terça-feira, 31 de março de 2009

BERLUSCONI PROMETE QUE ITÁLIA SAIRÁ BEM DA CRISE ECONÔMICA.


30/03/2009

O chefe do Governo italiano, Silvio Berlusconi, prometeu neste domingo (29/03) que seu país sairá bem da crise. "Sairemos bem e não deixaremos ninguém para trás", afirmou em um Congresso do Povo da Liberdade (PDL).

No Congresso, que teve como intuito apresentar o novo Povo da Liberdade (PDL), criado a partir da fusão entre o movimento Força Itália (FI, fundado por Berlusconi em 1994) e a Aliança Nacional (AN), o premier também falou sobre as medidas elaboradas por seu governo contra a crise econômica, como a redução de impostos.

Para Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata (PD, de oposição), "as palavras (de Berlusconi, ndr.) sobre a crise tiveram uma distância estelar com a realidade".

"Muita retórica, muita autocelebração, muita autoapoteose de Berlusconi, e nada de concreto para o país", considerou Bersani sobre o discurso do primeiro-ministro.

Na semana passada, ao se referir à situação econômica do país, Berlusconi havia pedido aos italianos que reagissem à situação econômica internacional, classificando a crise como um 'vírus' que vem dos Estados Unidos.

Antes, o premier já havia afirmado que as medidas anticrise de seu governo são "muito mais criativas" que as adotadas por outros países da União Europeia. Seu otimismo, no entanto, contrasta com os números da economia italiana divulgados recentemente.

Ainda na última semana, o Instituto de Estatísticas (Istat) do país revelou que em janeiro as exportações caíram 25,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, pior desempenho registrado em 22 anos.

O mesmo órgão havia divulgado anteriormente a informação de que o
Produto Interno Bruto (PIB) da Itália encolheu 1% em 2008, maior retração desde 1975, e para este ano, o Banco Central prevê uma queda ainda maior: de 2,6%.

ANSA

ELIMINATÓRIAS: AZZURRA VENCE E SE ISOLA NA LIDERANÇA.











29/03/2009

A Itália venceu Montenegro neste sábado (28/03), e aproveitou o tropeço da Irlanda para se isolar na liderança do Grupo 8 das Eliminatórias.

Apesar de jogar fora de casa, a Azzurra começou bem, e abriu o placar logo aos 11, com Pirlo em cobrança de pênalti. Com a vantagem, os italianos passaram a jogar da maneira como gostam, segurndo o jogo e partindo no contra-ataque.

Com a defesa sólida, a Azzurra foi para o intervalo sem ser ameaçada. Após dominar a partida por completo, o estreante Pazzini ampliou de cabeça após cruzamento de Pirlo.

(Veja a classificação em nossa página CALCIO)

Fonte: Portal Itália

UMA CORRIDA PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA.



gazzetta.it
29/03/2009

Pela segunda vez em toda a história uma equipe estreante faz dobradinha. A Brawn igualou o feito da Mercedes, que há 55 anos colocou Fangio e Kling nos lugares mais altos do pódio.

A Brawn conseguiu largar na primeira fila, com Button na pole, e Barrichello ao seu lado.

O inglês largou bem, e já foi se distanciando, para fazer uma corrida tranquila, enquanto o brasileiro já na primeira curva perdeu seu posto, e danificou a asa dianteira. Também na primeira curva, Heidfeld rodou, e jogou Kovalainen para fora da pista. Na 19º volta, Nakajima bateu e provocou a entrada do Safety Car. Com isso Barrichello pôde trocar sua asa. Após a segunda rodada de pit stops, os líderes voltaram bem próximos, mas Button conseguiu se manter bem e foi aumentando a diferença para Vettel.

Já Rubinho voltou em 5º, porém logo ultrapassou Rosberg com certa facilidade. A disputa pela 2º colocação era a mais emocionante, Kubica pressionava, e Vettel não dava brechas. Faltando 3 voltas para o fim o alemão atacou, o polonês não cedeu, e os dois se chocaram, perdendo as asas dianteiras.

Com isso nas curvas seguintes, ambos bateram no muro, deixando o caminho livre para Barrichello completar a surpreendente dobradinha. Hamilton completou o pódio após uma corrida regular apesar do carro fraco. Alonso terminou em quinto, e as Ferraris abandonaram a prova, para a decepção da torcida ferrarista.


GP DA AUSTRÁLIA

1º - Jenson Button (ING) Brawn-Mercedes - 58 voltas em 1h34m15s784
2º - Rubens Barrichello (BRA) Brawn-Mercedes - a 0s807
3º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - a 2s914
4º - Timo Glock (ALE) Toyota - a 4s435
5º - Fernando Alonso (ESP) Renault - a 4s879
6º - Nico Rosberg (ALE) Williams-Toyota - a 5s722
7º - Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - a 6s004
8º - Sebastien Bourdais (FRA) Toro Rosso-Ferrari - a 6s298
9º - Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - a 6s335
10º - Nick Heidfeld (ALE) BMW Sauber - a 7s085
11º - Giancarlo Fisichella (ITA) Force India-Mercedes - a 7s374
12º - Jarno Trulli (ITA) Toyota - a 26s604*
13º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - a uma volta
14º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Ferrari - a duas voltas (acidente)
15º - Robert Kubica (POL) BMW Sauber - a três voltas (acidente)
16º - Kimi Raikkonen (FIN) Ferrari - a três voltas (mecânico)
*punido com o acréscimo de 25 segundos ao seu tempo de prova

ABANDONOS
Felipe Massa (BRA) Ferrari - a 12 voltas (mecânico)
Nelsinho Piquet (BRA) Renault - a 32 voltas (saída de pista/freios)
Kazuki Nakajima (JAP) Williams-Toyota - a 40 voltas (acidente)
Heikki Kovalainen (FIN) McLaren-Mercedes - a 57 voltas (acidente)
VOLTA MAIS RÁPIDA
Nico Rosberg (ALE) Williams-Toyota - 1m27s706, na 48ª


(veja a classificação em nossa página da FÓRMULA 1)

Fonte: Portal Itália

BATTISTI: ITÁLIA AGUARDA DECISÃO DE STF ATÉ O FIM DE ABRIL.

30/03/2009

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá "antes do fim de abril" o caso do italiano Cesare Battisti, solicitado pelo governo italiano e que recebeu o status de refugiado político do governo brasileiro.

"Nós respeitamos a corte brasileira (STF), mas sou otimista pela validade de nossas razões", disse Frattini neste sábado ao participar de um Congresso de fundação do novo partido Povo da Liberdade (PDL), em Roma. Até o momento, PDL era o nome dado à coalizão governista.

"O governo italiano quer (Battisti) em uma prisão na Itália", disse o chanceler ao se referir sobre o caso do italiano, que é condenado em seu país à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos na década de 1970.

Ontem, o governo italiano contestou o novo pedido de liberdade de Battisti, solicitado no último dia 13, ressaltando sua posição contrária aos argumentos da defesa do italiano.

Em uma manifestação, encaminhada ao relator do processo de extradição, ministro Cezar Peluso, a Itália afirmou que o pedido da defesa "é inaceitável e inadmissível".

Atualmente, Battisti está preso no presídio de Papuda, no Distrito Federal, onde espera a decisão do Supremo de arquivar ou não o processo em que a Itália pede sua extradição.

ANSA

segunda-feira, 23 de março de 2009

Flagras da Italia.

Salve, queridos!

Estou inaugurando esta nova sequencia de posts inusitados para que vcs comentem o que acharam.

abbraccio!

sábado, 21 de março de 2009

Italianos querem imigrantes desempregados fora do país.


