segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mortos em acidente de trem na Itália são nove, anuncia governador.


Em Bolzano

São nove as vítimas fatais do acidente de trem ocorrido nesta manhã na região italiana de Trentino-Alto Ádige, no norte do país, segundo anunciou o presidente (governador) da província de Bolzano, Luis Durnwalder.Em uma coletiva de imprensa, Durnwalder explicou que "houve um erro na contagem", já que antes as autoridades falavam em 11 vítimas.

"São nove os corpos encontrados, enquanto os feridos são 28, sendo que sete deles estão em condições graves de saúde", informou o presidente.Às 9h05 locais (4h05 no horário de Brasília), um trem com 39 pessoas a bordo descarrilou em um trecho entre as cidades de Laces e de Castelbello-Ciardes, na província de Bolzano. A linha é considerada uma das mais modernas da Itália e funciona desde 2005.

A polícia e a Defesa Civil acreditam que o acidente tenha sido causado por um desmoronamento de terra, que foi provocado possivelmente pela ruptura de um sistema de irrigação. A hipótese é que a ruptura tenha encharcado o terreno, deixando o caminho instável.

De acordo com Durnwalder, o desmoronamento ocorreu às 9h01 locais e o alarme do trem soou às 9h03. Cinco minutos depois, os socorros chegaram ao local. As operações, no entanto, foram dificuldades pela quantidade de terra que invadiu os vagões.As atividades de socorro, que envolveram cerca de 150 agentes, foram encerradas às 12h locais (7h no horário de Brasília). Os feridos estão sendo atendidos em hospitais das proximidades.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Castelbello, Lorenzo Tappeiner, recordou que em 2006 a Defesa Civil realizou uma inspeção na região do acidente, enquanto o assessor de Mobilidade de Bolzano, Thomas Widmann, ressaltou que no ano passado houve um monitoramento dos trilhos.

ANSA

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Papa comenta o aborto durante celebração crismal.


CIDADE DO VATICANO, 1 ABR (ANSA) - O papa Bento XVI afirmou que os cristãos não devem aceitar injustiças, como "o assassinato de crianças inocentes que ainda não nasceram", ao discursar hoje durante a tradicional Missa Crismal.

Na solenidade, que integra as celebrações da Páscoa e na qual são abençoados os óleos santos, o Pontífice defendeu que os direitos devem ser respeitados, já que são "o fundamento da paz".

"Também hoje é importante os cristãos não aceitarem uma injustiça que é elevada a direito, por exemplo, quando ocorre o assassinato de crianças inocentes que ainda não nasceram", exemplificou Bento XVI, referindo-se à legalização do aborto.

Durante a missa, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa comentou que "a luta dos cristãos consistia, e consiste, não no uso da violência, mas no fato que eles estavam, e ainda estão, prontos a sofrer pelo bem, por Deus."

"Consiste no fato que os cristãos, como bons cidadãos, respeitam o direito e fazem o que é justo e bom. Consiste no fato que repudiam fazer o que nos ordenamentos jurídicos não é direito, mas injustiça", destacou.

O Pontífice não fez nenhuma menção às recentes denúncias de abusos sexuais supostamente cometidos por sacerdotes em dioceses e escolas católicas de diversos países, como Alemanha, Irlanda, México, Itália, Estados Unidos, entre outros.

Às 17h30 locais (12h30 no horário de Brasília), Bento XI celebrará a Missa da Ceia do Senhor e dará início ao Tríduo Pascal, na Basílica de São João de Latrão.

ANSA

Abruzzo: da experiência da tragédia floresce a arte: Tempo em Percepção no Brasil.


Sexta-feira - 02/04/2010

Os pintores Gigino Falconi e Mariantonietta Sulcanese passaram por uma experiência marcante em abril de 2009, quando um terremoto de 5,8 graus atingiu a região de Abruzzo. Agora, um ano depois, eles têm a oportunidade de interagir com o público brasileiro na exposição “Tempo em Percepção. Que será aberta nesta sexta-feira (020, no O Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, em São Paulo. A mostra vai apresentar 30 quadros, com pinturas abstratas de Sulcanese e figurativas de Falconi. Esta é a primeira vez que eles vão expor juntos.



Gigino Falconi nasce em Giulianova (Teramo) e começa a pintar aos dezesseis anos, na mesma época em que freqüenta o Instituto técnico de contabilidade, onde consegue o diploma em 1952. Em 1954, obtém o Diploma no Liceu Artístico de Pescara. No ano seguinte, vence o concurso para a cátedra de Desenho e assume o cargo como professor na escola secundaria de Giulianova, atividade que abandona definitivamente em 1975 para dedicar-se inteiramente a pintura. Depois de sua primeira mostra pessoal realizada em 1961 na Galeria Il Polittico de Teramo se seguiram muitas outras, tanto na Itália como no Exterior, em famosas galerias e prestigiosas sedes públicas. Suas obras fazem parte de importantes coleções de museus públicos e privados.

Mariantonietta Sulcanese (Pescara 1961), pesquisa há vários anos a relação estética/lingüística entre matéria/luz/forma/cor. A longa experiência no setor televisivo contribuiu para sua formação artística, por meio da qual pôde aprofundar os estudos da potencialidade da imagem. Em 1995, suas experimentações, que geraram o ciclo “Morfogenesi”, foram propostas primeiramente em Bruxelas. Nos anos seguintes, a pesquisa se desenvolve nos tons evanescentes apresentados no ciclo “Luoghi Comuni”, no qual o estudo que envolve matéria e cor assume os tons de uma percepção mutável e mutante em relação ao ponto de observação. Em 2006 apresentou o ciclo “Spazi e Ritmi” (acompanhado do texto crítico de Domenico Guzzi) na “Joseph D. Carrier Gallery” de Toronto e propôs novamente a Mostra “Angelo Metropolitano” na Catedral St. Christophourus de Wolfsburg, na Alemanha. Em 2008, suas pesquisas sobre a relação entre o espaço e a luz são aprofundadas e têm como resultado o ciclo “Dalla luce della materia alla materia della luce”, comentado pelo texto crítico de Gabriele Simongini, e apresentado no Museu “Crocetti” em Roma. Em 2009, expôs suas obras e as grandes instalações do ciclo “cu/ori” no Museu de Antrodoco em uma mostra pessoal acompanhada do texto crítico de Gerard-Georges Lemaire.

