O senador Alfredo Mantica, subsecretário de Relações Exteriores, responsável pelos italianos no exterior, que, nesta semana, cumpriu agenda em Buenos Aires e em São Paulo, em entrevista ao jornal argentino Clarin, afirmou que o governo liderado pelo conservador Silvio Berlusconi, ao qual ele pertence, tem a intenção de adotar normas mais restritivas para a concessão da cidadania.
Segundo ele, embora os descendentes de italianos, em grande parte, mantenham o sentido de pertencimento com a pátria de seus antepassados, o pedido de cidadania deveria ser completado com cursos de formação, no que se refere à aprendizagem da língua e da Constituição italiana e os princípios fundamentais da sua democracia.
As longas filas de espera para o reconhecimento da cidadania italiana e a força tarefa para reduzi-las é um dos temas da pauta da visita de Mantica aos dois países. Nos consulados da Itália no Brasil, o número de processos em andamento chega 550 mil, na Argentina 430 mil, 16 mil no Uruguai e também 16 mil na Venezuela. Outro assunto a ser tratado pelo subsecretário se refere ao corte das verbas de assistência destinadas aos italianos no exterior.
Mantica, segundo o jornal argentino, criticou o uso “puramente instrumental” da cidadania italiana, citando, como exemplo, os milhares de jovens que após adquirirem o passaporte italiano, optam por radicar-se na Espanha, Inglaterra e estados Unidos. “Quase nenhum deles sabe falar italiano e possuem uma vaga idéia da história e da atualidade da Itália”, defendeu o senador.
AFP
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