quarta-feira, 30 de julho de 2008

ITÁLIA USARÁ 3 MIL MILITARES NA SEGURANÇA PÚBLICA


30/07/2008

Cerca de três mil militares italianos vigiarão e patrulharão nove cidades do país durante seis meses a partir de segunda-feira, segundo o plano assinado nesta terça (29/07) feira pelos ministros do Interior, Roberto Maroni, e da Defesa, Ignazio La Russa. Os soldados trabalharão juntamente com a Polícia e vigiarão alvos sensíveis, como embaixadas e monumentos, e centros de identificação de imigrantes ilegais.

A iniciativa terá validade de seis meses e, depois disso, será decidido sobre a prorrogação desse período e uma possível extensão a outras cidades. No total, mil soldados patrulharão as ruas de nove cidades, outros mil vigiarão o exterior dos centros de identificação de imigrantes em 16 províncias e os demais protegerão lugares e alvos sensíveis em Roma, Milão e Nápoles.

Para Maroni, o plano de desdobrar militares nas cidades é uma "iniciativa útil para a segurança", mas recebeu críticas da oposição. A presença do Exército nas ruas foi incluída em uma emenda aprovada pelo Parlamento ao decreto de lei sobre segurança redigido pelo Governo conservador do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. O ministro da Defesa afirmou que o propósito da medida é "eliminar o medo" e que o objetivo é dar aos cidadãos maior percepção de segurança e de presença do Estado.

La Russa disse que os soldados que vigiarão as ruas estão fazendo um curso específico de formação e que muitos deles realizaram trabalhos de patrulha em missões de paz no exterior. O Partido Democrata (PD), principal da oposição, já criticou a medida por acreditar que o país será militarizado.

Os sindicatos de Polícia também se mostraram críticos, e o secretário-geral da Coordenação pela Independência Sindical da Força da Polícia (Coisp, em italiano), Franco Maccari, disse ao jornal La Repubblica que "os problemas de segurança pública são concretos" e considerou que o uso do Exército é "só uma operação de fachada".

Fonte: Agência EFE

terça-feira, 29 de julho de 2008

CIDADES ITALIANAS DE MANTOVA E SABBIONETA SÃO INCLUÍDAS NO PATRIMÓNIO MUNDIAL

Mantova, 29/07/2008

O comitê de patrimônio mundial da Unesco, no âmbito dos trabalhos da 32ª sessão decorrida em Quebec, Canadá, aprovou com decisão acolhida por aclamação, a proposta do Governo italiano de inclusão na lista dos sítios classificados como patrimônio da humanidade, as cidades de mantova e Sabbioneta pelos seus excepcionais testemunhos de arquitetura e urbanística do renascimento.

Análoga decisão foi adoptada devido à linha-férrea nas paisagens de Albula e Bernina na zona dos Alpes. Com a aprovação de tais candidaturas, sobem para 43 os sítios italianos na lista do património mundial da humanidade.

Mântua (em italiano Mantova) é uma comuna italiana da região da Lombardia, província de Mântua, com cerca de 46.372 habitantes.

Estende-se por uma área de 63 km², tendo uma densidade populacional de 736 hab/km². Faz fronteira com Bagnolo San Vito, Curtatone, Porto Mantovano, Roncoferraro, San Giorgio di Mantova, Virgilio.

A cidade foi fundada nas margens do Mincio há aproximadamente 2000 a.C.. Mais tarde foi, no século VI a.C., uma vila etrusca. O seu nome deriva de Mantus, o equivalente ao deus Hades na língua dos etruscos.

Na Idade Média, a partir de 1328, a cidade foi o centro de um ducado nas mãos da família Gonzaga. O desaparecimento da descendência ducal direta foi a causa, no século XVII, da guerra de sucessão de Mântua, caso periférico da Guerra dos Trinta Anos. Todavia, o ducado regressa numa ramificação cadete (francesa, dos duques de Nevers) até 1708, data em que este é anexado ao ducado de Milão.

Nos arredores de Mantova - a 35 km ao longo da estrada para Parma localiza-se Sabbioneta, conhecida como "Piccola Atene", um perfeito centro urbano do renascimento, ainda hoje cercado por muralhas e bastiões originais.

Entre os vários edifícios, que dão para as ruazinhas do traçado regular, destacam-se o Palazzo Ducale, de 1568, com a Galleria degli Antenati parecida a uma amazona, e, sobretudo, um tesouro da arquitectura, o Teatro Olímpico, construído por Vincenzo Scamozzi, em 1590, em estilo palladiano.

Fonte: Jornal de Angola

segunda-feira, 28 de julho de 2008

IMIGRANTES OCUPAM CATEDRAL EM NÁPOLES; CRESCE TENSÃO.


28/07/2008 - NÁPOLES

Cerca de 30 pessoas de origem africana ocuparam a Catedral de Nápoles e duas delas foram presas enquanto cresce a tensão entre as forças de segurança e são registrados alguns incidentes.

Essas pessoas fazem parte de um grupo de mais de 100 estrangeiros que há três dias dormem na rua após o edifício onde estavam, na periferia de Nápoles, ter sido atingido por um incêndio.

O grupo ocupou hoje a catedral napolitana em protesto por essa situação, que os havia forçado a passar três noites desabrigados. Entre os imigrantes, a maioria procedente da Costa do Marfim, Gana e Burkina Fasso, há 36 refugiados políticos e 76 que pediram asilo.

Uma delegação do grupo denunciou um tratamento discriminatório em relação aos napolitanos que ficaram sem casa pelo mesmo motivo, pois a situação desses últimos foi solucionada.

ANSA

domingo, 27 de julho de 2008

VATICANO PEDE À ITÁLIA QUE RESPEITE DIREITOS HUMANOS DOS IMIGRANTES.


27/07/2008

O secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes, Agostino Marchetto, pediu ao governo italiano que respeite os direitos humanos dos imigrantes. O pedido de Marchetto foi feito um dia depois de o governo ter decretado estado de emergência em todo o país para fazer frente à chegada de imigrantes.

Marchetto explicou que a declaração de emergência "não precisa uma decisão negativa", já que "pode servir para a adoção de novas medidas que levem em conta as necessidades, por exemplo, dos imigrantes que precisam de proteção ao chegarem de países como Sudão, Somália ou Eritréia".

O religioso também advertiu que as decretações de estado de emergência têm de "respeitar direitos humanos de todos os trabalhadores imigrantes e dos membros de suas famílias", além das "normas internacionais quanto à concessão de refúgio, aos pedidos de asilo, aos apátridas --como os ciganos-- e às vítimas do tráfico de pessoas".

Ontem, o governo italiano decretou estado de emergência --que estava vigorando em apenas três regiões-- em todo o território nacional, para conter o "excepcional" fluxo de imigrantes em direção ao país há alguns meses. A medida, segundo o governo, responde à necessidade de combater o fenômeno da imigração clandestina, "já que, no primeiro semestre de 2008, dobrou o número de chegadas em relação ao ano anterior, com 10,6 mil pessoas, contra 5,3 mil no mesmo período do ano passado".

A decisão do governo gerou duras críticas da oposição, que considera insuficiente as explicações dadas pelo Executivo para justificar a medida e que pediu a presença no Parlamento do ministro do Interior, Roberto Maroni.

Agência Envolverde

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cidadania: brasileiro denuncia que foi impedido de entrar na Itália mesmo portando documentos.