Italianos são os europeus que mais rejeitam imigrantes desempregados, segundo pesquisa do Financial Times/Harris.

Os italianos são os europeus mais dispostos a apoiar medidas governamentais no sentido de retirar dos seus respectivos países imigrantes desempregados. Conforme uma pesquisa realizada pelo jornal britânico Financial Times, em associação com a empresa especializada em pesquisa de mercado Harris, revelou que os europeus, de uma maneira geral, gostariam que os imigrantes sem emprego fossem “convidados” a voltar a seus países de origem, despontando no ranking os italianos (79%). A seguir vêm os britânicos (78%), os espanhóis (71%), os alemães (67%) e os franceses (51%).

Na verdade, os europeus estão indo além, como constata reportagem do jornal alemão Der Spiegel. Não são apenas os imigrantes desempregados que deveriam voltar para casa. Em função da crise econômica, hoje a UE tem mais de 18 milhões de desempregados, a mão-de-obra imigrante, antes atraente para os empregadores, agora está sendo rechaçada. Um exemplo disso são os programas de estímulo ao retorno voluntário, como o oferecido pelo Governo da Espanha, país com mais de 5 milhões de estrangeiros. Afinal, empregos antes apenas ocupados pelos imigrantes, como trabalhar na agricultura, em colheitas, agora são disputados aguerridamente por cidadãos espanhóis.

O que sobra, então, para os desempregados, para os ilegais, especialmente de países fora do bloco? Se, por um lado, britânicos e alemães comungam da mesma idéia em relação a cidadãos de outros países da União Européia, no caso da Itália e da Espanha a maioria, porém , apóia dar aos europeus oportunidades no seu mercado de trabalho. Esse dado assume maior relevância na medida em que se sabe que um dos principais empenhos das autoridades do bloco é incentivar a livre circulação de trabalho entre os cidadãos europeus, juntamente com a livre circulação de bens, serviços e capital.

Os resultados da pesquisa sugerem, segundo destaca o Financial Times, o aumento do risco de tensões sociais por conta da elevação do desemprego concomitante ao uso da mão-de-obra estrangeira.

A pesquisa, conduzida pela Harris Interactive, consultou 6.538 adultos na França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Xenofobia

O respeitado Der Spiegel é taxativo: há um aumento da xenofogia. E, nesse aspecto, exemplifica com a situação da Itália, onde até mesmo uma lei em discussão no Parlamento pretende obrigar os médicos a informar quando tratam de imigrantes. Isso sem falar em outra norma que pretende cobrar uma taxa para os vistos de residência e comprovação de renda mínima ou, então, no caso de Madri, capital da Espanha, onde os policiais têm cotas a cumprir semanalmente. Ou seja, precisam prender um determinado número de ilegais sem residência fixa.

Redação revista eletrônica Oriundi

sexta-feira, 20 de março de 2009

Brasileiros são condenados à prisão perpétua nos EUA.


Mary Aparecida Oliveira e o filho Flávio Augusto exibem cartas e documentos enviados por Alaor do Carmo de Oliveiro
Mary Aparecida Oliveira e o filho Flávio Augusto
exibem cartas e documentos enviados por
Alaor do Carmo de Oliveira


Cláudio Dias/Especial para Terra

Direto de Araraquara

Sob acusação de seqüestro e cárcere privado, a Corte de Santa Ana, na Califórnia, Estados Unidos, condenou no último dia 6, o ex-morador de Araraquara Alaor do Carmo de Oliveira Junior, 55 anos, e o também brasileiro Reynaldo Eid Júnior. A alegação é de que os dois seriam coiotes e teriam seqüestrado e mantido em cativeiro uma brasileira com o filho. O caso ocorreu em 24 de novembro de 2005, mas só agora houve a decisão, por meio de júri popular.

Oliveira Junior, hoje com 49 anos, mudou-se para Borborema, na região de Araraquara. Ele saiu pela primeira vez do Brasil em 1998. Ficou poucos meses nos Estados Unidos e, em 2000, voltou com visto para permanecer por seis meses. Casado desde 1981 com a cabeleireira Mary Aparecida de Souza Oliveira, decidiu estender a permanência para juntar dinheiro e pagar a faculdade dos dois filhos - Alaor do Carmo de Oliveira Junior, 28 anos, e Flávio Augusto do Carmo Oliveira, 22 anos.

Mesmo ilegal, ele morou na cidade de Danbury, em Connecticut, e trabalhava como carpinteiro. Viveu construindo casas entre 2000 e novembro de 2005. O plano, segundo a família, era voltar em dezembro daquele ano para ver o neto que acabara de nascer e acompanhar o casamento do filho mais velho - que nunca chegou a acontecer em razão da prisão do pai.

Em 2005, ele resolveu fazer um trabalho extra: transportar passageiros a convite de um outro colega brasileiro. Na terceira viagem, pegou duas mulheres e um garoto. O grupo seria de Goiânia. Ana Paula Morgado Ribeiro e o filho Yago Ribeiro, que na época tinha 5 anos, e mais uma terceira mulher tinham entrado ilegalmente nos Estados Unidos através do México e iriam se encontrar com o marido dela, Jefferson Ribeiro, na Flórida.

No meio do caminho, surgiu a acusação contra os brasileiros. Segundo Mary, Ana Paula armou uma emboscada e chamou a polícia quando eles pararam para dormir em um hotel na cidade de Costa Mesa, na Califórnia. Ela não tinha visto para ficar no País e alegou ter sido seqüestrada - o resgate seria de US$ 14 mil. A polícia foi chamada e prendeu o ex-morador de Araraquara e o chefe da empresa de transporte que estava junto, Reynaldo Eid Júnior.

Para a família de Oliveira Junior, o golpe do seqüestro veio para forçar o governo americano a dar-lhes autorização para permanecer no País. De acordo com a agência de notícias Brazilian Times, a mulher, o filho e o marido que a esperava na Flórida não estiveram presentes ao julgamento, mas, como foram vítimas de um crime de gravidade dentro do território americano, ganharão residência permanente especial, uma espécie de green card. A outra mulher transportada na época retirou a queixa.

Ao serem presos, os dois brasileiros teriam recebido a proposta de confessar o crime. "Como meu pai era inocente ele nunca poderia fazer isso, pois acreditava na Justiça", diz o filho mais novo, Flávio. O mais velho, Alaor Neto, afirma que a informação passada pelo pai em carta é que ele teria sido vítima de uma armação. "Nunca conseguimos contato com ele e ninguém nos dá notícias reais de como meu pai está."

O Cônsul Geral Adjunto do Consulado de Los Angeles, Júlio Victor do Espírito Santo, esteve presente à audiência, realizada na Corte de Santa Ana, Califórnia. Em e-mail encaminhado à família Oliveira, ele afirma que entrou com um recurso para tentar adiar o julgamento. O pedido deve ser avaliado em 60 dias. A família diz ter pedido ajuda no Consulado Brasileiro, mas, até agora, não recebeu nenhum apoio. O Terra não encontrou familiares de Reynaldo Eid Júnior. Os brasileiros que acusaram os compatriotas também moram nos Estados Unidos.

Terra

quinta-feira, 19 de março de 2009

Biostestamento em discussão.


ROMA, 18 MAR (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, enviou uma carta aos senadores do partido Povo da Liberdade (PDL) sobre o projeto de lei do testamento biológico, que será examinado no Senado nesta quarta-feira.

A proposta, que recebeu várias emendas de parlamentares italianos, define as orientações do paciente em relação aos procedimentos médicos que ele aceita receber em caso de doenças, lesões cerebrais irreversíveis ou que causem invalidez e exijam tratamentos permanentes com aparelhos.

