quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cidadania por via materna – Um direito permanente e imprescritível.


Sexta-feira - 30/10/2009

Esta é a posição da Suprema Corte di Cassazione expressa na Sentença n. 4466, de 25/02/2009, a qual reconhece o direito de transmissão da cidadania pelas mulheres, aos seus filhos nascidos anterior à data da promulgação na Constituição Republicana aos 01.01.1948.

Especialmente para os descendentes de mulheres italianas (italianas, mesmo nascidas no Brasil), que esposaram cidadãos brasileiros, este direito já deveria ser reconhecido, visto que a Lei n. 555, de 13/06/1912, no Art. 10, previa que “La donna cittadina che si marita ad uno straniero perde la cittadinanza italiana, sempreché il marito possieda una cittadinanza che per il fatto del matrimonio a lei si comunichi.” ( .. que a cidadania se comunique a ela, pelo fato do matrimonio.)

(Disposição considerada inconstitucional pela Sentença n. 87, de 09/04/1975. Porém, pela Sentença n. 30, de 28/01/1983, definiu que a inconstitucionalidade seria devida somente depois da promulgação da Constituição Republicana (01.01.1948), já que anteriormente não existia o conflito constitucional. Portanto, a Lei era legitima.)

Ocorre que pela Legislação Brasileira, a cidadania do marido não se transmite à esposa pelo fato do matrimonio. O marido permanece brasileiro e a esposa com a sua cidadania. Portanto, mesmo a vista da disposição legal antiga, a cidadã italiana que se casou com um brasileiro em qualquer época, manteve a sua cidadania de origem.

Este fato nunca foi levado em consideração pela Suprema Corte di Cassazione, que sempre julgou a questão à luz unicamente da Legislação italiana.

Desta vez, foi levado em consideração a Convenção de Nova York de 18/12/1979, também firmada pela Itália, que prevê a eliminação na Legislação dos Países signatários, de todas as formas de discriminação contra a mulher.

A medida é esperada por milhares de descendentes privados da cidadania, enquanto descendentes de mulheres, quando os seus primos já possuem o direito reconhecido, somente porque seus ascendentes nasceram alguns dias depois de 01.01.1948.

A decisão para ser aplicada por via administrativa (Encaminhamento direto nos Consulados e ou nos Comunes italianos) precisa ser normatizada pelo Ministero Dell’Interno italiano, que ainda não se pronunciou a respeito. Enquanto isto não ocorre, o encaminhamento do processo só pode ser feito por via judicial, acarretando altos custos e constringindo o encaminhamento somente na Itália. Poderia ser encaminhado no Fórum de Roma, domicilio judicial dos italianos residentes no Exterior, mas isto acarretaria tempos longuíssimos.

Apesar da bateria de posições contrárias a qualquer incremento ao direito à cidadania para os descendentes nascidos no Exterior, espera-se que o Departamento de Liberdade Civil e Imigração, do Ministero Dell’Interno, se pronuncie em breve a respeito.

*Por Imir Mulato - imirmulato@agenziabrasitalia.it

www.agenziabrasitalia.it

Se alguém desejar obter informações sobre o andamento dos trabalhos, pode dirigir-se por E-mail.

(Recomendo, em italiano.)

Ministero Dell’Interno

Dipartimento Libertà Civili Immigrazione

Email: liberta.civiliimmigrazione@interno.it

Capo: Prefetto Mario Morcone

Vice Capo Dipartimento Vicario per le Libertà Civili e l’Immigrazione

Prefetto Mario Ciclosi

Brasil apela à União Europeia para não endurecer contra ilegais.


Segunda-feira - 26/10/2009

Na mesma semana em que o premier italiano Silvio Berlusconi, e o presidente da França, Nikolas Sarkozy, voltaram a insistir em uma política coordenada contra a imigração ilegal, Brasil pede menos rigor destacando a relação do fenômeno com o tráfico de seres humanos

O Brasil apelou à União Europeia que não endureça as leis contra os imigrantes ilegais. O pedido foi feito pelo secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, durante a Conferência Ministerial da União Europeia, que discutiu, na última semana, em Bruxelas, uma ação global contra o tráfico de seres humanos.