Sexta-Feira - 25/07/2008

Flavio Miele, 32 anos, de São José dos Campos (SP), não teria conseguido entrar na Itália, mesmo portando todos os documentos exigidos pela lei de imigração no país. O fato teria ocorrido no último dia 10 de julho, no aeroporto Venice Treviso (próximo à cidade de Veneza), onde ele desembarcou originário de Londres.

Flavio Miele denuncia que foi a Itália para encaminhar o processo de cidadania italiana e, mesmo portando todos os documentos, foi expulso por oficial da imigração. Foto: Divulgação

Segundo Miele, que se dirigia a Itália para o encaminhamento da solicitação da dupla cidadania junto aos órgãos competentes, não foi suficiente a apresentação de todos os documentos exigidos, originais e traduzidos, além do dinheiro que dispunha para permanecer em território italiano.

“Foi negada a minha entrada no país sem mais explicações, fui tratado como bandido e quase ainda tenho retido meus documentos, pelo oficial da imigração, ao qual tive que implorar para que me devolvesse, pois era o que eu tinha de mais importante”, relata.

Ele conta que permaneceu preso numa sala do aeroporto das 9h30min às 14h40min, hora em que foi embarcado num vôo para deixar o país. “Meu advogado da Itália foi até o aeroporto e tentou argumentar com o oficial, mas ele disse que não ia fazer nada por mim, não queria e não ia fazer, e que poderia estar ali o Papa, que o problema era entre eu e ele e ele era quem mandava ali”, conta.

Já no Brasil, na casa de seus pais em São José dos Campos, Miele, que descende do italiano Umberto Miele (bisavô), questiona que providências deverão ser tomadas pela Embaixada da Itália no Brasil: “O que eu gostaria de saber é sobre o que a Embaixada poderia fazer por mim, uma vez que fui deportado da Itália”.


Oriundi

quarta-feira, 23 de julho de 2008

ITÁLIA APROVA LEI QUE ENDURECE POLÍTICA DE IMIGRAÇÃO.


23/07/2008

O Senado italiano aprovou hoje uma das leis previstas pelo Governo conservador de Silvio Berlusconi em sua política de endurecimento contra a imigração que, entre outras medidas, facilita a expulsão de ilegais do país.

A lei foi aprovada por 161 votos a favor, 120 contra e oito abstenções de senadores da União de Democratas de Centro e Democratas-cristãos (UDC).

Entre as medidas, que o Governo qualifica como "pacote de segurança", se destaca a de considerar a imigração irregular como um agravante, o que indica um aumento de um terço da pena de ilegais que cometam um delito na Itália. Além disso, será mais fácil expulsar os imigrantes condenados, já que poderão ser repatriados quando tenham penas superiores a dois anos e não dez anos como na atualidade.

A nova lei estabelece também que as pessoas que alugarem apartamentos para imigrantes ilegais terão seus imóveis confiscados e poderão ser presos por até três anos. O Governo incluiu também neste conjunto de medidas o emprego do Exército na segurança dos cidadãos, com a mobilização de três mil soldados que patrulharão as ruas por um período de seis meses prorrogáveis por mais um semestre.

Entre as novas medidas está também o adiamento por 18 meses dos processos por delitos cometidos antes de 2 de maio de 2006 e os que a Justiça considere menos urgente. A disposição foi a mais criticada pelo Governo, já que poderia frear um dos julgamentos por corrupção enfrentados por Berlusconi, acusado de ter pagado 580 mil euros ao advogado britânico David Mills para que falsificasse seus depoimentos em dois processos contra o magnata da televisão.

Por enquanto, Berlusconi não poderá ser julgado já que o Senado aprovou a lei que dá imunidade para os quatro cargos principais do Estado italiano.

EFE

Roma: incêndio atinge acampamento cigano.


ROMA, 23 JULHO de 2008

Um incêndio atingiu nesta madrugada um acampamento de ciganos (rom) nos subúrbios de Roma, mas fontes policiais declararam que não há indícios de que tenha sido doloso.

Neste local a Cruz Vermelha organizou na segunda-feira (21) o primeiro censo de ciganos.

O fogo, que começou com um forte vento, destruiu alguns barracos e feriu algumas pessoas.

O prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno, prometeu que o município tomará as medidas cabíveis para o caso.

Uma investigação foi aberta para determinar a causa do incêndio que, segundo alguns moradores, teve motivos racistas e foi provocado por três garrafas incendiárias lançadas da estrada contra o acampamento.

Esta hipótese ainda não foi confirmada porque os investigadores estão averiguando as declarações de uma testemunha, que é acusada de "falso testemunho e falso alarme".

ANSA

segunda-feira, 21 de julho de 2008

ITÁLIA: POLÍTICOS PROTESTAM APÓS LÍDER SEPARATISTA OFENDER HINO NACIONAL


21/07/2008

Autoridades e políticos italianos criticaram hoje as ofensas de Umberto Bossi, líder do partido separatista Liga Norte, que levantou o dedo médio contra o Hino Nacional da Itália e pediu que sejam banidos do norte os professores com origem no sul do país.

Bossi, que é ministro das Reformas Institucionais do governo conservador de Silvio Berlusconi, afirmou ontem durante um comício de seu partido em Pádua, no nordeste do país, que o cidadão italiano não deve mais "ser escravo de Roma", em alusão à primeira estrofe do Hino Nacional composto por Goffredo Mameli.


"Não devemos mais ser escravos de Roma. O hino diz: 'Itália, escrava de Roma'; bah! digo eu", afirmou Bossi enquanto levantava o dedo médio, em um evidente gesto ofensivo. "Devemos lutar contra a canalha centralista. Há 15 milhões de homens dispostos a brigar por sua liberdade: ou conseguimos as reformas, ou será batalha!", acrescentou o político durante o evento.

Companheiros de Bossi na coalizão governista, o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, se manifestou hoje no parlamento criticando a atitude contra os símbolos nacionais. "Ninguém, muito menos um ministro da República, deve pronunciar palavras que ofendam o sentimento nacional que está no hino de Mameli e naquilo que ele significa, assim como nas palavras que o compõem", declarou Fini.

Outros representantes da maioria governista tentaram minimizar as declarações de Bossi, enquanto a esquerda atacou-o tanto pela vulgaridade quanto por sua proposta de eliminar das escolas do norte os professores com origem no sul.

"A declaração de Bossi não é improvisada, está dentro de uma escolha de fundo que a Liga fez há tempo: introduzir operações que tendem a desmantelar o Estado nacional", declarou Enrico Panini, secretário-geral da Federação dos Trabalhadores do Ensino (FLC-CGIL). "Aconteceu com o hino, com a escola e acontecerá muito provavelmente com o federalismo em escala institucional. O objeto do enfrentamento é, portanto, mais amplo do que pode parecer", acrescentou o sindicalista.

Por sua vez, o historiador Valério Castronovo defendeu o aspecto tradicional do hino escrito por Goffredo Mameli. "Esse hino faz parte da nossa tradição, nossos caçadores aprenderam a cantá-lo, nos estádios o entoam os torcedores, enfim, entrou no uso cotidiano e isso é importante para um país como o nosso, sempre em crise de identidade", defendeu Castronovo.