Na carta, o premier pede que os senadores examinem a questão com delicadeza e ajustem a ética da convicção com a da responsabilidade.

"O objetivo desta carta é destacar a importância e o significado político da votação", afirmou.

"Sei que em nosso partido e em nossos grupos parlamentares existem posições discordantes. Não é minha intenção pedir que alguém contrarie a liberdade de consciência, que continua sendo um princípio não negociável".

No entanto, segundo Berlusconi, algumas circunstâncias "me levaram a escrever a carta, posto que não posso fingir que esqueci que esta votação ocorre logo após a morte trágica de Eluana Englaro".

A italiana Eluana Englaro passou 17 anos em coma vegetativo e morreu no dia 9 de fevereiro deste ano, depois que a família obteve autorização para suspender sua alimentação e hidratação.

Para o premier, o projeto de lei sobre o testamento biológico "conjuga o direito à vida com a liberdade de tratamento e diz não à eutanásia e à obstinação terapêutica".

ANSA

quarta-feira, 18 de março de 2009

Porta-voz reitera posição do Vaticano em relação ao uso dos preservativos.


O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, reiterou nesta quarta-feira a contrariedade da Igreja em relação ao uso dos preservativos e defendeu o ensino de uma sexualidade responsável.

"Não esperem uma mudança de posição do Pontífice durante esta viagem. Bento XVI repetiu a linha já afirmada por João Paulo II", advertiu o porta-voz.

Ontem (17), no curso de sua primeira viagem à África, o papa Bento XVI disse que "a Aids não pode ser superada com o dinheiro nem com a distribuição de preservativos, que só aumentam o problema".

Segundo Lombardi, na África o vírus da Aids é transmitido não só por via sexual, mas também em função das condições higiênicas precárias.

"Concentrar a questão no uso do preservativo não é o caminho correto, porque nos afasta de um empenho educativo mais amplo", observou o porta-voz do Vaticano.

O padre negou que as atividades humanitárias da Igreja na África sejam ineficazes e ressaltou que é "uma das presenças mais ativas e competentes" no combate ao vírus da Aids.

Lombardi explicou também que os três pontos fundamentais para combater o problema na região são a educação, remédios eficazes e a assistência aos doentes.

Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, atualmente existem no mundo cerca de 33 milhões de portadores do vírus HIV. Destes, cerca de dois terços estão na África, o que equivale a 22,5 milhões de pessoas.

ANSA

terça-feira, 17 de março de 2009

Morre Clodovil Hernandes.


De estilista a deputado federal: a trajetória de Clodovil

Clodovil Hernandes nasceu em 17 de junho de 1937, na pequena Elisiário, a 400km de São Paulo, cidade que hoje tem pouco mais de 3 mil habitantes. Filho de pais adotivos, Clodovil cresceu no interior e vivia desenhando vestidos e outras roupas nos cadernos do colégio interno em que estudava.

AE

Ele abraçou a profissão de estilista ao se mudar para São Paulo, aos 20 anos. Em pouco tempo decolou na carreira de estilista, rivalizando com Dener, até então único ícone da moda no Brasil. Vestiu gente famosa como a atriz Cacilda Becker, a cantora Elis Regina e membros das tradicionais famílias Diniz e Matarazzo. Em 1971, aos 34 anos, já comandava seu próprio ateliê na prestigiada rua Oscar Freire.Na televisão, estreou nos programas vespertinos da TV Tupi, mas atingiu o estrelato em 1980, com o programa feminino “TV Mulher”, na rede Globo, ao lado da então sexóloga Marta Suplicy. Querido pelas donas-de-casa, desenhava vestidos ao vivo e tirava dúvidas sobre moda, decoração e etiqueta, mais ou menos como Dener fizera na década de 1970, no “Programa Flávio Cavalcanti”.

Quando Clodovil aparecia, “TV Mulher” dava picos de até 20 pontos de audiência. O sucesso era tanto que as calças jeans desenhadas por ele viraram mania no País e o nome Clodovil se transformou até em marca de chocolate. Recentemente, Alexandre Herchcovitch declarou: “[Clodovil] foi a primeira grande voz do mundo da moda no Brasil. Ele é e sempre será um ícone”.

Língua afiada e processos

Rede TV
No início da década de 1990, Clodovil deixou a carreira de estilista e investiu na televisão, onde se destacou como apresentador polêmico, famoso por declarações ferinas. A falta de papas na língua rendeu uma série de demissões e passagens por diversas emissoras. “Clô para os Íntimos” (Manchete), “Noite de Gala” (CNT), “Clô Soft” (Bandeirantes), “Clodovil Abre o Jogo” (Manchete) e “Mulheres” (TV Gazeta) são alguns dos programas que comandou ao longo dos anos.

A ampla exposição e a galeria de alfinetadas rendeu a Clodovil uma avalanche de processos. Um dos mais famosos aconteceu em 2004, quando estava à frente do “A Casa É Sua”, na Rede TV!. Ao comentar a reclamação de Agnaldo Timóteo da falta de fiscais para coibir a venda de CDs piratas no centro de São Paulo, disse: “Tem que vender disco na rua [...] Ele vai fazer o que todo crioulo faz no Brasil? Vai virar ladrão, bandido ou o quê?”.

O comentário motivou um processo por racismo da vereadora Claudete Alves (PT). Clodoviu rebateu no ar. “Aposto que essa vereadora é uma macaca de tailleur metida a besta”, disse. Mais tarde, asseverou que a declaração não tinha ligação com a cor da pele da então vereadora, que é negra, mas porque ela queria aparecer às custas dele. A emenda não adiantou e o apresentador foi condenado a pagar 80 salários mínimos – cerca R$ 20.800 na época – à petista. Acabou saindo da emissora pouco tempo depois, após se desentender com os humoristas do “Pânico na TV”, que o perseguiam sem dó no quadro “Sandálias da Humildade”.

Clodovil já atacou de ator e até cantor. Seu último papel de destaque foi o musical teatral “Eu e Ela” (2006), com direção de Elias Andreato, no qual dançava, declamava poesias e interpretava canções como “Tatuagem”, de Chico Buarque, “Ne Me Quitte Pás” e “La Vie en Rose”.

Clodovil na política

A vaga na Câmara dos Deputados, assumida em 2007, foi a primeira experiência política de Clodovil. Ele venceu as eleições, em 2006, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), com a terceira maior votação entre os eleitos a deputado federal do Estado de São Paulo, somando 493.951 votos. De pronto, rejeitou a pecha de ter catalisado votos de protestos e prometeu respeitar seus eleitores.

Ainda em 2007, Clodovil migrou para o Partido Republicano (PR), provocando a abertura de um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por parte do PTC, que reivindicou a vaga baseado na fidelidade partidária. Na última quinta-feira, dia 12, a Corte acolheu o argumento de Clodovil de que sofria grave discriminação pessoal dentro da legenda e de que não tivera o apoio do PTC em sua campanha. Ele também teria sido pressionado a nomear indicados pelo partido na composição de seu gabinete.

AE

Clodovil era titular nas comissões de Direitos Humanos e Minorias; de Educação e Cultura; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. O deputado também atuava como suplente na Comissão de Seguridade Social e Família. Ao assumir o cargo, Clodovil declarou que não tinha uma bandeira específica a defender na Casa, mas iria implantar a política “do amor, do afeto e do respeito”.

Atualmente, 16 propostas de autoria de Clodovil tramitam na Câmara em condições de ir a voto. Entre elas está o PL 2374/07, que torna obrigatório o exame de próstata para os trabalhadores do sexo masculino com idade a partir de quarenta anos. A proposta visa prevenir este tipo de câncer, doença que ele enfrentou em 2005, tendo que passar por uma cirurgia para a retirada do tumor.