Na opinião de Tuma Junior, é essencial fazer um trabalho humanizado no acolhimento dessas pessoas, indivíduos que, em última análise, apenas procuram melhores condições devida. No entanto, segundo ele, devido à própria circunstância de irregularidade e a conseqüente falta de documentos, elas se transformam em candidatas a vítimas do tráfico nas mais diversas formas e manifestações, como exploração sexual.

O tráfico de pessoas, disse o secretário, não é um problema só das nações de origem das vítimas, devendo os países de trânsito e destino coibir, especialmente, o consumo de produtos da exploração da mão-de-obra, em condições análogas à de escravos”.

O secretário lembrou o deficiente funcionamento dos sistemas de informações dos países, o que acaba por impedir um combate mais eficaz ao tráfico, seja de pessoas ou de migrantes. De acordo com Tuma Júnior, a cooperação deve ultrapassar as fronteiras e ter por objetivo a integração de bancos de dados, facilitando-se o conhecimento sobre o fenômeno, além de possibilitar um melhor planejamento de ações de prevenção e repressão.

Tuma Junior explicou que o Brasil já possui uma lei que anistia cidadãos em situação irregular (o benefício da anistia já regularizou mais de 20 mil estrangeiros, e espera-se que outros 30 mil ainda sejam beneficiados) e que está prestes a aprovar no Congresso Nacional o projeto da nova lei de estrangeiros, que permitirá a concessão do visto de residência temporária a pessoas traficadas.

“Temos feito nossa parte no enfrentamento a essa modalidade de crime organizado transnacional ao instituir uma Política e um Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – uma das metas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci)”, informou. “Outra prioridade do governo brasileiro é o combate à lavagem de dinheiro, crime que pode ter no tráfico de pessoas o seu antecedente; eis que o lucro é o alimento das organizações criminosas que exploram serem humanos. Portanto, o corte do fluxo financeiro das empresas criminosas é uma das metas do Brasil”.

O secretário lembrou o deficiente funcionamento dos sistemas de informações dos países, o que acaba por impedir um combate mais eficaz ao tráfico, seja de pessoas ou de migrantes. De acordo com Tuma Júnior, a cooperação deve ultrapassar as fronteiras e ter por objetivo a integração de bancos de dados, facilitando-se o conhecimento sobre o fenômeno, além de possibilitar um melhor planejamento de ações de prevenção e repressão.

Postura brasileira

A posição do Brasil é de que uma estratégia geral das nações para enfrentar esse crime deve priorizar o aperfeiçoamento dos métodos de repressão ao tráfico de pessoas e de migrantes, por meio da cooperação entre países de origem, de trânsito e de destino, formando-se equipes conjuntas de investigação.

O Brasil propõe reconhecimento de que este “hediondo” fenômeno, em qualquer de suas manifestações e em inúmeros casos, tem uma profunda ligação com a pobreza e com as profundas diferenças econômico-sociais observadas em algumas regiões. Também é considerada essencial a ampliação do entendimento de que o migrante deve ser considerado como sujeito de direitos (e não numa situação criminal), devendo obter dos Estados um tratamento digno e humanitário; e a diferenciação entre o tráfico de com vistas à extração e o tráfico de órgãos humanos.

A atual Presidência da União Européia está com a Suécia, país em que o tráfico de seres humanos e o contrabando de imigrantes têm sido tópicos de extrema importância. A Conferência em Bruxelas foi organizada em parceria pelo governo sueco, a Comissão Européia, a Organização Internacional para a Migração (OIM), a Agência da União Européia para os Direitos Fundamentais e o governo da Bélgica.