Um dos principais cavalos de batalha da Liga Norte, partido que conquistou significativa representação parlamentar nas eleições de abril deste ano, sempre foi o grito de "Roma ladrona", acusando a capital de ser a culpada de todos os males do país -- em especial da região norte, cuja economia é mais dinâmica do que o resto do país.

Essa não é a primeira vez que o líder federalista radical faz declarações públicas de tom violento. Uma semana antes das eleições de abril, Bossi ameaçou pegar em armas contra a suposta falta de clareza das cédulas eleitorais italianas. "Se for necessário, para deter os romanos [em referência ao governo nacional], que imprimiram essas cédulas eleitorais que são uma autêntica sujeira e que não permitem votar com sensatez e clareza, poderemos pegar em fuzis", declarou Bossi naquela ocasião, diante cerca de 300 pessoas que participavam de um encontro eleitoral no norte do país. O político também já foi condenado uma vez por insultos à bandeira italiana.

ANSA

sábado, 19 de julho de 2008

NÁPOLES TIRA LIXO DA RUA, MAS SOLUÇÃO FINAL DEMORARÁ.


19/07/2008

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse ontem (18) que as ruas de Nápoles estavam livres do lixo em putrefação acumulado ali durante meses, mas avisou que o caso só terá a um ponto final dentro de três anos.


'O processamento industrial completo do lixo levará cerca de três anos para ser concluído, o tempo que precisamos para construir os quatro incineradores de que carecemos', afirmou o premiê em um discurso proferido em Roma. A primeira dessas instalações -- que geram eletricidade usando o lixo como combustível -- estará pronta no final do ano, disse.

Ao mesmo tempo, Berlusconi mobilizou o Exército para evitar que os lixões criados em caráter emergencial tenham seu funcionamento prejudicado por moradores dessas áreas, indignados com as medidas. A cidade selou contratos temporários para enviar o lixo a outras partes da Itália e a outros países europeus.

Berlusconi deve comparecer a Nápoles na sexta-feira a fim de participar do tradicional encontro do gabinete de governo ali, cumprindo a promessa feita na campanha eleitoral de maio de reunir os ministros italianos em Nápoles enquanto a crise do lixo não tivesse sido solucionada.

O premiê afirmou que isso se deu, já que as ruas da cidade estão limpas e os bairros periféricos não se encontram mais sufocados pelas pilhas de sacos de lixo fétidos, que os moradores dessas áreas costumavam queimar durante a noite e que provocaram várias doenças. 'A crise prejudicou a população de Nápoles e da Região da Campânia, prejudicou a população italiana de um modo em geral e prejudicou os nossos setores do turismo e de exportações', disse Berlusconi.

O dirigente responsabilizou pelo problema o governo de centro-esquerda que o antecedeu no poder, mas a questão iniciou-se no mínimo 14 anos atrás, o que inclui ao menos um dos dois mandatos anteriores do atual premiê. 'Realizamos nosso primeiro encontro de gabinete em Nápoles, 58 dias atrás, e realizaremos outro ali, hoje, quando então anunciarei com orgulho que não há mais lixo nas ruas de Nápoles e da Campânia', afirmou.

Um repórter enviado a Nápoles pela Reuters antes da reunião de gabinete afirmou que a região central da cidade, ao menos, não convivia mais com os montes de lixo que tanto prejudicaram a imagem da Itália no exterior.

Reuters

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ronaldinho é do Milan!


MILÃO, 16 JULHO de 2008

O Milan Channel, canal temático de TV a cabo dedicado ao clube italiano, foi o único veículo da imprensa que pôde recolher as primeiras declarações de Ronaldinho Gaúcho no momento em que o craque brasileiro desembarcou em Milão. "Estou muito feliz por chegar ao Milan. Depois de tanto tempo estou aqui. Espero conseguir dar muitas alegrias a todos", declarou Ronaldinho.


O jogador confirmou que a sua preferência sempre foi ser transferido para o Milan. "Muitas coisas aconteceram, mas no fim me tornei rubro-negro", disse, em se referindo às cores do time italiano. "Estou feliz por estar aqui e, repito, espero dar muita diversão aos torcedores do Milan". "É muito bom encontrar aqui tantos brasileiros, mas também tantos grandes jogadores que vestem a camisa do Milan. Estou feliz por tudo", concluiu.

A APRESENTAÇÃO OFICIAL

Não deve ocorrer hoje (16) a apresentação de Ronaldinho Gaúcho como o novo reforço do Milan, contrariamente às afirmações anteriores do clube italiano. O craque brasileiro ainda deverá realizar os exames médicos de rotina e, em seguida, assinar o contrato. Portanto, deve ser apresentado oficialmente somente nos próximos dias.

Inicialmente, o clube marcara para esta tarde (16) a apresentação do jogador que, desta maneira, coincidiria com a apresentação dos outros reforços do Milan para a temporada.

ANSA

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Extradição de Cacciola é um símbolo do fim da impunidade, afirma Ministro da Justiça.


Q
uinta-Feira - 17/07/2008

A extradição do ex-banqueiro ítalo-brasileiro Cacciola é o símbolo de que a impunidade no Brasil está terminando, segundo declarou nesta quarta-feira (16) o ministro da Justiça, Tarso Genro.

Ministro Tarso Genro considera extradição do ex-banqueiro ítalo-brasileiro um símbolo do fim da impunidade no país. Foto: Arquivo

Para Tarso, significa também que o governo brasileiro obteve confiabilidade - técnica e política – junto a um país (Mônaco) que não quer ser praça de proteção de pessoas condenadas.

Tarso genro esclareceu que o processo de extradição, coordenado pelo Ministério da Justiça, não tem qualquer relação pessoal com o ex-banqueiro. “Para nós interessa muito pouco quem ele é, qual o seu passado e suas relações políticas. O senhor Cacciola está voltando porque é um condenado pela justiça brasileira”.

O ministro acrescentou que Cacciola será entregue nesta quinta-feira (17) à autoridade judicial no Rio de Janeiro.

“A nossa função terminou. A não ser que o Ministério Público requisite qualquer diligência para novo inquérito. O papel da polícia agora é entregar o senhor Caccciola para o juiz da execução da pena”.

Oriundi

terça-feira, 15 de julho de 2008

PROSTITUTAS FAZEM PROMOÇÃO "PAGUE 3, GANHE 1" NA ITÁLIA.


15/07/2008

As prostitutas na região do Veneto, no nordeste da Itália, lançaram uma campanha para manter a fidelidade dos clientes: para cada três programas realizados, o quarto é oferecido de graça.

Cerca de 50 prostitutas, a maioria romenas e búlgaras, se espalham por 15 quilômetros de uma das vias mais antigas e movimentadas da região, a estrada Terraglio, nos arredores de Veneza.


A estrada liga as cidades de Mestre, Mogliano Veneto, Preganziol e Treviso.

A iniciativa de algumas prostitutas ganhou uma página do jornal "La Repubblica", que repercutiu uma reportagem publicada pelo jornal local "Il Gazzettino".

O cliente receberia para cada programa um pequeno coração de tecido vermelho. Ao juntar três, teria direito a um programa gratuito.

O objetivo das prostitutas é aproveitar o verão --época de maior atividade-- para combater a crise econômica que se abate sobre o mercado do sexo nas estradas e driblar a queda do movimento devido à repressão das autoridades contra os clientes.