Polêmico

AE
A trajetória de Clodovil na Câmara teve polêmicas desde o princípio. Recém-eleito, ele afirmou, em outubro de 2006, ao ser questionado se aceitaria dinheiro para votar a favor de projetos do governo, a exemplo do mensalão, que “todo homem tem seu preço”. O mal estar criado o levou a se explicar: “R$ 30 mil é pouco para se vender um País, e com R$ 30 milhões seria possível ajudar muita gente que precisa, mas nem assim valeria a pena”.

Crítico da letargia do Congresso Nacional, Clodovil defendeu em seu último discurso no plenário da Câmara, em novembro do ano passado, proposta de emenda constitucional, de sua autoria, prevendo a redução do número de deputados federais. A ideia seria passar dos 513 para 250, limitando cada Estado a ter, no máximo, 30 representantes. São Paulo, Estado pelo qual foi eleito, tem 79 vagas atualmente.


Leia mais sobre: Clodovil Hernandes

Talvez Clodovil tenha sido um péssimo deputado, mas se comparar aos que lá (no Congresso) estão, teve a dignidade de não enganar o povo brasileiro.

Usou de retidão, honestidade, temperamento e intolerância por tudo aquilo que punha máscara com o intuito de enganar quem quer que fosse. Não o fez. Pelo contrário, queimou-se, porque não vestiu máscara do engodo.

Foi intolerante com a fraude, com a má fé. Superou toda perseguição, venceu. Deixa uma marca indelével de um braisileiro que buscou nas oportunidades midiáticas, a defesa da transparência e da honestidade, virtude tão pouco defendida nesta republiqueta chamada Brasil..

PIB ENCOLHE 1% EM 2008, PIOR DESEMPENHO DESDE 1975.


O Produto Interno Bruto (PIB) italiano encolheu 1% em 2008. A retração, anunciada oficialmente nesta quinta-feira (12/03) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), foi a maior desde 1975, quando se registrou -2,1%.

No último trimestre do ano passado, o PIB teve contração de 1,9% em relação ao terceiro trimestre e de 2,9% na comparação com igual período de 2007. Trata-se do pior desempenho trimestral desde a década de 1980, quando tiveram início as séries históricas do Istat.

Em termos conjunturais, as importações caíram 6%, e as exportações; 7,4%. Os investimentos fixos diminuíram 6,9% e o consumo esfriou, encolhendo 0,6%.

A queda de investimentos foi de 10,8% para aquisições de meios de transporte, 8,4% para compras de máquinas e equipamentos e de 5,1% para o setor da construção.

Na análise setorial, o Istat registrou que no último trimestre de 2008 a conjuntura foi positiva para a agricultura (+4,1%). A indústria, por outro lado, registrou uma queda de 6,2% em suas atividades, acompanhada pela construção civil (-3,5%), atividades de comércio, hotelaria, transporte e comunicações (-1,8%) e crédito (-0,1%).

Na visão da Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria), os dados divulgados hoje demonstram apenas o primeiro impacto da crise econômica internacional sobre o país.

Para a entidade, as piores consequências ainda estão por vir, já que o setor industrial tem enfrentado muita dificuldade para obter crédito.

Segundo estimativas da Confindustria, uma de cada dez empresas italianas tem problemas para levar adiante suas atividades produtivas devido à escassez de financiamentos.

Outro dado negativo apurado pela associação diz respeito ao mercado de trabalho, já que o recurso à "cassa integrazione" -- mecanismo em que os trabalhadores são suspensos de suas atividades e passam a receber parte do
salário -- alcançou seu maior nível desde 1993.

Para este ano, o Banco Central do país prevê que o PIB encolherá mais 2,6%.

Fonte: ANSA

BATTISTI: CHANCELARIA REITERA LAÇOS DE AMIZADE COM O BRASIL.


O Ministério das Relações Exteriores da Itália afirmou nesta quinta-feira (12/03), em uma nota oficial sobre o caso do ex-ativista Cesare Battisti, que "reafirma os estreitos laços de amizade e cooperação que unem Itália e Brasil".

No texto, a Chancelaria de Roma diz ainda que espera confiante a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso. "Permanecemos de nossa parte em confiante espera da imparcial decisão que será tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro", diz o comunicado.

Hoje, durante uma audiência conjunta das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado brasileiro, o ministro da Justiça, Tarso Genro, voltou a defender os argumentos jurídicos que sustentaram a sua decisão de conceder o status de refugiado político ao ex-ativista.

Ele também questionou o fato de que alguns políticos italianos tenham feito insinuações sobre a soberania e a qualidade dos juristas brasileiros ao abordar a situação de Battisti.

O italiano foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios ocorridos no fim da década de 1970, quando integrava a organização de esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Ele está preso no Brasil desde 2007 e se tornou pivô de uma crise diplomática com a Itália após ter sido beneficiado com o refúgio político, no dia 13 de janeiro.

O caso está sob análise do STF, que deverá se pronunciar até o fim deste mês.

A audiência de hoje foi proposta pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI) com o intuito de dar espaço a Tarso para explicar os motivos que o levaram a conceder o refúgio político.

Segundo o ministro, o governo brasileiro não está desconsiderando o Estado Democrático de Direito da Itália, mas entende que Battisti não teve direito a ampla defesa.

O ministro indicou ainda que existem no Brasil outros quatro casos análogos envolvendo refugiados políticos, mas que somente o do ex-membro do PAC teve tanta repercussão.

Fonte: ANSA

ITÁLIA VAI PROPOR AO G8 MEDIDAS ANTI-RISCO PARA AJUDAR ÁFRICA.

O subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Vincenzo Scotti, afirmou nesta quarta-feira (11/03) que o desenvolvimento da África está entre as prioridades da presidência italiana do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo e a Rússia).

Segundo Scotti, o governo vai propor na próxima cúpula do G8, marcada para julho, a utilização "de mecanismos financeiros que atenuem o risco e favoreçam financiamentos privados maiores" para o continente.

As afirmações foram feitas no encerramento do Consórcio de Infraestruturas para a África (ICA), realizado no Palácio da Farnesina (sede da chancelaria italiana), em Roma.

"Projetos de infraestrutura importantes requerem uma grande mobilização de capital", explicou Scotti, enfatizando que "nem tudo pode ser atribuído ao apoio estatal".

O consórcio, parceria entre os países-membros do G8, agências multilaterais e instituições africanas, foi formado em 2005, após a reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo do G8. A Itália sediou o evento deste ano por presidir atualmente o G8.

ANSA

ANISTIA INTERNACIONAL PEDE QUE UE GARANTA DIREITOS HUMANOS EM LAMPEDUSA.

A organização humanitária Anistia Internacional (AI) pediu nesta quinta-feira (12/03) para a União Europeia (UE) pressionar a Itália a fim de garantir que os direitos humanos são sejam violados na ilha de Lampedusa, onde há um centro de detenção de imigrantes ilegais.

A AI aproveitou a visita do vice-presidente da Comissão Europeia, Jacques Barrot, a ilha siciliana para fazer o apelo.

Em uma carta, a organização expressou "sua preocupação com o tratamento em que são submetidos os imigrantes em Lampedusa, devido a um decreto do ministro italiano do Interior, Roberto Maroni".

Em janeiro, Maroni anunciou que os imigrantes ilegais seriam repatriados diretamente do centro e detenção, ao invés de serem enviados a outros lugares do país.

Atualmente o abrigo para cidadãos estrangeiros sofre com a superlotação, que é causada também pela demora nos procedimentos necessários para a repatriação de cada imigrante.

