27/07/2008
O secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes, Agostino Marchetto, pediu ao governo italiano que respeite os direitos humanos dos imigrantes. O pedido de Marchetto foi feito um dia depois de o governo ter decretado estado de emergência em todo o país para fazer frente à chegada de imigrantes.
Marchetto explicou que a declaração de emergência "não precisa uma decisão negativa", já que "pode servir para a adoção de novas medidas que levem em conta as necessidades, por exemplo, dos imigrantes que precisam de proteção ao chegarem de países como Sudão, Somália ou Eritréia".
O religioso também advertiu que as decretações de estado de emergência têm de "respeitar direitos humanos de todos os trabalhadores imigrantes e dos membros de suas famílias", além das "normas internacionais quanto à concessão de refúgio, aos pedidos de asilo, aos apátridas --como os ciganos-- e às vítimas do tráfico de pessoas".
Ontem, o governo italiano decretou estado de emergência --que estava vigorando em apenas três regiões-- em todo o território nacional, para conter o "excepcional" fluxo de imigrantes em direção ao país há alguns meses. A medida, segundo o governo, responde à necessidade de combater o fenômeno da imigração clandestina, "já que, no primeiro semestre de 2008, dobrou o número de chegadas em relação ao ano anterior, com 10,6 mil pessoas, contra 5,3 mil no mesmo período do ano passado".
A decisão do governo gerou duras críticas da oposição, que considera insuficiente as explicações dadas pelo Executivo para justificar a medida e que pediu a presença no Parlamento do ministro do Interior, Roberto Maroni.
Agência Envolverde
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