Os motoristas, potenciais clientes, são sujeitos ao pagamento de multas, que podem chegar até a 250 euros, se forem flagrados com prostitutas.

Milhagem

A estratégia, inspirada nos programas de milhagem e de fidelidade usados pelas companhias aéreas e pelos supermercados, não surpreende Pia Crove, diretora do Comitê pelos Direitos Civis das Prostitutas.

Crove conta que soube da promoção pelo jornal. "Ultimamente a linha dura de alguns municípios compromete o trabalho das prostitutas nas ruas", afirmou à BBC Brasil. "E elas usam a criatividade." "O problema é que os clientes se afastam de uma determinada área e vão para outra", acrescentou. "E isso baixa o nível de segurança das prostitutas naquela região."

"Trabalhamos para dar assistência às prostitutas que queriam abandonar a profissão e dar assistência de saúde para a mulher", afirma Crove. "Tínhamos conseguido que as prostitutas não deixassem os clientes jogarem preservativos usados nas ruas, mas todo este trabalho de educação fica comprometido pela intolerância."

Multas

No fim de 2007, o município de Mogliano Veneto baixou um decreto determinando a aplicação de multas a motoristas que abordassem as prostitutas ao longo da estrada. Moradores de vários quarteirões ao longo da estrada Terraglio se organizam para denunciar a exploração da prostituição, crime previsto pela lei na Itália.

A prostituição dentro de apartamento é proibida, mas as autoridades fazem vista grossa até o momento em que recebem a reclamação de um vizinho. O problema é que o perfil das prostitutas mudou com a entrada de novos países na União Européia.

"Ficou difícil para a polícia expulsar as prostitutas pelo crime de imigração clandestina", diz Lóris Zamperoni, responsável pelo projeto Free Woman Project Mestre, um programa da Assessoria de Políticas Sociais de Veneza. "A maioria delas não são mais extra-comunitárias como acontecia alguns anos atrás com as nigerianas e as albanesas, que foram substituídas", conta Zamperoni à BBC Brasil.

O projeto monitora e ajuda prostitutas e transexuais da região, entre eles brasileiros, com assistência médica, distribuição de preservativos e informações contra a violência e sobre a contaminação por doenças venéreas.

Passeata de protesto Zamperoni diz que não conhecia a promoção e afirma que idéias como esta podem ser conseqüências do verão que já começou na Itália. "Naquele trecho de estrada, existem cerca de 50 prostitutas, e nossos colaboradores que assistem essas mulheres não perceberam nada fora das normas", afirma.

A Assessoria de Políticas Sociais de Veneza está investigando o assunto, mas ainda não descobriu quem estaria por trás da promoção. A iniciativa não seria a primeira na Itália. Alguns meses atrás, na cidade de Padova, as prostitutas saíram em passeata de protesto oferecendo desconto para os clientes multados ao abordá-las para negociar um programa.

Os dados estatísticos na Itália sobre o fenômeno da prostituição são apenas estimativas. Pia Crove afirma que existem cerca de 50 mil prostitutas no país. Ela acrescenta que, das "25 mil mulheres que trabalham nas ruas, a maioria é de estrangeiras". "Outras 25 mil se prostituem em apartamentos e, neste caso, aumenta a presença de italianas porque é mais fácil para elas alugar um imóvel", conclui.

BBC Brasil

segunda-feira, 14 de julho de 2008

MENINA CIGANA COMOVE A ITÁLIA.


14/07/2008

Rebecca Covaciu é uma menina romena de etnia cigana. (Sobre)vive na Itália, onde os ciganos têm nos últimos anos sofrido perseguições desumanas.

Aos 12 anos, tem já uma história de vida marcada pela marginalização e pelo sofrimento.

Comoveu os italianos e, agora, em jeito de apelo, deixa um testemunho tocante à Europa.

O drama da pequena Rebecca começou quando a família deixou Arad (Roménia), ironicamente para fugir à pobreza e à discriminação.

Na Itália, no entanto, os Covaciu têm sido alvo do ódio racial. Em Milão quase foram linchados por um grupo racista e a polícia destruiu por várias vezes os abrigos provisórios construídos pelo pai de Rebecca, Stelian, deixando a família a viver na rua.

E só a ajuda de uma organização humanitária impediu Stelian, a mulher e os quatro filhos do casal de morrer à fome.

Seguiram-se depois Ávila (Espanha), Nápoles e, agora, Potenza, na região de Basilicata, Sul de Itália.

Vários pousos, mas o mesmo denominador comum - uma vida de perseguições e de miséria. Já foi agredida pela polícia, viu o pai ser espancado para a defender, viu morrer outras crianças por falta de medicamentos e um acampamento de ciganos ser incendiado.

Também já mendigou com os pais na Espanha e na Itália.

Agora, num vídeo intitulado 'Querida Europa', que será exibido no Parlamento Europeu, Rebecca, cujo sonho é ir à escola e que os seus pais tenham trabalho, deixa o apelo na primeira pessoa. "Quando eu crescer, quero ajudar os pobres e pintar o mundo dos ciganos. Ajudem--nos", afirma Rebecca, que já ganhou um prêmio de desenho da UNICEF.

A sua história está emocionando os italianos numa altura em que o governo avança com um polêmico censo da população cigana - iniciativa que se pretende estender ao nível europeu, propondo a criação de um banco de ADN e impressões digitais de crianças ciganas.

Fonte: Correio da Manhã

sábado, 12 de julho de 2008

Consulado Italiano em Porto Alegre sofre atentado com coquetéis molotov.


Sábado - 12/07/2008

Porto Alegre-RS

A sede do Consulado Italiano em Porto Alegre foi atingida por dois coquetéis molotov na tarde desta sexta-feira (11). Duas pessoas, que estavam em uma moto preta modelo Titan, atiraram as garrafas com combustível, que explodiram junto à porta de madeira do prédio, localizado no número 313 da rua José de Alencar, um tradicional bairro de classe média da cidade.

Atentado: porta do Consulado da Itália em Porto Alegre resistiu ao impacto de dois coquetéis molotov lançado, na tarde desta sexta-feira (11), por dois tripulantes de uma motocicleta. Foto: Bonfilho Zulian

Um comerciante, cujo estabelecimento se localiza em frente ao consulado. disse que a dupla circulou pela área antes de perpetrar o ataque, que ocorreu exatamente às 15h55min como que observando o local, o que indica premeditação e planejamento.

Com a informação do comerciante, que inclusive foi quem acionou a Brigada Militar e os Bombeiros, por telefone, embora até este sábado pela manhã não tivesse sido ouvido pela polícia, reforça-se a hipótese de que o consulado era mesmo o alvo pretendido.

Entre as várias hipóteses levantadas pela polícia está a de o ataque ter sido um mero ato de vandalismo ou, então, um gesto perpetrado por alguém inconformado com uma possível rejeição ao pedido de cidadania.

Outras ilações surgiram na imprensa local, entre as quais a possibilidade de a ação ser um protesto político - contra as novas normas da união Européia em relação aos imigrantes ilegais, por exemplo.

No sábado pela manhã, restos das garrafas que explodiram e a porta queimada chamavam a atenção de quem circulava pela rua onde se localiza o consulado. Foto: Bonfilho Zulian


Após a explosão, o segurança do prédio tratou de apagar o fogo com um extintor de incêndio e se dirigiu até o estabelecimento comercial, onde solicitou ajuda ao proprietário.

