no Proletários Armados para o Comunismo (PAC), grupo ligado às Brigadas Vermelhas.

A decisão garante que Battisti deixe a prisão de Brasília, negando consequentemente o pedido de extradição italiano.

Genro afirmou que sua decisão se baseou na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência.

A situação gerou certa tensão entre as duas nações e levou a Itália a emitir um pedido oficial de reconsideração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

ANSA

CASO BATTISTI 'COLOCA EM RISCO' AMIZADE ENTRE BRASIL E ITÁLIA, DIZ MINISTRO.


O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, afirmou que a decisão brasileira de conceder status de refugiado político ao ex-ativista Cesare Battisti "coloca em risco a amizade entre Itália e o Brasil".

Em entrevista à televisão italiana, o ministro La Russa qualificou como "incrível" a medida anunciada pelo ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, que impede a extradição de Battisti, solicitada pela Justiça italiana.

O ex-ativista de extrema-esquerda Cesare Battisti, de 54 anos de idade, foi condenado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos na década de 70 enquanto militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo ligado às Brigadas Vermelhas.

"Quando Battisti estava na França [entre 1990 e 2004], um grupo de políticos italianos, entre os quais o meu irmão, se amarrou diante de um tribunal francês para solicitar uma decisão que permitisse a extradição [negada em 1991]. Não acredito que devamos chegar a manifestações deste tipo, mas se for necessário, direi ao embaixador brasileiro na Itália, faremos isso também", acrescentou o ministro italiano. "Não acreditem que isso é uma coisa que deixaremos passar em silêncio".

La Russa, depois de recordar a recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de diversos ministros brasileiros à Itália, "recebidos com honras por Berlusconi e por nós todos", definiu a decisão de Tarso Genro como "ofensiva".

"Diante de um homem que matou militares, que matou civis, que foi condenado à prisão perpétua com sentença julgada pela magistratura italiana, dizer que ele é um refugiado político e que na Itália poderia ser perseguido é, para aqueles que queiram saber, ofensivo para o nosso país. E repito: coloca seriamente em risco a amizade entre os nossos países", acrescentou.

Na última terça-feira, Genro decidiu pelo status de refugiado político, o que garante que Battisti deixe a prisão de Papuda, em Brasília, e possa trabalhar e morar no Brasil. O ministro brasileiro argumenta que a decisão foi baseada na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência.

A decisão gerou certa tensão entre as duas nações e levou a Itália a emitir um pedido oficial ao presidente Lula para que a decisão seja revista.

Lula, por sua vez, afirmou em audiência que a tarefa de conceder refúgio era do Ministério da Justiça e que a decisão se enquadrava nas determinações da Constituição brasileira.

Fonte: ANSA

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

INDIGNAÇÃO NA ITÁLIA PELA DECISÃO DO BRASIL DE DAR ASILO A BATTISTI.


A decisão da justiça brasileira de conceder ao ex-ativista italiano de extrema-esquerda Cesare Battisti asilo político gerou nesta quarta-feira enérgicas condenações por parte do governo italiano e dos familiares das vítimas.

O ministério das Relações Exteriores italiano reagiu com uma nota incomum na qual não somente condena a decisão do ministro Tarso Genro como também solicita diretamente ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reconsiderar a decisão.

"A Itália fez um apelo ao presidente Lula para que sejam tomadas todas as iniciativas possíveis, dentro da cooperação judicial internacional, na luta contra o terrorismo, para uma revisão da decisão judicial", afirmou o comunicado da chancelaria.

"Cesare Battisti é um terrorista responsável por crimes muito graves que não têm nada a ver com o estatuto de refugiado político", destacou a nota da chancelaria italiana.

O ministério italiano lembra na nota as relações de intensa colaboração estabelecidas recentemente entre os países mais industrializados do G8 com países como Brasil para derrotar o terrorismo internacional.

Lula foi recebido em novembro passado por Berlusconi em Roma com quem fechou acordo relativo à união de esforços para encarar a crise econômica mundial.