"A decisão da Itália de deter as pessoas que solicitam asilo e os imigrantes em Lampedusa durante todo o trâmite do processo tem um grave impacto sobre os direitos humanos", disse o diretor da Anistia Internacional europeia, Nicolas Beger.

"A situação atual em Lampedusa é um obstáculo na construção de uma área de justiça, liberdade e segurança, baseada no respeito dos direitos fundamentais", explicou o diretor.

Segundo a organização humanitária, as condições do centro de detenção "põem em risco as garantias mínimas previstas por lei sobre os direitos humanos".

A Comissão Europeia "reconheceu a urgência da situação", afirmou a AI, ressaltando que Barrot "deve examinar se as novas disposições introduzidas pelo governo italiano constituem uma violação à legislação europeia e à Declaração Universal dos Direitos Humanos".

Lampedusa é considerada a porta de entrada da Europa para imigrantes ilegais vindos da África. Em 2008, quase 31.700 imigrantes desembarcaram na ilha, o que significou um aumento de 75% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério do Interior italiano.

ANSA

EX-DITADOR ARGENTINO RECUSA PEDIDO DE EXTRADIÇÃO À ITÁLIA.

O general Jorge Rafael Videla, ex-ditador que governou a Argentina entre 1976 e 1981, recusou nesta quarta-feira (11/03) ser extraditado à Itália, onde responde a processo por crimes cometidos pelas ditaduras sul-americanas na década de 1970.

Videla contestou um pedido do juiz Rodolfo Canicoba Corral, de um tribunal de Buenos Aires, refutando a possibilidade de ser enviado à Itália sob a alegação de que já foi processado e condenado na Argentina.

No país europeu, o general deve responder a processo pelo desaparecimento de 27 cidadãos italianos ou filhos de italianos incluídos na lista de "desaparecidos" da Operação Condor, estratégia conjunta criada pelas ditaduras do Cone Sul para perseguir opositores.

Além de Videla, outros 140 ex-repressores latino-americanos, dos quais 58 são argentinos, foram chamados a Roma para responder por crimes cometidos durante essa época.

O advogado italiano Giancarlo Maniga, que representa em Roma os familiares das vítimas da Operação Condor, afirmou à ANSA que Videla não compareceu "a nenhum dos outros julgamentos realizados na Itália por desaparecidos na Argentina".

Em seu país, com a restituição do regime democrático, o general, hoje com 83 anos, foi condenado à prisão perpétua em 1985 pelas mortes e desaparecimentos ocorridos durante seu governo. Cinco anos mais tarde, porém, foi beneficiado por uma lei de indulto aprovada pelo então presidente Carlos Menem.

Em 1998 retornou ao cárcere, mas pouco depois obteve o direito de recorrer ao sistema de prisão domiciliar devido a sua idade avançada. Em outubro do ano passado, porém, sua condição foi revista e ele acabou transferido à prisão de uma base militar que está a 40 quilômetros da capital Buenos Aires.

ANSA

quarta-feira, 11 de março de 2009

ASSOCIAÇÃO 'PARA ELUANA' VAI DEFINIR COMITÊ CIENTÍFICO.


O Comitê Cientifico da associação "Para Eluana", que dará continuidade à luta de Beppino Englaro pela autodeterminação dos pacientes terminais, será definido até a próxima semana.

Beppino é o pai de Eluana Englaro, italiana que viveu 17 anos em estado vegetativo persistente e morreu em 9 de fevereiro, aos 38 anos, depois que a família obteve na Justiça o direito de suspender a alimentação artificial que a mantinha em vida.

O advogado de Beppino, Massimiliano Campeis, disse esta manhã que o Comitê Científico será "o coração da associação" e anunciou que o pai de Eluana vai apresentá-lo na próxima terça-feira.

Segundo indiscrições da imprensa italiana, fazem parte do Comitê o diretor do centro interdisciplinar de Medicina Paliativa da Universidade de Munique, professor Gian Domenico Borasio; o neurologista Carlo Alberto Defanti, que acompanhou Eluana por anos; e o anestesista Amato De Monte, que estava na equipe que trabalhou no caso da jovem italiana.

A composição do Comitê estará completa até esta terça-feira e, até o fim do mês, será definida formalmente a natureza jurídica da associação, explicou o advogado.

Campeis contou que o estatuto da associação "Para Eluana", que pode se tornar fundação, será modificado, para introduzir nos objetivos o empenho em relação à liberdade de autodeterminação.

O presidente da associação será Beppino Englaro, enquanto sua sobrinha, Germana, deve ocupar a vice-presidência, e o tio de Eluana, Armando, vai fazer parte do conselho administrativo.

Eluana morreu na clínica Le Quiete, em Udine, nordeste da Itália. A autópsia determinou que ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, após ter a alimentação artificial suspensa.

A morte de Eluana gerou polêmica na Itália e recebeu críticas do governo e do Vaticano, que acreditam que o ato é um caso de eutanásia ativa, o que é proibido pela Constituição do país.

ANSA

FRATTINI CONFIRMA QUE VISITARÁ O IRÃ AINDA ESTE MÊS.


O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, confirmou nesta terça-feira (10/03) sua intenção de viajar ao Irã para convidar o país a participar de um encontro de chanceleres do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo e a Rússia) em Trieste.

A conferência está prevista para ocorrer em junho na cidade italiana -- já que o país exerce a presidência de turno do grupo --, quando se espera discutir a estabilização do Afeganistão e do Paquistão.

"Eu disse que a visita seria realizada antes do fim de março, e março ainda está no começo", assegurou Frattini, em uma entrevista ao jornal Il Riformista.

O chanceler italiano explicou que a visita teve que ser adiada após as declarações, feitas na semana passada, de autoridades iranianas contra Israel e os Estados Unidos.

Na ocasião, o principal líder religioso do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está seguindo o mesmo "caminho errado" de seu antecessor, George W. Bush, em relação ao Oriente Médio, dando apoio a Israel, país que descreveu como um "tumor".

"Nossa absoluta lealdade aos Estados Unidos foi demonstrada em diversas ocasiões", afirmou Frattini, enfatizando que "não podia ir a Teerã um dia após [a divulgação de] acusações tão duras contra o presidente Barack Obama e Israel".

ANSA

PEDIDOS DE SEGURO-DESEMPREGO AUMENTAM 46% EM 2009.


Entre janeiro e fevereiro de 2009, mais de 370 mil trabalhadores italianos foram demitidos e entraram com o pedido de seguro-desemprego junto ao governo, um aumento de 46,13% em relação ao mesmo período do ano passado.

Só em janeiro, o número de solicitações foi de mais de 169 mil. Em apenas um dia -- 15 de janeiro -- 11.653 pessoas procuraram o governo em busca do benefício. No primeiro mês de 2008, o número de requerimentos havia sido de 95.851.

Já em fevereiro, os pedidos chegaram a 201.287. No mesmo período do ano passado, 157.727 italianos ficaram desempregados e recorreram ao auxílio.

Os efeitos da crise econômica internacional deverão ser sentidos com intensidade na Itália durante todo o ano, uma vez que o Banco Central do país estima uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) italiano em 2,6% para 2009.

No ano passado, segundo o Instituto Italiano de Estatísticas, a economia do país encolheu 1%, pior desempenho desde 1975.

Em uma tentativa de conter o desemprego, o Comitê Interministerial de Programação Econômica (Cipe) aprovou na última sexta-feira um orçamento de 17,8 bilhões de euros para financiar obras de infraestrutura.

ANSA

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA MOÇÃO SOBRE DIREITOS HUMANOS NO TIBETE.