Ao chegarem ao local, integrantes do Corpo de Bombeiros fizeram o rescaldo.

A porta ficou queimada, mas não sofreu maiores danos. O consulado estava fechado quando o ataque ocorreu.

No sábado pela manhã, restos das garrafas que explodiram e a porta queimada chamavam a atenção de quem circulava pela rua onde se localiza o consulado.

Como se trata de território estrangeiro, inicialmente houve uma dúvida entre as autoridades policiais sobre quem deveria apurar o caso.

A Polícia Federal deixou o assunto para a 2ª Delegacia da Polícia Civil, que responde pela área onde ocorreu o incidente.

Testemunhas teriam identificado as iniciais da placa da moto.

Um dos primeiros que foram ouvidos foi o vice-cônsul Giovanni Natalucci, que responde pela representação italiana no momento, já que o cônsul, Francesco Barbaro, encontra-se em férias em seu país. Em seu depoimento, afirmou à polícia desconhecer qualquer motivo especifico que pudesse ter determinado o ataque.

No sábado pela manhã, apenas um funcionário de plantão atendia na 2ª Delegacia. Sobre o assunto, apenas a delegada titular podia falar sobre o andamento da investigação. E isso apenas na segunda-feira. De qualquer forma, o trabalho da polícia prossegue na tentativa de identificar os autores do atentado.

Oriundi

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dantas: "Vou contar tudo! Detonar!"



Os intestinos do Brasil.

por Bob Fernandes

Dantas: "Vou contar tudo! Detonar!"

Daniel Dantas está numa sala da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Seu advogado, Nélio Machado, está próximo.

Diante do banqueiro, o delegado que coordenou a operação Satiagraha, o homem que o prendeu por duas vezes em 48 horas. São 8 da noite da quinta-feira, 10 de julho.

Outros dois dos presos na operação acabam de ser libertados, habeas corpus do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, concedidos ao megainvestidor Naji Nahas e ao ex-prefeito Celso Pitta.

Daniel Dantas parece exausto, rendido, mas não deixou de ser quem é. Obcecado por tudo que foca e toca, brilhante, genial, dizem mesmo os mais empedernidos adversários.

O tempo, pouco tempo, dirá o quanto há de cálculo, quanto há de desabafo no que começa a despejar sobre o delegado Protógenes Queiróz. Primeiro, a senha:

- Eu vou contar tudo! Vou detonar!

Antes ainda, o delegado lhe passa um calhamaço, o relatório das investigações, o fruto de anos de investigações, e diz, na longa conversa informal:

- ...sua grande ruína foi a mídia...você perdeu muito tempo com isso, leia esse capítulo sobre a mídia e entenda porque você está preso...sua defesa começa aqui, com todo o respeito que eu tenho ao seu advogado aqui presente...

Daniel lê, atentamente.

O delegado volta à carga.

- Não continue jogando seus amigos, seus aliados contra mim, isso não vai adiantar nada, como não adiantou...

Daniel, silencioso, parece concordar. O delegado prossegue:

- Se esse jogo continuar, a cada vez serão mais dez anos de prisão... eu tenho pelo menos 5 preventivas contra você, o trabalho do juiz De Sanctis é extraordinário, não há como escapar de novos mandados...e se você insistir agora será com a família toda...serão duzentos anos de prisão...

Silêncio, Protógenes Queiroz fecha o cerco:

- ...vamos fazer um acordo, você me ajuda e eu te ajudo....

Daniel, aquele que é tido e havido como uma mente brilhante, decide. O tempo dirá se cálculo ou rendição:

- Eu vou contar tudo!

E faz jorrar, devastador:

-...vou contar tudo sobre todos. Como paguei um milhão e meio para não ser preso pela Polícia Federal em 2004...

- Um milhão e meio? À época da operação Chacal, o caso Kroll...?

Prossegue a torrente de Daniel:

- ...tudo sobre minhas relações com a política, com os partidos, com os políticos, com os candidatos, com o Congresso... tudo sobre minhas relações com a Justiça, sobre como corrompi juízes, desembargadores, sobre quem foi comprado na imprensa...

O delegado, avança:

- Vamos fazer um acordo, mas é ponto de honra você não mentir. Não abro mão dessa investigação e seus resultados, mas muito mais fundamental é contar tudo sobre a corrupção no Brasil...quero saber a quem você pagou propina no Judiciário, no Congresso, na imprensa...

Em meio à torrente, em algum momento o advogado Nélio Machado pondera:

- ...você vai estar mais seguro na cadeia do que fora, fora você correrá risco de ser morto!

Daniel Dantas, o obcecado por tudo que toca e foca, a mente brilhante, aquele que mesmo os inimigos dizem ser um gênio, despeja:

- Eu vou detonar tudo!

Tarde da sexta-feira 11 de Julho.

Daniel Dantas está na Superintendência da Polícia Federal, São Paulo, onde será ouvido formalmente pelo delegado Protógenes Queiróz a partir das 15h30.

O advogado Nélio Machado informa ao reportariado que vai orientar seu cliente para nada dizer.

O tempo, pouco tempo, dirá se tudo não passou de exaustão, desabafo.

Se tudo foi só cálculo, ou, um mergulho definitivo, purificador, nos intestinos do Brasil.

[Terra]

Lei da imunidade passa pela Câmara.


ROMA, 11 JUL (ANSA) - Em tempo recorde de 48 horas, a Câmara dos Deputados da Itália aprovou na noite de ontem (10) o projeto de lei da "alta imunidade", que impede a abertura de processos judiciais contra os cargos mais importantes do Estado italiano, entre eles o de primeiro-ministro, atualmente ocupado pelo magnata Silvio Berlusconi, "padrinho" do projeto de lei apresentado pelo seu ministro da Justiça, Angelino Alfano, e que agora será votado no Senado.

Aprovado por 309 votos favoráveis, 263 contrários e 30 abstenções, o projeto de lei restringe as ações judiciais contra o presidente da República e os presidentes da Câmara e do Senado, além do premier.

Diante da ampla maioria governista, só o Partido Democrata (PD) e o grupo Itália dos Valores (de Antonio di Pietro) votaram contra, apesar das diferenças internas. Já os deputados da União Democrata de Centro (UDC) preferiram não se posicionar.

No Senado, a bancada governista também espera aprovar rapidamente a Lei Alfano - ou lei "salva-Berlusconi", ou lei "bloqueia-processos", entre outras variantes, como quase toda a imprensa italiana tem se referido ao caso.

De fato, o projeto de lei surge em um momento particular da política local, posto que se trata de uma iniciativa da cúpula de um governo eleito há apenas três meses e cujo premier, Silvio Berlusconi, encontra-se cercado por acusações e processos na Justiça.

Um deles é o caso Mills, um dos processos que os parlamentares pretendem bloquear ao aprovar com rapidez a nova lei. Nele, Berlusconi é acusado de ter pagado US$ 600 mil ao advogado inglês David Mills, como recompensa por não revelar informações à Justiça sobre empresas off-shore da cadeia televisiva Mediaset (de propriedade de Berlusconi e transmissora de três canais abertos na Itália, um deles no ar ilegalmente).

Segundo a promotoria, tais empresas seriam usadas para lavagem de dinheiro.

"A partir de hoje, pegamos o touro pelos chifres, para libertar a política italiana do uso político da Justiça", comemorou Fabrizio Cicchitto, líder da coligação Povo da Liberdade (PDL, de Berlusconi) na Câmara.