Além da chancelaria, vários representantes do governo conservador de Silvio Berlusconi manifestaram sua indignação contra a decisão da justiça brasileira.

O vice-ministro do Interior, Alfredo Mantovano, considerou "grave e ofensiva" a decisão: "um insulto a nosso sistema democrático", disse.

O senador Maurizio Gasparri, porta-voz do Partido Povo da Liberdade, no poder, expressou seu "desconcerto e dor", enquanto um dos líderes da oposição de esquerda Partido Democrático, Piero Fassino, disse que a decisão do Brasil "é equivocada".

"Foi protagonista da época do terrorismo e seria justo que os magistrados brasileiros tivessem maior consciência do que fazem", declarou.

Entre os mais indignados estão associações de familiares das vítimas de terrorismo.

"Mais uma vez houve total insensibilidade e falta de respeito à nossa democracia", declarou à AFP Sabina Rossa, deputada do Partido Democrático (centro esquerda), cujo pai foi assassinado pelas Brigadas Vermelhas.

"É uma decisão absurda. Temos que mudar a tática, vamos fazer algo sério. Passar das belas palavras aos fatos, sérios e ponderados", advertiu por sua vez Alberto Torregiani, que ficou tetraplégico em um atentado atribuído a Battisti.

Além do Brasil, a França negou há quatro meses a extradição por "razões humanitárias" à ex-militante das Brigadas Vermelhas Marina Petrella.

Trata-se de dois casos que geraram fortes reações na Itália, país que enfrenta assim dois países que tradicionalmente defendem e concedem o estatuto de refugiado político.

Battisti, que sempre se declarou inocente, alega que foi condenado pelo testemunho de um ex-companheiro na organização esquerdista, Pietro Mutti, que foi premiado por sua delação, e sem nenhuma prova da perícia.

O ex-ativista se considera um perseguido político.

"Tenho certeza de que serei alvo de vingança se for para a Itália", afirmou em uma entrevista publicada esta semana na revista brasileira Época concedida na prisão de Brasília, onde espera solução para seu caso.

Fonte: AFP

BRASIL DEFENDE "DECISÃO SOBERANA" DE DAR ASILO A BATTISTI.

O ministro da Justiça Tarso Genro defendeu sua decisão de conceder asilo político ao ex-ativista de esquerda italiano Cesare Battisti, e disse esperar que a medida não afete as relações com a Itália.

"Estudei a fundo o processo e tomei uma decisão baseada em razões jurídicas, não políticas, como convém a um Estado de direito", disse Genro em São Paulo.

O Governo da Itália rejeitou hoje o asilo concedido na terça-feira à noite, e pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revise a decisão, pois considera o ex-ativista um terrorista.

Battisti, ex-membro do grupo italiano de esquerda radical Proletários Armados para o Comunismo, foi condenado à revelia à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios cometidos na década de 70.

Genro disse que sua decisão foi comunicada ao presidente Lula antes de ser informada publicamente.

"Lula não discutiu o mérito do assunto, alegando que este é um ato de responsabilidade do Ministério da Justiça", disse Genro.

O ministro da Justiça assinalou que "o asilo político é uma instituição originada na soberania dos países", assim como as extradições decididas pelos tribunais supremos.

Battisti, detido no Rio de Janeiro em 2007, alega que é inocente dos assassinatos, e disse que somente executou "tarefas ideológicas e logísticas" na luta armada, que abandonou em 1978.

Fonte: Agência EFE

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ITÁLIA TERÁ 'ÔNIBUS ATEUS' A PARTIR DE FEVEREIRO.


A cidade italiana de Gênova verá circular, a partir de 4 de fevereiro, durante 28 dias, os "ônibus ateus" com cartazes que dizem "a má notícia é que Deus não existe. A boa, é que não há necessidade", informaram nesta terça-feira, 13, os meios de comunicação local.

Trata-se de uma campanha publicitária da União de Ateus e Agnósticos Racionalistas (UAAR) e seu presidente nacional, Raffaelle Carcano, explica que "começamos em Gênova porque é a cidade do presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Angelo Bagnasco, e porque é a sede da próxima marcha do Orgulho Gay, prevista para dia 13 de junho, depois de Corpus Christi".