Encontro da ONU no Brasil

Os presentes no seminário foram esclarecidos a respeito do 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, que será em Salvador, Bahia, de 12 a 19 de abril de 2010. A agenda já aprovada cobrirá os itens: “Respostas da Justiça Criminal ao tráfico de migrantes e de pessoas e vínculos com o crime organizado transnacional” e “Respostas da área de prevenção ao crime e justiça criminal à violência contra migrantes, trabalhadores migrantes e suas famílias”.

“A esperança de que dos resultados desta Conferência possam surgir novos horizontes no enfrentamento ao tráfico de pessoas, a partir da necessária consciência de defesa permanente contra esse mal, caracterizado pelo fato de seres humanos comprarem e venderem seus semelhantes”, enfatizou Romeu Tuma Júnior. “Em outras palavras, é inconcebível admitirmos, em pleno século XXI, gente vendendo gente, e o pior, gente comprando gente como se carne humana mercadoria fosse”.

Participantes da Conferência Ministerial da União Européia

Além das rainhas Silvia e Paola, da Suécia e da Bélgica, respectivamente, estiveram presentes: Beatrice Ask (Ministra da Justiça da Suécia e presidente da Conferência); Annemie Turtleboom (Ministra do Interior da Bélgica); Stefaan de Clerk (Ministro da Justiça da Bélgica); Jacques Barrot (Vice-presidente da Comissão Européia); William Lacy Swing (Diretor-Geral da OIM); Melchior Wathelet (senador e secretário de Estado para a Migração e Asilo do governo da Bélgica).

Também participaram diversos ministros da Justiça e do Interior da União Européia e não membros do Leste Europeu, América Latina, Ásia, da África. E representantes do Parlamento Europeu, do Conselho da Europa e de diversas entidades internacionais (UNODC, OCDE, Eurojust, Interpol, Europol) e organizações não-governamentais e inter-governamentais.

Redação revista eletrônica Oriundi

sábado, 24 de outubro de 2009

Brasileiros na Itália reivindicam possibilidade de trabalhar enquanto aguardam cidadania.

A Rede de Brasileiras e Brasileiros na Itália apresentou, na última semana, durante a realização da II Conferência das Comunidades Brasileiras no Exterior, realizada no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, uma proposta ao Governo para mediar junto ao Governo Italiano para que os brasileiros que esperam o reconhecimento da cidadania italiana recebam também uma autorização para trabalhar.

Segundo o documento apresentado no encontro, os brasileiros descendentes de italianos não têm a possibilidade de trabalhar no período de tempo entre a preparação da documentação requerida, a apresentação dos documentos e o reconhecimento da cidadania. O visto de que são portadores não dá direito a um contrato de trabalho. O tempo entre a apresentação da documentação para o reconhecimento/obtenção da cidadania italiana pode durar de 3 a 12 meses. Essa situação causa grandes problemas financeiros e psicológicos enquanto aguardam a cidadania.

Entre as questões importantes relacionadas aos brasileiros na Itália, o documento assinala que, a partir da realidade observada no Centro de Atendimento Latino Americano, constata-se que a grande maioria das pessoas que vêem para a Itália necessita de formação e inserção na realidade Italiana. Este realidade gera grandes dificuldades de adaptação, podendo chegar a traumas que, em muitos casos, dificultam diretamente o processo sereno e progressivo de integração social do migrante brasileiro na sociedade italiana.

Leia a integra do documento, onde também são abordadas outras situações da comunidade brasileira na Itália.

Oriundi


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Maioria dos italianos é contra redução do tempo para concessão de cidadania a estrangeiros residentes.

Quinta-feira - 15/10/2009

A proposta de reduzir à metade o tempo para dar a cidadania ao estrangeiros não comunitários residentes no país não convence os italianos. Uma pesquisa conduzida pelo instituto IPR Marketing, que abrangeu um universo de mil entrevistas, indicou que a maioria (62%) prefere a manutenção da lei atual, que estabelece a necessidade de 10 anos de residência na Itália para obter a cidadania. Um total de 33% manifestou-se favoravelmente à redução para cinco anos.