A declaração, parecida com a de outros grupos governistas, alinha-se com o discurso de Berlusconi, que acusa a Justiça italiana de persegui-lo politicamente.

"Uma aprovação que deixará Berlusconi governar", comemorou o partido ultraconservador Liga Norte.

A oposição e parte da opinião pública do país não compartilham essa opinião e, ao contrário, afirmam que Berlusconi governa para si próprio, para salvá-lo dos processos e favorecer seu vasto leque de empresas e amigos.

Walter Veltroni, ex-rival de Berlusconi nas eleições e atualmente um opositor brando, disse que o projeto de lei é "objetivamente uma lei ad personam", ou seja, uma lei feita para uma só pessoa: Berlusconi. Para Veltroni, a prova disso está na urgência com que foi aprovada. "Por que não fizeram uma proposta de lei constitucional? Pela necessidade de acelerar a aprovação".

Já Antonio Di Pietro, um dos políticos mais atuantes no combate à corrupção estatal, criticou duramente a aprovação do projeto de lei, chamando os deputados italianos de "domesticados", enquanto seus aliados gritavam em coro: "vergonha no Parlamento".

A lei salva-Berlusconi se soma a um polêmico conjunto de projetos legislativos apresentado pelo governo atual, que inclui a proibição de investigações criminais mediante escutas telefônicas (mecanismo muito utilizado para investigar crimes do colarinho branco e de corrupção) e o bloqueio de processos judiciais iniciados antes de 2002 (condição em que se enquadram aqueles de Berlusconi), além da nova lei da imigração, pela qual a Itália de Berlusconi recebeu sanções do Parlamento Europeu, aprovadas nesta quinta-feira (10), sobre a questão dos ciganos no país.

Na última terça-feira (8), mais 50 mil pessoas (segundo os organizadores) se juntaram na Praça Navona, em Roma, para protestar contra os passos do governo Berlusconi e de seus aliados no Parlamento.

Estiveram presentes o próprio Antonio Di Pietro, um dos organizadores da marcha, além de intelectuais e artistas, como os comediantes Beppe Grillo, autor de um célebre blog na internet, e Sabina Guzzanti, diretora do documentário "Viva Zapatero".

ANSA

quinta-feira, 10 de julho de 2008

KAKÁ NÃO JOGARÁ EM PEQUIM PORQUE NÃO QUER, DIZ BERLUSCONI.


10/07/2008

Em meio à correria entre um encontro bilateral e outro nesta quarta-feira, durante a reunião de cúpula do G8, no Japão, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, encontrou tempo para dizer à imprensa brasileira presente no local que o meia-atacante Kaká "não quer ir à Olimpíada porque ele está muito cansado".


Berlusconi é o dono do time no qual Kaká joga, o Milan, mas deixou formalmente a presidência do clube após ser eleito premiê da Itália, no ano passado.

Enquanto esperava a chegada do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem manteve uma reunião bilateral de meia hora, Berlusconi aproveitou para cumprimentar os jornalistas brasileiros presentes e dizer que gosta muito de Kaká e de Alexandre Pato, as duas estrelas brasileiras do seu time.

Oficialmente, o Milan vetou a liberação de Kaká para a Olimpíada de Pequim, liberando apenas Pato. Publicamente, Kaká manifestou seu interesse em participar da competição, mas disse que nada podia fazer se o seu time não permitisse sua participação.

Como já era esperado, na convocação da seleção para a Olimpíada, na segunda-feira, o técnico Dunga deixou de lado o meia --que também está se recuperando de uma cirurgia no joelho esquerdo.

Antes de presentear Lula com 12 gravatas italianas, Berlusconi disse também que o Milan não contratará o também brasileiro Ronaldinho, atualmente no Barcelona, porque o jogador está "muito caro".

"Mas, de qualquer maneira, não sou mais presidente do Milan, sou presidente do Conselho de Ministros [denominação oficial do cargo de premiê italiano], e não posso gastar tanto dinheiro", afirmou.

"Tenho que gastar com os pobres", disse ele, no mais tradicional estilo populista, acrescentando que é o maior pagador de impostos da Itália. "Pago US$ 1 milhão [cerca de R$ 1,6 milhão] por dia em impostos", afirmou Berlusconi, que é também dono de uma rede de TV e o homem mais rico da Itália.

BBC Brasil

ANÁLISE REVELA QUE ESTÁTUA DE LOBA DE ROMA É MEDIEVAL, E NÃO ETRUSCA

10/07/2008

Uma análise com carbono 14 mostrou que a conhecida estátua da loba que amamentou Rômulo e Remo, exibida nos Museus Capitolinos de Roma, não pertence à época etrusca, como até agora se acreditava, mas à Idade Média.


Até agora a estátua era datada do século V a.C, enquanto esta nova análise situa sua realização mais de mil anos depois, entre os séculos VIII e XIV d.C.

Segundo o periódico italiano La Repubblica, a Prefeitura de Roma conhecia os resultados há mais de um ano, mas ainda não havia divulgado.

A primeira a indicar que a obra poderia datar da Idade Média foi a restauradora Anna Maria Carrubba, que entre 1997 e o ano 2000 participou dos trabalhos de restauração da estátua.

Carruba observou que, para a realização da Loba, tinha sido utilizada uma técnica de fundição adotada durante a Idade Média.

Agência EFE

quarta-feira, 9 de julho de 2008

ITÁLIA AUTORIZA INTERRUPÇÃO DA ALIMENTAÇÃO DE MULHER EM COMA HÁ 16 ANOS.


09/07/2008

A justiça italiana autorizou nesta quarta-feira (09/07) a interrupção da alimentação de uma mulher que se encontra em coma há mais de 16 anos, conforme desejo de seu pai, anunciou a imprensa local.

A Corte de Apelações de Milão autorizou ao pai de Eluana Englaro interrompir a hidratação e alimentação artificiais que mantêm com vida sua filha desde 18 de janeiro de 1992, quando um acidente de carro a levou ao coma do qual nunca mais saiu.

Eluana Englaro está hospitalizada desde essa data num coma considerado irreversível pelos médicos, e seu pai reclama desde 1999 a suspensão de seu tratamento.

AFP

G8: Críticas de Mantega ao veto.


SÃO PAULO, 8 JULHO de 2008

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou, em São Paulo, a postura dos Estados Unidos e da Itália, que rejeitaram a ampliação do G8 para a inclusão de países emergentes, como o Brasil.

Ele apontou inconsistência e incoerência no posicionamento dos dois países, informou a Agência Brasil.

"Há uma inconsistência e uma incoerência de alguns países que reconhecem a importância econômica do Brasil, mas, ao mesmo tempo, se negam a aceitar a sua entrada no G8", disse o ministro na noite de ontem (7).

Para Mantega, a Índia e a China - países que junto com o Brasil e a Rússia formam o grupo dos Estados emergentes, deveriam também entrar no G8, integrado pelas principais economias mundiais.

ANSA

terça-feira, 8 de julho de 2008

Berlusconi: G8 sem países emergentes.


TOYAKO, 8 JULHO

O premier italiano Silvio Berlusconi, anunciou hoje que o Grupo dos Oito (G8) países mais desenvolvidos aprovou a sua proposta de manter a mesma fórmula para a cúpula de 2009, sem a integração dos países emergentes.