A Câmara dos Deputados da Itália aprovou nesta terça-feira (10/03) por unanimidade uma moção que defende iniciativas para o respeito aos direitos humanos e às liberdades democráticas no Tibete.

O texto foi aprovado no dia do 50º aniversário da revolta de Lhasa (capital da Região Autônoma do Tibete), liderada por monges budistas contra a ocupação chinesa, que resultou no exílio do líder espiritual Dalai Lama na Índia.

O documento pede ao governo italiano que reitere à China as solicitações do Parlamento Europeu para a abertura permanente do Tibete à mídia, aos diplomatas -- em particular aos representantes da União Europeia -- e aos turistas.

Além disso, recomenda às autoridades de Pequim aceitar os pedidos de visita feitos por organismos da Organização das Nações Unidas (ONU), que teriam a intenção de monitorar a situação dos direitos humanos na região.

O governo italiano deve "reforçar a posição comum" europeia a favor de um "diálogo constante, aberto, verdadeiro e construtivo" entre as autoridades da China e do Tibete para encontrar uma "solução satisfatória para a questão tibetana", diz a moção.

O texto prossegue afirmando que tal solução deve assegurar autonomia ao Tibete para preservar sua cultura, tradições e religião, mas dentro dos limites da Constituição chinesa e do respeito à integridade territorial do país.

A Região Autônoma do Tibete está fechada a todos os observadores internacionais e jornalistas estrangeiros desde as manifestações ocorridas entre março e maio do ano passado e fortemente reprimidas pelo governo de Pequim.

Na ocasião, a Anistia Internacional afirmou que "o fechamento total do Tibete faz com que as violações dos direitos humanos, como as prisões arbitrárias e os maus-tratos, prossigam em silêncio e na mais completa impunidade".

ANSA

ITÁLIA VAI PROPOR AO G8 MEDIDAS ANTI-RISCO PARA AJUDAR ÁFRICA.


O subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Vincenzo Scotti, afirmou nesta quarta-feira (11/03) que o desenvolvimento da África está entre as prioridades da presidência italiana do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo e a Rússia).

Segundo Scotti, o governo vai propor na próxima cúpula do G8, marcada para julho, a utilização "de mecanismos financeiros que atenuem o risco e favoreçam financiamentos privados maiores" para o continente.

As afirmações foram feitas no encerramento do Consórcio de Infraestruturas para a África (ICA), realizado no Palácio da Farnesina (sede da chancelaria italiana), em Roma.

"Projetos de infraestrutura importantes requerem uma grande mobilização de capital", explicou Scotti, enfatizando que "nem tudo pode ser atribuído ao apoio estatal".

O consórcio, parceria entre os países-membros do G8, agências multilaterais e instituições africanas, foi formado em 2005, após a reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo do G8. A Itália sediou o evento deste ano por presidir atualmente o G8.

ANSA

Manifestantes fazem protesto e pedem reestatização da Embraer.


Cerca de 200 manifestantes participaram no fim da tarde desta quarta-feira de um ato na Câmara de São José dos Campos (SP) para pedir a reestatização da Embraer, além da reintegração dos 4.200 funcionários que foram demitidos pela empresa no final de fevereiro.

A manifestação foi liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.


Os sindicalistas alegam que grande parte dos financiamentos que a Embraer recebe é pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um banco público de fomento. Por isso, deveria ser novamente estatizada.

"Queremos reafirmar a campanha de reintegração dos funcionários e lançar a campanha nacional pela reestatização da Embraer, que recebe muito dinheiro do BNDES e pertence a um setor estratégico, por isso, precisa ficar nas mãos do governo", diz Luiz Carlos Prates, o Mancha, secretário-geral do sindicato.

A Embraer, sigla de Empresa Brasileira de Aeronáutica, foi privatizada em 1994 e é uma das principais fabricantes de aeronaves do mundo. Fundada em 1969, já produziu 4.995 aviões, que hoje operam em 78 países, segundo informações da companhia.

Entre seus principais acionistas, estão a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, grupo Bozano, fundos estrangeiros de investimentos e BNDESpar. A empresa ainda mantém ações negociadas na Bovespa e em Nova York.

A campanha do sindicato não é a primeira a envolver trabalhadores exigindo reestatização de uma companhia no país. Em outubro de 2007, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou resultado de plebiscito sobre a reestatização da Vale, com um total de 3,6 milhões de votos favoráveis.

(Com informações da Reuters)

UOL

Príncipe Charles chega a Brasília, e humoristas do CQC "oferecem" castelo de Edmar Moreira.


O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e sua mulher, Camilla Parker-Bowles, chegaram ao Brasil nesta quarta-feira (11) para uma visita oficial de quatro dias. Em seu primeiro compromisso oficial, uma visita ao Congresso Nacional, o príncipe foi surpreendido por humoristas do programa de TV CQC, que lhe "ofereceram" o castelo do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). O príncipe sorriu, mas não respondeu.

O esquema de segurança do Congresso foi reforçado, para evitar aproximação de curiosos. Quem queria ver, teve de ficar no salão Verde da Câmara, enquanto o príncipe e sua comitiva passavam pelo salão Azul - que é uma continuação do salão Verde.

Para se proteger do sol forte na tarde desta quarta, na capital federal, Camilla utilizou uma sombrinha. No primeiro compromisso oficial, no Congresso Nacional, a discrição da duquesa da Cornuália imperou. De acordo com o presidente do Senado, José Sarney, Camilla "não falou nada" durante o encontro do príncipe com parlamentares brasileiros.

O principal assunto da reunião foi o meio ambiente. Tema que, aliás, será a pauta de toda a viagem do príncipe Charles no Brasil. As discussões girarão em torno dos efeitos da mudança climática e do mercado de créditos de carbono, certificados que são emitidos pelos países que conseguem reduzir suas emissões de gases que provocam o efeito estufa.

O príncipe já havia visitado o Brasil em três ocasiões anteriores: em 1978, 1991 e 2002. A viagem atual inclui atividades no Rio de Janeiro, nesta quinta, em Manaus, na sexta, e em Santarém, no sábado.

Copom faz corte de 1,5 ponto, e juros básicos passam a 11,25%.


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na noite desta quarta-feira reduzir sua taxa básica de juros, a Selic, em 1,5 ponto percentual, passando de 12,75% ao ano para 11,25% (veja gráfico ao final do texto).

É o maior corte em pontos percentuais desde novembro de 2003, quando o juro básico passou de 19% para 17,5%. A decisão do Copom foi unânime.

O corte já era esperado por economistas, principalmente após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) ontem, que caiu 3,6% no terceiro trimestre.

Quem decide os juros

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.

O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.

UOL

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tarso Genro é convocado pelo Senado para explicar refúgio concedido a Cesare Battisti.


O ministro da Justiça, Tarso Genro, deverá comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), provavelmente na próxima semana, para explicar os motivos que o levaram a conceder refúgio político ao italiano Cesare Battisti, condenado por quatro assassinatos pela Justiça da Itália. Requerimento nesse sentido, apresentado pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), foi aprovado por unanimidade pela comissão nesta quinta-feira (5).



Segundo Heráclito, a concessão de refúgio a Battisti, que teria participado de atentados terroristas na Itália na década de 70, surpreendeu a sociedade brasileira e, "com maior ênfase ainda", a sociedade italiana. Ele comparou o caso de Battisti ao episódio da devolução a Cuba de dois atletas cubanos que fugiram da delegação de seu país ao final dos Jogos Pan-Americanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro.