Carcano insiste no caráter provocativo da campanha. "É um desafio na casa do cardeal por suas declarações sobre pedofilia, homossexualidade e eutanásia."

A prefeita de Gênova, Marta Vicenzi, acredita que "mais do que qualquer coisa, é uma provocação", mas por outro lado vê "a abertura de discussões, e não será mau se a cidade quiser abordar esse tema. No fundo, as pessoas vêm discutindo isso há anos."

Para o padre Gianni Baget Bozzo essa é uma iniciativa "deprimente, mas esperada depois do ateísmo comunista e do ateísmo ideológico. Na Espanha, responderam com escritos: 'Deus existe' e talvez na Itália tenha o efeito oposto estimular os crentes. Veremos."

A iniciativa é a primeira deste tipo na Itália e segue a Londres, onde surgiu a ideia na British Humanist Association. De Londres, ela passou para a Austrália, onde foi bloqueada, e então para a Espanha.

Fonte: Agência EFE

ITÁLIA CONFIRMA TAXA SOBRE PERMISSÃO DE RESIDÊNCIA.


O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, confirmou nesta terça-feira a introdução de um imposto para obter ou renovar a permissão de residência dos imigrantes, mas descartou o valor previsto inicialmente de 50 euros.

Maroni explicou que a emenda foi introduzida no projeto de lei sobre imigração e segurança, que será submetido à aprovação no Parlamento nos próximos dias.

"Trata-se de uma contribuição, cujo valor dependerá de algumas variáveis que serão definidas em cada caso", acrescentou Maroni.

A proposta gerou polêmica no país e foi recebida com críticas por parte do opositor Partido Democrático (PD), que a taxou de "discriminatória", enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, pediu uma "reflexão" sobre as medidas colocadas.

Além disso, um grupo de eurodeputados italianos da aliança Esquerda Unitária apresentou hoje uma interpelação à Comissão Européia sobre a compatibilidade do direito comunitário e a medida italiana cobrar pela emissão da permissão de residência, assim como a introdução do crime de imigração ilegal.

Apesar da confirmação da medida anunciada por Maroni, o presidente do Governo italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que se mostrou contrário a sua introdução.

Fonte: Agência EFE

Após asilo a Battisti, Itália convoca embaixador do Brasil.


A Itália convocou o embaixador do Brasil, Adhemar Gabriel Bahadian, para protestar contra a decisão da Justiça brasileira de conceder asilo político ao ex-ativista italiano de extrema esquerda Cesare Battisti, indicou nesta quarta-feira a chancelaria italiana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou no início da semana ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que aprovasse refúgio a Battisti, um dos chefes da organização de extrema-esquerda "Proletários Armados pelo Comunismo" (PAC). Condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos no final da década de 1970, o italiano foi preso e fugiu, refugiando-se na França e na América Latina.

Após a conversa entre Lula e Genro, o chefe da pasta da Justiça confirmou a decisão de conceder asilo ao italiano. A iniciativa, confirmada nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça, teve por base o argumento de "fundado temor de perseguição".

Em novembro do ano passado, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao ministério, havia negado pedido de refúgio ao militante de esquerda.

Com a confirmação do despacho de Tarso Genro, o Supremo Tribunal Federal (STF), que analisava pedido de extradição formulado pelo governo da Itália, deve determinar a liberdade do suposto terrorista nos próximos dias.

Para tentar reverter a situação, o governo italiano se propõe a encaminhar uma carta ao presidente Lula solicitando que Battisti não seja colocado em liberdade. O documento ainda não chegou ao Palácio do Planalto.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DALAI LAMA IRÁ A ROMA PARA RECEBER A CIDADANIA HONORÁRIA.


O líder tibetano Dalai Lama irá a Roma no dia 9 de fevereiro para receber a cidadania honorária, na primeira etapa de sua viagem pela Europa, segundo informou o governo italiano.