"Durante a reunião do G8 de hoje (8) votou-se por unanimidade a minha proposta de manter a fórmula para o próximo G8 de 2009, que se realizará na ilha de La Maddalena, na Sardenha", afirmou Berlusconi.

O chefe de governo , durante uma coletiva à imprensa em paralelo à cúpula do G8, explicou que foi rejeitada a proposta francesa de ampliar o grupo aos países emergentes, entre eles o Brasil e o México.

O presidente francês Nicolas Sarkozy teria apresentado uma proposta para ampliar o G8 a outras economias emergentes relevantes, no marco da cúpula anual do grupo.

Berlusconi declarou na segunda-feira (7) que "a maioria quer manter a fórmula atual, cuja vantagem é não ter um número de presenças excessivas, permitindo assim falar de modo franco e direto".

A proposta de Sarkozy de incluir México, Brasil, China, Índia e África do Sul (o chamado G5) no grupo dos países mais desenvolvidos do planeta, foi rejeitada pela cúpula do Japão.

O G8 se confirmou com a fórmula atual, integrado por Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, Rússia e Japão.

Berlusconi esclareceu na segunda (7) que considerava "justo fazer reuniões regulares ampliadas a estes cinco países".

Washington também se manifestou ontem (7), pela primeira vez de forma direta, contra a expansão do grupo. "Não somos a favor da ampliação", destacou o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, Gordon Johndroe.

ANSA

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Mantica: Itália estuda normas restritivas à concessão da cidadania italiana


O senador Alfredo Mantica, subsecretário de Relações Exteriores, responsável pelos italianos no exterior, que, nesta semana, cumpriu agenda em Buenos Aires e em São Paulo, em entrevista ao jornal argentino Clarin, afirmou que o governo liderado pelo conservador Silvio Berlusconi, ao qual ele pertence, tem a intenção de adotar normas mais restritivas para a concessão da cidadania.

Segundo ele, embora os descendentes de italianos, em grande parte, mantenham o sentido de pertencimento com a pátria de seus antepassados, o pedido de cidadania deveria ser completado com cursos de formação, no que se refere à aprendizagem da língua e da Constituição italiana e os princípios fundamentais da sua democracia.

As longas filas de espera para o reconhecimento da cidadania italiana e a força tarefa para reduzi-las é um dos temas da pauta da visita de Mantica aos dois países. Nos consulados da Itália no Brasil, o número de processos em andamento chega 550 mil, na Argentina 430 mil, 16 mil no Uruguai e também 16 mil na Venezuela. Outro assunto a ser tratado pelo subsecretário se refere ao corte das verbas de assistência destinadas aos italianos no exterior.

Mantica, segundo o jornal argentino, criticou o uso “puramente instrumental” da cidadania italiana, citando, como exemplo, os milhares de jovens que após adquirirem o passaporte italiano, optam por radicar-se na Espanha, Inglaterra e estados Unidos. “Quase nenhum deles sabe falar italiano e possuem uma vaga idéia da história e da atualidade da Itália”, defendeu o senador.

AFP

Publifolha lança Uma Educação à Italiana.


Literatura

O que é que só o italiano tem?

Como traduzir em palavras a alma italiana, aquele "algo" indizível que parece habitar e definir cada homem e mulher nascido na Itália? Na esteira do consistente 'Meus Vizinhos Italianos', a editora Publifolha anuncia o lançamento de mais uma obra do autor britânico Tim Parks, Uma Educação à Italiana, onde em 428 páginas, a partir de crônicas autobiográficas, ele se empenha em desvelar, se isso é possível, como um italiano se torna um italiano.

Depois de Meus Vizinhos Italianos, Publifolha lança Uma Educação à Italiana, do inglês Tim Parks, hoje um pacato morador de uma aldeia próxima a Verona. Foto: Publifolha

Casado com uma italiana, com filhos italianos, morador de uma pequena localidade próximo a Verona, Parks traz à tona situações vividas – e enfrentadas galhardamente – ao longo do crescimento de seus bambini. Esse é o fio condutor para uma análise alegre, porém profunda, dos costumes italianos.

O tom divertido e sério ao mesmo tempo repete, de certa maneira, a fórmula do seu primeiro livro, Meus vizinhos italianos. E isso que, como confessa, quando chegou à Itália, em 1981, “com mais vontade de fugir dos amigos da família e levar a vida em paz do que ir a algum lugar específico, jurei que nunca escreveria sobre o país”.

Ainda bem que, mesmo sem se esforçar, Parks mudou de idéia e foi tecendo um enredo onde histórias cotidianas se entrelaçam compondo um mosaico colorido e fascinante do modo de ser italiano, a partir de elementos pinçados na família, na escola, em casa, no lazer, no trabalho.

Com habilidade, Parks conseguiu desviar-se dos notórios e surrados clichês sobre a italianidade, voltando-se para o mundo das crianças, do seu próprio filho, das crianças mais velhas para as quais lecionara durante a universidade.

O próprio texto do autor revela, de forma loquaz, o quanto um inglês, e sua fleuma, consegue ser abatido pelo ambiente da Itália e pelos italianos. E isso se revela de forma muito cabal em um texto que emociona e transmite passione. Bem ao gosto dos italianos.

Mais informações em
http://publifolha.folha.com.br/

Transportes entram em greve na Itália.


ROMA, 7 JULHO de 2008

Uma greve do transporte terrestre com um alto nível de adesão semiparalisou toda a Itália.

O ato foi convocado pelos principais sindicatos do setor, que pedem a renovação do convênio coletivo de trabalho.

A greve interrompeu a circulação de ônibus, bondes e metrôs em toda a península.

Às 21h locais também teve início uma paralisação dos trens, que deve terminar ainda hoje, no mesmo horário.

O índice de adesão à greve oscila entre 60% e 100%, dependendo da cidade.

Em muitos casos, os usuários foram obrigados a sair de casa com seus automóveis, provocando enormes engarrafamentos na entrada das grandes cidades.

No transporte urbano, onde a lei impõe um serviço mínimo, ônibus, metrôs e bondes circulavam nas primeiras horas da manhã e depois pararam totalmente até retomar a operação por algumas horas no final da tarde.

Em Nápoles, utilizaram-se alguns furgões para transportar os trabalhadores.

ANSA

sábado, 5 de julho de 2008

Sob escolta, Cacciola volta ao Brasil sem passar pela Itália.


BRASÍLIA, 05/07/2008

Por Vasconcelo Quadros

Mais que obrigar o ex-banqueiro Salvatore Cacciola a cumprir numa prisão brasileira os 13 anos e meio de condenação por ter orquestrado um dos maiores golpes contra o mercado financeiro, o governo tem outro objetivo: recuperar os R$ 1,5 bilhão desviados do Banco Central com o socorro criminoso aos bancos Marka e Fonte-Cindan, em 1998.

Informações que chegaram ao Ministério da Justiça apontam que boa parte da fortuna circula na Itália em dinheiro vivo, depositado em instituições financeiras ou convertida em vários tipos de investimentos em nome de Cacciola e de seus familiares.

Como o Brasil não tem acordo de extradição com a Itália, o ex-banqueiro se sentiu à vontade para transferir seus ativos sem necessitar dos expedientes tradicionais de lavagem de dinheiro. Há suspeitas, no entanto, que Cacciola tenha se utilizado também das facilidades de paraísos fiscais para camuflar parte do dinheiro.