- Precisamos saber por que o ministro agiu de maneira distinta em dois episódios semelhantes. Ele poderá nos dizer se em um caso agiu de maneira mais arrojada do que em outro - disse Heráclito.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) concordou com Heráclito e informou que um dos pugilistas cubanos devolvidos a seu país atualmente encontra-se asilado nos Estados Unidos. Por sua vez, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou estar de acordo com o convite a Tarso Genro, que, segundo informou, já se colocou à disposição da comissão. O senador observou, no entanto, que Battisti nega a autoria dos assassinatos e alega que os seus advogados de defesa teriam apresentado uma procuração falsa na época do julgamento.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), anunciou sua intenção de visitar na prisão Cesare Battisti, para ouvir a sua versão dos fatos. Ele se disse "incomodado" com o fato de o Brasil haver concedido asilo a quem cometeu crime de sangue, mas lembrou que crimes cometidos há tanto tempo prescrevem no país.

Após comentar que conhece diversos exilados cubanos que vivem no Brasil, o senador Augusto Botelho (PT-RR) ponderou que pode ter havido pressão do governo de Cuba contra as famílias dos atletas que se encontravam no Brasil na época dos Jogos Pan-Americanos. Por outro lado, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) afirmou que um país democrático não pode "colocar debaixo do tapete" uma questão polêmica como a da concessão do asilo a Battisti. Por último, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse que a concessão do asilo poderia soar como uma "agressão" ao Poder Judiciário da Itália.

Agência Senado

Fenômeno da emigração deverá fazer parte da grade curricular das escolas italianas.

Difundir e preservar a memória da emigração italiana enquanto acontecimento histórico de alta relevância para o país, inserindo o tema no conteúdo ofertado na grade curricular das escolas na Itália, é o que propõe o projeto de lei apresentado, nesta quarta-feira (4), pelo deputado Fabio Porta (PD), que representa na Câmara dos Deputados os italianos residentes no exterior, na circunscrição América do Sul.

Segundo o projeto, que se insere no quadro de formação intercultural e tem caráter multidisciplinar, ficará a cargo do Ministério da Instrução, da Pesquisa e da Universidade (MIUR) transmitir às instituições de ensino italianas as linhas gerais do projeto, respeitando as especificidades territoriais, a fim de que a programação faça parte da oferta formativa definida para cada ano escolástico.

O projeto prevê que a partir do período 2009-2010, o tema emigração italiana seja inserido no programa ordinário formativo. O aprendizado de diversos aspectos da história da emigração, bem como dos fenômenos da nova modalidade que se desenvolve no país, deverá ser incluído no quadro das problemáticas inerentes à migração como traço significativo da época contemporânea.

O envolvimento direto das famílias dos estudantes nas atividades curriculares relativas ao tema é um dos pontos salientados no artigo que trata sobre o modo de implementação da proposta. A intenção é determinar a recuperação da memória dos eventos migratórios e favorecer a compreensão objetiva dos fenômenos de imigração que nos últimos anos vêm se desenvolvendo no país.

No sentido de incentivar as escolas a alcançar resultados eficazes nas atividades de pesquisa e de formação, o projeto de lei cria o prêmio nacional “Migranti como noi”, reservado às classes e instituições que se destacarem no ensino e na pesquisa sobre emigração italiana.

Na justificativa do projeto, que posteriormente deverá ser encaminhado à Comissão de Educação da Câmara, Fabio Porta salienta que a emigração, a partir da segunda metade do século XIX até a atualidade, tem sido um fator de profundas mudanças da sociedade italiana e a experiência mais intensa e difusa internacionalmente que os italianos têm conhecido.

Conforme o deputado, “a presença de centenas de jovens provenientes de diversas partes do mundo na conferência dos jovens italianos e de origem italiana, desenvolvida em dezembro de 2008, em Roma, permitiu verificar diretamente a intensidade e os valores desta disponibilidade para a recuperação das longínquas raízes e para uma renovada fase de interlocução”, argumenta.

Fabio Porta também destaca a importância para um país como a Itália, projetado numa dimensão internacional em razão de seu sistema econômico-social e da sua oferta cultural, contar com uma presença consolidada de comunidades de origem italiana em algumas das áreas mais importantes do mundo. “Uma constelação que, se mantida proficuamente em rede, poderá ser de apoio e impulso para a competitividade do nosso sistema no âmbito global, sobretudo na fase de estagnação e de dificuldades que estamos atravessando”, concluiu.

Oriundi

Dia Internacional da Mulher: italianas e brasileiras vítimas da violência e da discriminação salarial.




Neste domingo, dia 8, quando novamente é “celebrado” o Dia Internacional da Mulher, pouco ou nada será alterado na difícil realidade enfrentada pelas italianas e brasileiras, seja do ponto de vista da discriminação imposta pelo mercado de trabalho, seja pela condição de vítimas da violência impingida pelos homens.

Assim, nada indica que, no Brasil, conforme pesquisas divulgada pelo portal Violência contra a Mulher, mude a dramática realidade onde a cada 15 segundos uma mulher é agredida por um homem. E possivelmente não será a comemoração da data que mudará o contexto italiano, onde um entre quatro homicídios ocorre no ambiente familiar e, em 70% dos casos, as vítimas são mulheres, e em oito de cada 10 caso o autor é homem, conforme pesquisa da Eures-Ansa.

Além de continuarem sendo brutalizadas, as mulheres italianas e brasileiras também são vítima da disparidade salarial, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, realizado no final do ano passado. Como em anos anteriores, Brasil e Itália ainda estão longe de apresentar uma melhora representativa quando se trata de redução das diferenças entre homens e mulheres.

Conforme o informe global sobre diferenças entre gêneros 2008, que apresentou uma análise da situação em 130 países, o Brasil ocupava a 73ª posição no ranking (avançou um posto em relação ao estudo do ano passado), enquanto a Itália ficava na 67ª posição (revelando uma melhora mais significativa, já que no ano passado ocupava o 84º lugar).

Tais colocações dizem respeito ao ranking global. Já se considerando os diferentes índices que compõem o todo, é possível perceber a difícil situação das mulheres italianas e brasileiras em termos de igualdade salarial entre os sexos. Nesse aspecto, o Brasil fica na 100ª posição, enquanto a Itália está pior ainda: 111º lugar. No caso da participação das mulheres na política, porém, a Itália (46º lugar) está bem à frente do Brasil (110º lugar).

Na Europa, a Itália também fica bem atrás do Reino Unido (13º), da França (15º) e da Espanha (17º), enquanto o Brasil, na América Latina, fica atrás da Argentina (24º lugar no ranking total), Cuba (25º), Equador (35º), Peru (48º).

Já o relatório de 2009 da Comissão Européia sobre igualdade entre homens e mulheres – também apresentado na última terça-feira – confirma que, apesar de se terem verificado alguns progressos, persistem desigualdades significativas entre os sexos em diversas áreas. Embora a taxa de emprego das mulheres tenha vindo a aumentar constantemente nos últimos anos (é agora de 58,3% contra 72,5% para os homens), as mulheres continuam trabalhando a tempo parcial mais amiúde do que os homens (31,2% no caso das mulheres e 77% no dos homens) e predominam em setores em que os salários são mais baixos (mais de 40% das mulheres trabalham nos setores da saúde, do ensino e da administração pública – o dobro dos homens).

Não obstante, 59% de todos os novos diplomados universitários são mulheres.

Mulheres na tomada de decisão

Entretanto, um novo relatório pericial elaborado a pedido da Comissão veio confirmar que as mulheres estão também extensamente sub-representadas na tomada de decisão tanto em nível econômico como no plano político no contexto europeu.