A opinião dos italianos é homogênea em todo o território, pois a pesquisa apresentou índices semelhantes entre o Norte, o centro e o Sul.

Já em termos de opção partidária houve diferenças. Os entrevistados identificados com a centro-esquerda, em sua maioria (56%), optaram por uma redução no tempo, enquanto os simpatizantes da centro-direita, quase maciçamente (86%), preferem manter o tempo atual.

Cittadinanza breve: non piace al 62% degli italiani

La proposta di dimezzare i tempi per la concessione della cittadinanza italiana agli stranieri non comunitari non convince gli italiani. Il sondaggio che l’Istituto IPR Marketing effettuato il 30 settembre 1000 cittadini italiani evidenzia infatti come l`ampia maggioranza degli italiani (62%) è a favore della Legge attuale che sancisce che per ottenere la cittadinanza sono necessari 10 anni di residenza in Italia

Questa opinione risulta piuttosto omogenea sul territorio con percentuali molto simili sia a Nord (61%) che al Centro ed al Sud. Al contempo il 33% è per il cambiamento della Legge attuale che dovrebbe ridurre a 5 anni l’obbligo di residenza.

La dialettica Centrosinistra – Centrodestra. La disaggregazione politica ripropone in ogni caso una valutazione opposta tra gli elettori della maggioranza e dell`opposizione di centrosinistra: mentre tra questi ultimi infatti, troviamo una maggioranza di favorevoli al dimezzamento dei tempi (56%), tra i sostenitori della maggioranza il giudizio è nettamente a favore della Legge attuale tanto che la percentuale dei favorevoli arriva all’`86%.

(IPR Marketing)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ESTRANGEIROS NA ITÁLIA SÃO QUASE 4 MILHÕES.

ROMA, 8 OUT (ANSA) - Os estrangeiros que vivem na Itália já são quase 4 milhões (3.891.295), o que representa 6,5% da população residente, contra os 5,8% do ano passado. Esta porcentagem indica um crescimento "muito elevado", embora inferior a 2007, quando bateu o recorde de 16,8%.

Os dados foram reunidos em uma pesquisa sobre imigrantes residentes no país pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat), que se referem a 1º de janeiro de 2009.

O aumento dos imigrantes (quase 500 mil pessoas, em relação a 1º de janeiro de 2008) se deve principalmente à chegada de cidadãos do Leste da Europa, predominantemente da Romênia, país que ingressou na União Europeia em 2007: em 2008, 190.403 romenos chegaram à Itália.

Os estrangeiros residentes na península (em sua maioria no norte do país, onde vivem seis de cada 10 imigrantes) também tiveram 519 mil filhos no ano passado, o que representa 13,3% da população imigrante. A estes, se somam 862 mil menores de idade (102 mil a mais do que no ano passado).

Em termos de cidadanias, em 2008 se concederam 53.696, principalmente devido a casamentos entre italianos e estrangeiros. Calcula-se que 726 mil extra-comunitários tenham a cidadania italiana.

Por outro lado, pouco mais de 27 mil estrangeiros retornaram a seus países de origem, um número considerado modesto em relação ao movimento emigratório real, mas que representa um aumento de 33% quando comparado a 2007.

Outro dado divulgado pelo Istat, indica que os chefes de família estrangeiros já somam 1,5 milhão (6,2% do total de famílias). A incidência é de 9,4% na Umbria; 8,8% no Lazio; 8% na Lombardia, Veneto e Emilia Romagna; e 5,1% no Abruzzo.

ANSA

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DUSTIN HOFFMAN ESTRELA CAMPANHA DE REGIÃO ITALIANA.

07/10/2009

O ator norte-americano Dustin Hoffman, 72 anos, será o protagonista de uma campanha publicitária internacional da região italiana de Marche, localizada no centro do país.