Informações

Data: sexta-feira, 2 de abril de 2010 - quinta-feira, 22 de abril de 2010

Horários: De terça a domingo dás 10hs ás 19hs

Local: MuBE, Avenida Europa 218

Organizado por: Regione Abruzzo, Istituto Italiano di Cultura di San Paolo, FEABRA

Em colaboração com: Consolato Generale d´Italia di San Paolo, ByAbruzzo, Comites, MuBE

Vernissage dia 9 de abril ás 19hs

Fonte: Oriundi

Mais do que o contexto, uso de dicionário facilita o estudo da língua italiana.

No estudo de línguas estrangeiras, muitos professores defendem exclusivamente o uso do contexto para a compreensão das palavras. A maioria não recomenda, ou mesmo ignora a consulta em dicionários. Uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostrou exatamente o contrário, ou seja, que o uso do dicionário é mais eficaz que o contexto para o efetivo entendimento de uma palavra desconhecida.

A professora de italiano Ângela Maria Tenório Zucchi, autora da pesquisa, defendida como doutorado em março de 2010, explica que dentro do ensino de línguas estrangeiras existem várias posturas. Alguns professores aconselham o uso do dicionário e outros não. E quando aconselham, é sempre o dicionário monolíngue na língua estrangeira. “Muitos livros de formação de docentes indicam o uso de DVDs, músicas, revistas, mas ignoram completamente o dicionário como ferramenta de ensino da língua”, ressalta.


A professora trabalhou com a compreensão escrita, ou seja, com a capacidade do estudante ler e compreender o texto e, especificamente em sua pesquisa, o significado de determinadas palavras. “Por exemplo, o verbo descer, em italiano scendere, assume diferentes nuances de significação se você está em um veículo, num prédio ou em uma rua”, exemplifica.

Os estudantes sem dicionário apresentaram mais dificuldades de entendimento

Ângela realizou testes com 24 alunos de graduação em Letras com habilitação em Italiano, e com conhecimentos básicos sobre a língua. Os estudantes eram orientados a ler quatro textos, em italiano, e identificar o significado de 40 palavras (unidades lexicais) marcadas nos textos. Para isso, eles foram divididos em três grupos: um sem dicionário, outro com um dicionário monolíngue e outro com dicionário bilíngue. Ambos dicionários disponíveis gratuitamente on-line. “O objetivo era saber se o dicionário contribui para o entendimento de uma palavra, e se há diferenças de desempenho entre os alunos que utilizaram os dicionários bilíngue e monolíngue”, esclarece a pesquisadora.

Um dos termos analisados foi a palavra italiana piccioni, plural de piccione, que significa pombo em português. No dicionário bilíngue, todos entenderam a tradução literal, que neste caso específico facilitou o entendimento. No monolíngue, a definição constava descrição e a que se destina como um “colombo doméstico de tamanho médio”, e também “criado para ser consumido”, ou seja, na Itália é comum se comer pombos. “Isso é uma informação cultural que só o dicionário monolíngue dá. O ruim é que os alunos não entendendo toda a definição escrita, não entendem a diferença cultural”, explica Ângela. No grupo sem dicionário, nenhum estudante conseguiu entender o significado da palavra.

Em outros verbetes, o dicionário monolíngue foi mais eficaz como é o caso da palavra tegame, que é um tipo de panela baixa e com duas alças para segurar. A panela, genericamente falando, é representada pela palavra pentola. Nesses casos, a tradução do dicionário bilíngue traz apenas o termo panela, sem especificações, o que dificultou o entendimento pelos estudantes. “O monolíngue nesses casos foi mais preciso, porque especificava diferentes tipos de panela”, analisa a professora. O grupo sem dicionário também encontrou mais dificuldades para entender essa palavra.

No caso do dicionário bilíngue, se o significado apresentado no verbete coincide com o contexto estudado, seu uso é mais eficaz. No caso do monolíngue, seu uso é mais eficaz quando aparece, além da definição, as informações “a que se destina” e “qual o uso”. Pois esses termos contextualizam as palavras, aumentando o grau de entendimento do estudante.

Para Ângela é perfeitamente seguro afirmar que estudar com o auxílio do dicionário é melhor que apenas tentar entender as palavras a partir do contexto apresentado. Por outro lado, não é possível indicar se é melhor estudar com o dicionário bilíngue ou com o monolíngue. “O estudo mostrou que para alguns casos o bilíngue é mais eficaz e em outros o monolíngue é melhor. A compreensão depende muito de cada palavra, do contexto em que ela está inserida, do tipo do dicionário utilizado e da competência do usuário em usar o dicionário”, analisa.

Falta de atenção

Ângela observou respostas inadequadas quando o estudante não seguiu a leitura de todas as definições da entrada no dicionário. “O aluno não lia a definição até o final – e esse é um dado frequente em estudos sobre o assunto – provocando erros de entendimento. É preciso ler toda definição e outras informações contidas no verbete para que o dicionário seja bem utilizado”, explica.

Redação Oriundi