Os bancos centrais dos 27 Estados-Membros da UE são dirigidos por homens. A sub-representação das mulheres nos postos de maior responsabilidade é ainda mais evidente nas grandes empresas, uma vez que os homens constituem quase 90% dos corpos dirigentes das empresas líderes (constantes do índice das principais empresas cotadas na Bolsa em cada país), situação que praticamente não registou melhorias nos últimos anos.

A proporção de mulheres deputadas nos parlamentos nacionais (câmaras baixa/única) aumentou cerca de 50% durante a última década, de 16% em 1997 para 24% em 2008. O Parlamento Europeu ultrapassa por pouco este valor (31% de mulheres). Em média, há mais homens ocupando cargos ministeriais nos governos nacionais, à razão de cerca de três para um, correspondendo os homens a 75% e as mulheres a 25%.

Segundo um estudo realizado pela Organização Internacional União Interparlamentar, O Brasil está na 106ª posição em um ranking que aufere a participação das mulheres nos parlamentos de 192 países. No mesmo ranking, a Itália fica na 52ª posição. Já a participação das mulheres em cargos ministeriais no Brasil também é das piores: está na 115ª.

ttp://www.ipu.org/

Violência

Quanto às agressões e outras formas de brutalidade, a situação italiana apenas reflete o contexto europeu, onde a violência doméstica continua a ser a principal causa de morte e de incapacidade das mulheres entre os 16 e os 44 anos. Uma em cada cinco mulheres já foi vítima de violência física durante a sua vida adulta e pelo menos uma em cada dez mulheres foi vítima de violência sexual.

No Brasil, cerca de uma em cada cinco brasileiras (19%) declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem. Um terço das mulheres (33%) admite já ter sido vítima, em algum momento de sua vida, de alguma forma de violência física (24% de ameaças com armas ao cerceamento do direito de ir e vir, de 22% de agressões propriamente ditas e 13% de estupro conjugal ou abuso).

As pesquisas também indicam que 27% sofreram violências psíquicas e 11% afirmam já ter sofrido assédio sexual. Um pouco mais da metade das mulheres brasileiras declara nunca ter sofrido qualquer tipo de violência por parte de algum homem (57%).

Oriundi


Imigrantes estão mais suscetíveis ao desemprego na União Europeia.

A migração e a integração são fatores-chave para o desenvolvimento da Europa. Essa foi uma das conclusões do congresso da Presidência do bloco, realizado na última semana, em Praga.

Também foi constatado que os imigrantes estão entre os principais grupos de risco suscetíveis ao desemprego, como decorrência de uma carência em termos de educação e formação, além de insuficiente conhecimento da língua do país anfitrião e da precariedade ou inexistência de redes sociais.

Em função disso, tornou-se evidente a necessidade de programas bem direcionados de integração, que devem não apenas ensinar a língua, mas igualmente fornecer informações no âmbito social e cultural. Nesse sentido, a participação dos empregadores foi considerada crucial.

Na verdade, a sustentação de diferentes formas de recrutar trabalhadores igualmente provou ser crucial. Os vários discursos proferidos no encontro confirmaram o impacto positivo da imigração regulada, assim como a necessidade de conter a fuga de cérebros da região., para impedir a perda dos próprios trabalhadores altamente qualificados.

Oriundi

segunda-feira, 2 de março de 2009

BATTISTI: SUPLICY DIZ QUE ITÁLIA DEVE REVER O CASO 'COM DIGNIDADE'.


O senador Eduardo Suplicy afirmou nesta quarta-feira, 25, que o Parlamento italiano deveria "rever com dignidade" o caso do ex-militante Cesare Battisti.

Após ler a carta enviada por Battisti aos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), Suplicy disse que a Itália deveria "verificar" as denúncias sobre possíveis casos de tortura.

Na carta, o ex-militante italiano, que recebeu refúgio político no Brasil, garante que alguns de seus antigos colegas foram torturados e afirma que o medo teria motivado a sua fuga para a França.

"Houve numerosos casos de tortura durante este processo, com suplício da água, mas eu mesmo não fui torturado", escreveu Battisti, na mensagem dirigida aos juízes do STF.

Para Suplicy, "nos regimes democráticos existem exceções". Citando França e Argélia, o senador lembrou que "o fato de um país viver em uma democracia não significa que não há abusos".

Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios ocorridos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti alega inocência.

Preso no Brasil desde 2007, o italiano recebeu em janeiro o status de refugiado político por decisão do ministro Tarso Genro, o que levou a uma crise diplomática com a Itália.

Fonte: ANSA

ADVOGADOS DA FAMÍLIA JÁ ESPERAVAM INQUÉRITO CONTRA PAI DE ELUANA.


Os advogados do pai de Eluana Englaro afirmaram nesta sexta-feira (27) que não se surpreenderam com a abertura de um inquérito para investigar a morte da italiana, que se tornou conhecida internacionalmente após sua família obter o direito de desligar os aparelhos que a mantinham viva.

Para Vittorio Angiolini, um dos advogados de Beppino Englaro, "não surpreende" que a Procuradoria da República de Udine tenha aberto um inquérito para investigar 14 pessoas se a morte de Eluana pode ser considerada um homicídio voluntário.

"A iniciativa da magistratura de Udine não tem nenhum significado em particular, já que foi aberto um inquérito após uma denúncia. É óbvio que vamos nos defender", disse o advogado.

Giuseppe Campeis, outro representante da família, também disse que já esperava o processo. "Para nós não muda nada, agora podemos esclarecer todas as contradições", defendeu, argumentando que a Procuradoria ainda possui dúvidas "se o que ocorreu na clínica Le Quiete era legítimo ou não, por isto os promotores estão trabalhando em duas frentes".

Eluana morreu no último dia 9 na clínica Le Quiete, em Udine, nordeste da Itália, após passar 17 anos em estado vegetativo. Segundo a autópsia, ela sofreu uma parada cardiorespiratória, após ter sua alimentação artificial suspensa sob autorização judicial.

Comandada pelo procurador Antoni Biancardi, o processo foi iniciado após uma denúncia da Associação Nacional Comitê Verdade e Vida, e investiga o pai de Eluana, o anestesista Amato De Monte, coordenador da equipe médica que cumpriu o protocolo para a suspensão da alimentação artificial da italiana, e 12 pessoas ligadas à associação "Para Eluana".

A morte de Eluana gerou polêmica na Itália e recebeu críticas do governo e do Vaticano, que acreditam que o ato é um caso de eutanásia ativa, o que é proibido pela Constituição do país.

Fonte: ANSA

ITÁLIA DEVOLVERÁ TEMPLO DE SÃO NICOLAU À IGREJA ORTODOXA RUSSA.

O presidente russo Dmitri Medvedev fará uma visita oficial a Bari, sul da Itália, domingo, 1º de março, para receber as chaves da igreja de São Nicolau, das mãos do presidente da República italiana, Giorgio Napolitano. Como decidido pelo governo anterior, o edifício será restituído à Igreja Ortodoxa Russa. A visita estava prevista para 6 de dezembro passado, mas foi adiada em função da morte do Patriarca Alecsey II.

A igreja dedicada a São Nicolau é um dos templos mais venerados da Rússia, e meta de constantes peregrinações. O edifício religioso, situado em uma área de 8 mil metros quadrados, foi construído de 1913 a 1917 para hospedar os peregrinos russos devotos do Santo, protetor das crianças, dos marinheiros, dos estudantes e dos pobres.

O templo foi projetado pelo arquiteto Alexei Shchusev, um dos autores do mausoléu de Lênin na Praça Vermelha, graças a doações dos fiéis, inclusive do último czar, Nicolau II. Hoje é patrimônio da UNESCO.

Fonte: Portal Veneza