Hoffman já assinou o contrato para a campanha, constituída por uma série de vídeos que serão transmitidos em redes italianas e internacionais. De acordo com fontes locais, as gravações começarão no próximo mês de novembro.

O governador da região, Gian Mario Spacca, contou que a iniciativa tem como objetivo "fazer o mundo conhecer Marche e valorizar a extraordinária beleza e a riqueza da vida local".

"É uma declaração do empenho à qualidade de vida que Marche certifica com esta campanha de nível internacional, com imagens sugestivas e de forte emoção", explicou Spacca.

Hoffman é vencedor de dois Oscar, com os filmes "Kramer contra Kramer" (1979) e "Rain Man" (1988).

Fonte: ANSA

APÓS DECISÃO JUDICIAL, BERLUSCONI QUESTIONA EQUILÍBRIO DE PODERES NA ITÁLIA.


07/10/2009

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, questionou hoje a igualdade entre os poderes do Estado italiano, ao comentar a decisão da Corte Constitucional de barrar o Laudo Alfano, lei que prevê imunidade a quem ocupar os quatro mais altos cargos do país.

"Não posso deixar de respeitar a decisão da Corte Constitucional no quadro de um sistema democrático", reconheceu o premier. Após votação, os 15 membros da instância máxima da Justiça italiana, consideraram inconstitucional o Laudo Alfano.

"Considero, contudo, que este sistema, sobretudo quanto às modalidades com as quais são eleitos os membros da Corte, corre o risco de alterar o correto equilíbrio entre os poderes do Estado, que possuem origem da soberania do povo", contestou Berlusconi.

Em seguida, o premier acusou os juristas de estarem ligados à esquerda. "Temos uma minoria de magistrados vermelhos que são organizadíssimos e que usam a justiça para fins de luta política. Temos 72% da imprensa que é de esquerda", observou o chefe de governo.

Berlusconi garantiu também que a decisão não interfere em sua administração. "A solidez deste governo não é de modo algum influenciada por este pronunciamento nem mesmo a minha vontade de continuar com determinação no mandato recebido do povo", destacou.

O premier lembrou que sua legitimidade à frente do governo italiano foi "renovada em todas as mais recentes competições eleitorais". Ele disse ainda que "recebe todo dia o apoio compacto e solidário da opinião política da maioria que apoia o atual governo".

A medida revogada hoje concedia imunidade jurídica a quem ocupasse os cargos de primeiro-ministro, presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados, e presidente do Senado.

Com a decisão da Corte Constitucional, o premier italiano terá que responder a um processo sobre corrupção e outro sobre crimes administrativos referentes ao seu canal de TV, o Mediaset. As duas ações haviam sido arquivadas com base no Laudo Alfano.

"Não tenho a mínima dúvida de que as acusações infundadas e ridículas que ainda me são voltadas cairão sob o crivo de juízes honestos, independentes e observadores da lei e da própria consciência", assegurou Berlusconi.

O premier também elogiou seu próprio governo e atacou a oposição. "Menos mal que Silvio seja premier, porque se não fosse, com todo o seu governo, que tem a aprovação de 70% dos italianos, estaríamos nas mãos de uma esquerda que faria do nosso país aquilo que todos vocês sabem", disse.

Fonte: ANSA

CORTE BARRA LEI DE IMUNIDADE PARA ALTOS CARGOS DO ESTADO.

07/10/2009

A Corte Constitucional da Itália considerou hoje inconstitucional o Laudo Alfano, lei que prevê a suspensão dos processos judiciais contra quem ocupa os quatro cargos mais altos do Estado italiano.

Os juízes consideraram que a medida viola os artigos 3 e 138 da Carta Magna do país. O laudo foi considerado contraditório com o princípio da igualdade, garantido pela legislação da Itália.

A lei beneficiaria o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, o presidente, Giorgio Napolitano, o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, e o presidente do Senado, Renato Schifani.