O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão vinculado à Secretaria Nacional de Justiça, intensificou as ações para bloquear o dinheiro.

– Vamos repatriar os recursos públicos desviados, mas essas ações devem correr em sigilo e dependem ainda de decisões judiciais – disse o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior.

Acordo improvável

Resolvida a etapa da extradição, o Ministério da Justiça vai intensificar as buscas sobre o paradeiro da fortuna desviada. Ao ex-banqueiro a Justiça Federal – como já fez com outros criminosos do mesmo porte – deverá oferecer a alternativa de um acordo, embora seja improvável que ele aceite.

Além de contar com os entraves burocráticos impostos pelo mercado financeiro internacional em casos de pedidos de repatriação, segundo suspeita levantada pela autoridades, Cacciola aproveitou os dez meses de prisão em Mônaco para limpar contas bancárias e transferir recursos para terceiros.

A favor do ex-banqueiro pesam a experiência na área financeira e as facilidades de se movimentar recursos no sistema financeiro internacional, especialmente em paraísos. Se não tiver problemas com a Justiça, na maioria dos países, ele poderia fazer isso através de um procurador.

Plano de remoção

A partir de amanhã a Polícia Federal começa a montar o planejamento da operação de remoção de Cacciola para o Brasil. Um delegado e dois agentes devem viajar ao Principado de Mônaco assim que estiverem concluídos os detalhes burocráticos que estão sendo discutidos entre as embaixadas dos dois países.

Cacciola deverá ser algemado e colocado num vôo comercial. Ele será entregue pela Polícia Federal ao juiz da 6ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, onde correm todos os processos referentes à falência dos bancos Marka e Fonte-Cindan e onde o ex-banqueiro sofreu a primeira condenação. Depois, ele poderá ser transferido para uma prisão federal de segurança máxima ou para o xadrez da Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Na avaliação do Ministério da Justiça, os advogados de defesa ainda podem tentar um um recurso Supremo Tribunal Federal (STF), mas é improvável que ganhem. O fato de ter fugido para a Itália em 2000, assim que foi beneficiado por uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello livrando-o da prisão, conspira contra o ex-banqueiro. É difícil imaginar que tão cedo conquiste um novo benefício.

Jornal do Brasil

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Itália volta a pedir Nobel da Paz para Betancourt


Dirigentes políticos italianos recordaram nesta quinta-feira a proposta de apoiar a ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Ingrid Betancourt, como candidata ao Nobel da Paz.

Fabio Evangelisti da Itália dos Valores (IDV), partido pequeno de centro-esquerda, disse que Betancourt representa "o símbolo da força e esperança para os que no mundo ainda sofrem injustiças. Por isso, a IDV continuará com o seu compromisso para que seja indicada ao Nobel da Paz".

O parlamentar do governista Povo da Liberdade (PDL), Giampiero Catone, afirmou que é muito válida a proposta de apresentar Betancourt como candidata ao Nobel. Michela Biancoforte, também do PDL, uniu-se ao coro de propostas de políticos para confirmar essa indicação.

Segundo a agência Ansa, o assessor adjunto da cooperação internacional da região Toscana, Massimo Toschi, associou-se ao pedido para "dar também esperança aos reféns e prisioneiros do mundo inteiro".

As assembléias regionais do país debateram a proposta de indicar a ex-candidata à presidência da Colômbia ao Nobel da Paz na Conferência Nacional em 21 de julho.

Redação Terra

Brasil e Itália comemoram libertação de Ingrid Betancourt


Quinta-Feira - 03/07/2008

Embora com os italianos mais rápidos na divulgação de comunicados e declarações, autoridades do Brasil e da Itália comemoraram a libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, depois de seis anos de cativeiro como seqüestrada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Autoridades brasileiras e italianas comemoraram libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, que estava sob o poder dos guerrilheiros das Farc há seis anos. Foto: Governo da Colômbia

O primeiro-ministro Silvio Berlusconi afirmou ser uma grande alegria a conclusão de uma longa e dolorosa vicissitude para cuja solução a Itália sempre trabalhou concretamente. Berlusconi ainda disse esperar que, a partir de agora, possa se abrir um diálogo construtivo e democrático entre as forças políticas da Colômbia e que cessem todas as forças de violência.

Já o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a libertação é um passo importante para a conquista da paz na Colômbia. A nota divulgada pela secretaria de Comunicação Social da Presidência da República destaca que: "Ao enviar seu abraço fraternal aos reféns hoje libertados e a seus familiares, o presidente Lula manifestou satisfação com essa notícia tão aguardada pela comunidade internacional. Expressou a esperança de que tenha sido dado um passo importante pela libertação de todos os demais seqüestrados, a reconciliação de todos os colombianos e a paz na Colômbia".

Antes da divulgação na nota presidencial, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reconheceu que, com a libertação de Ingrid Betancourt, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão mais enfraquecidas. Na sua opinião “não há menor dúvida que as Farc estão enfraquecidas, já estavam. Esse episódio demonstra mais ainda. É uma sucessão de episódios que vão neste sentido. Como você termina integralmente com um movimento deste é algo mais complexo, que talvez exija negociação em algum momento”, disse o ministro Celso Amorim.

Amorim disse que Lula não falou com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, mas que a conversa deve ocorrer nos próximos dias. Segundo o ministro, o governo de Uribe já demonstrou várias vezes disposição em conceder aos guerrilheiros as mesmas garantias dadas aos paramilitares, caso decidissem abandonar a luta armada.

Na avaliação do ministro, com esse gesto é possível que se abra processo para a pacificação do país.

O ministro Celso Amorim relembrou que durante todo o período de negociação para a libertação de Betancourt o Brasil sempre se mostrou disposto em ajudar.

Amorim contou que há 15 dias, quando esteve em Paris, o governo francês falou sobre possibilidade de o Brasil ajudar no diálogo com as Farc. Amorim respondeu, na época, que o Brasil queria colaborar, porém não tinha contatos com a guerrilha. O ministro felicitou o governo colombiano por conseguir libertar a ex-candidata sem registro de mortes.

Seu colega italiano, Franco Frattini assinalou o forte empenho da Itália em termos de iniciativas diplomáticas e ações de caráter humanitário no caso. Também disse que o episódio abre a perspectiva de uma reconciliação nacional que possa terminar com qualquer violência e abrir uma fase de dialogo.

No parlamento italiano a repercussão também foi grande. Inclusive, por coincidência, a Câmara dos Deputados tinha lançado pouco antes da divulgação da notícia, uma moção a favor da libertação da franco-colombiana. O presidente do Senado expressou sua grande satisfação.

Outros parlamentares italianos também expressaram sua alegria pelo desfecho feliz. No Brasil, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Heráclito Gortes (DEM-PI), anunciou em Plenário a libertação, pelo exercito colombiano, de 15 reféns, entre eles a ex-senadora.

Já o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse que está perto do fim a "guerra intestina" na Colômbia.

O senador João Pedro (PT-AM) manifestou-se contra a luta armada na América Latina como forma de atuação política.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou que os 81 senadores brasileiros se empenharam pela libertação de Ingrid Betancourt. Ele disse que as Farc deveriam aceitar a proposta de paz do governo colombiano, que prevê anistia geral.

Oriundi