Em setembro, a Câmara Legislativa de Roma havia aprovado uma moção para a concessão da cidadania honorária a Tenzin Gyasto XIV Dalai Lama, por "seu empenho internacional para encontrar uma solução pacífica para o Tibete e por ter difundido o princípio da reafirmação dos Direitos Humanos e da paz entre os povos".

A cidadania deveria ter sido entregue formalmente no fim do ano passado, mas a cerimônia fora adiada por motivos de saúde do líder tibetano. (ANSA)

Fonte: ANSA.it

ITÁLIA E ESPANHA DISCUTEM POSIÇÃO COMUM EM RELAÇÃO À AMÉRICA LATINA.


As linhas comuns de cooperação que a Itália e a Espanha mantêm com os países da América Latina serão analisadas em um encontro previsto para esta quarta-feira, 14, em Madri, informaram fontes diplomáticas italianas.

Participarão da reunião a secretária de Estado espanhola para a Ibero-América, Trinidad Jiménez, e o subsecretário das Relações Exteriores italiano, Vincenzo Scotti.

Entre os temas do encontro estão as relações entre União Européia e América Latina, a situação de países como Venezuela, Nicarágua e Bolívia e o reforço de consultas entre Espanha e Itália em políticas para a região.

As relações entre UE e América Latina serão o principal ponto da reunião. Segundo fontes espanholas, Trinidad encontra hoje em Lisboa o ministro das Relações Exteriores português, Luis Amado, e o secretário Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho, para também analisar o assunto.(ANSA)

Fonte: ANSA.it

SUPOSTO CHEFE DA MÁFIA FOGE POR TÚNEL E ESCAPA DE SER PRESO.


Um suspeito de chefiar uma organização mafiosa na Itália escapou de ser preso, nesta segunda-feira, ao fugir dos policiais através de um túnel cavado embaixo de sua casa que liga o local ao sistema de esgoto da cidade.

Giuseppe Setola, 38 anos, está na lista dos mais procurados do país. Ele fugiu pelo túnel assim que os agentes chegaram ao local, perto da cidade de Nápoles. A ação fazia parte de uma operação de investigação sobre a morte de seis imigrantes africanos em setembro do ano passado.

Os policiais prenderam a mulher de Setola e apreenderam computadores, eletrônicos e câmeras de vigilância. Não é a primeira vez que o suposto mafioso escapa de uma prisão.

Sete membros da Camorra, máfia que Setola seria ligado, foram presos em operações semelhantes nos últimos meses. Eles foram acusados de homicídio, associação criminosa e extorsão.

Fonte: ANSA

Bernard-Henri Lévy: libertar os palestinos do Hamas.


Bernard-Henri Lévy

Não sendo um especialista militar, vou me abster de julgar se os bombardeios israelenses sobre Gaza poderiam ter sido mais bem mirados, menos intensos.

Não tendo, há décadas, jamais me decidido a distinguir entre os bons e os maus mortos, ou como dizia Camus, entre "vítimas suspeitas" e "carrascos privilegiados", evidentemente eu também estou abalado pelas imagens de crianças palestinas mortas.

Dito isso, e levando em conta o vento de loucura que parece, mais uma vez, como sempre quando se trata de Israel, tomar conta de certas mídias, eu gostaria de relembrar alguns fatos.

1. Nenhum governo do mundo, nenhum outro país fora esse Israel vilipendiado, arrastado na lama, endemoniado, tolera ver milhares de mísseis caírem, durante anos, sobre suas cidades: o mais notável na questão, o verdadeiro motivo de espanto, não é a "brutalidade" de Israel - é, literalmente, seu longo castigo.

2. O fato de que os Qassam do Hamas e agora seus mísseis Grad tenham feito tão poucos mortos não prova que eles sejam artesanais, inofensivos etc., mas que os israelenses se protegem, que eles vivem isolados nos porões de seus prédios, abrigados: uma existência de pesadelo, em condicional, ao som de sirenes e de explosões - eu estive em Sderot, eu sei.

3. O fato de que os mísseis israelenses fazem, por outro lado, o mesmo tanto de vítimas, não significa, como bradariam os manifestantes desse fim de semana, que Israel se entrega a um "massacre" deliberado, mas que os dirigentes de Gaza escolheram a atitude inversa e expõem suas populações: velha tática do "escudo humano" que faz com que o Hamas, assim como o Hezbollah há dois anos, instale seus centros de comando, seus estoques de armas, seus bunkers, nos subsolos de prédios, de hospitais, de escolas, de mesquitas - eficaz, mas repugnante.

4. Entre a atitude de uns e de outros existe, qualquer que seja, uma diferença importante e que não pode ser ignorada por aqueles que se consideram justos, e a tragédia, e os meios de terminá-la: os palestinos atiram sobre cidades, ou seja, sobre civis (o que em direito internacional se chama "crime de guerra"); os israelenses apontam para alvos militares e fazem, sem mirar, terríveis estragos civis (o que em jargão de guerra leva um nome - "estrago colateral" - que, mesmo que seja horrível, remete a uma verdadeira assimetria estratégica e moral).

5. É preciso colocar os pingos nos "is": lembremos ainda um fato que estranhamente a imprensa francesa pouco repetiu, e sobre o qual não conheço, no entanto, nenhum precedente, em nenhuma outra guerra, da parte de nenhum outro exército: as unidades de Tsahal telefonaram de forma sistemática (a imprensa anglo-saxã fala de 100 mil chamadas), durante a ofensiva aérea, aos habitantes de Gaza que vivem perto de um alvo militar para convidá-los a evacuarem o local; é claro que isso não muda em nada o desespero das famílias, suas vidas destruídas, o massacre; mas que as coisas se passem assim não é, entretanto, um detalhe totalmente sem sentido.

6. E quanto ao famoso bloqueio integral, enfim, imposto a um povo esfomeado, desprovido de tudo e lançado a uma crise humanitária sem precedentes (sic), ele também não é factualmente exato: os comboios humanitários nunca deixaram de passar, até o início da ofensiva terrestre, no ponto de passagem Kerem Shalom; só para a jornada do 31 de dezembro, foram 100 caminhões de mantimentos e remédios que puderam, segundo o New York Times, entrar no território; e só estou puxando pela memória (pois é desnecessário dizer - ainda que, lendo e ouvindo alguns, talvez isso fique melhor dito...) o fato de que os hospitais israelenses continuam, neste momento em que escrevo, a receber e cuidar, todos os dias, dos feridos palestinos.

Muito em breve, é o que esperamos, os combates cessarão. E muito rápido, é o que também esperamos, os comentadores se recuperarão. Eles vão descobrir, nesse dia, que Israel pode ter cometido erros ao longo dos anos (chances perdidas, longa recusa da reivindicação nacional palestina, unilateralismo), mas os piores inimigos dos palestinos são esses dirigentes extremistas que nunca quiseram a paz, nunca quiseram um Estado e nunca conceberam outro estado para seu povo que não fosse de instrumento e de refém (imagem sinistra de Khaled Mechaal que, no sábado 27 de dezembro, enquanto se determinava a iminência do contra-ataque israelense tão desejado, só sabia incitar sua "nação" a "oferecer o sangue de outros mártires" - e isso a partir de seu confortável exílio, seu esconderijo, em Damasco...).

Hoje, de duas coisas, uma. Ou os Irmãos Muçulmanos de Gaza restabelecem a trégua que eles romperam e, na sequência declaram inválida uma carta baseada sobre a pura recusa da "entidade sionista": eles reunirão esse vasto partido do acordo que não cessa, graças a Deus, de progredir na região - e a paz se fará. Ou senão eles teimarão em só ver no sofrimento dos seus um bom combustível para suas paixões requentadas, seu ódio louco, niilista, sem palavras - e não é somente Israel, mas os palestinos, que deverão ser libertados da sombria influência do Hamas.

(O filósofo e escritor francês Bernard-Henri Lévy é o autor dos livros "American Vertigo" e "Ce Grand Cadavre à la Renverse")

Tradução: Lana Lim