O veredicto será anunciado em um comunicado oficial que a Corte Constitucional divulgará ainda hoje. O Laudo Alfano foi barrado por maioria de votos. A instância que julgou o caso era composta por 15 juízes.

A lei sobre a imunidade havia sido aprovada há mais de um ano na Itália. Na ocasião, ela justificou o arquivamento dos processos contra o primeiro-ministro.

O efeito imediato da decisão dos juristas será a reabertura de duas ações judiciais contra Berlusconi. Uma delas se refere a um caso de corrupção em atos judiciais do advogado David Mills. O outro diz respeito a crimes administrativos relativos aos direitos da TV Mediaset, que pertence ao premier.

Fonte: ANSA

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Imagem de Santos Dumont poderá ser obrigatória em aeroportos.

Da Agência Câmara

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5437/09, do deputado Fernando Chiarelli (PDT-SP), que torna obrigatória a exibição, nos aeroportos nacionais, de imagens de Alberto Santos Dumont (1873-1932), o inventor brasileiro considerado um dos pioneiros da aviação.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Com a medida, o deputado pretende homenagear o brasileiro que em 1906 realizou o primeiro vôo mecânico do mundo, em Paris, a bordo do 14-Bis, projetado, construído e pilotado por ele.

Personagem mítico



"Santos Dumont foi um dos pioneiros nas ciências aeronáuticas e seus inventos o tornaram um personagem mítico na história da aviação. Sua contribuição foi muito além do fato de ter colocado no ar um avião e suas criações fazem parte do cotidiano aeronáutico até hoje", afirma o deputado.

Chiarelli lembra que o brasileiro foi também o primeiro a instalar trem de pouso em uma aeronave e a incorporar o uso de materiais pouco conhecidos à época, como o alumínio na fabricação de hélices e outros componentes, entre outros feitos.

A homenagem, disse, resgatará a importância da vida e da obra de Santos Dumont e estimulará o sentimento pátrio.

UOL


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Papa: 'Europa precisa se reencontrar com Deus'.


CIDADE DO VATICANO, 30 SET (ANSA) - O papa Bento XVI afirmou que "a Europa necessita se reencontrar com Deus", ao comentar sua recente viagem à República Tcheca durante a audiência geral de hoje.

O Pontífice recordou os encontros que teve com autoridades políticas e civis do país, assim como as visitas que fez a vários locais, como o Castelo de Praga, a Universidade de Praga e a Igreja Santa Maria da Vitória, onde há uma imagem do Menino Jesus.

Ao discursar esta manhã (30) na Praça São Pedro, no Vaticano, Bento XVI renovou seu pedido para que os "que exercem cargos de responsabilidade nos campos político e educativo ajam à luz da verdade, que é reflexo da eterna sabedoria do Criador" e deem o seu "testemunho em primeira pessoa com a própria vida porque, só com um sério empenho intelectual e moral, o sacrifício dos muitos que pagaram caro o preço da liberdade se torna digno".

Relembrando as suas reuniões com autoridades tchecas, o Papa disse que as pessoas "não precisam ter medo da verdade", porque "ela é amiga do homem e de sua liberdade, de modo que somente na sincera procura pela verdade, pelo bem e pelo belo se pode realmente oferecer um futuro aos jovens de hoje e às gerações que virão".

"O amor de Cristo é a nossa força: este foi o intuito da viagem. A força do passado, a certeza dos cristãos de hoje. O amor de Cristo que inspira e anima as verdadeiras revoluções, pacíficas e libertárias, é que nos sustenta nos momentos de crise", ratificou.

Segundo Bento XVI, sua viagem de três dias à República Tcheca, concluída na última segunda-feira (28), foi de "peregrinação e missão". "Peregrinação porque há mil anos a República Tcheca é terra de fé e santidade"; e missão "porque a Europa precisa de Deus e de suas raízes cristãs", explicou.

O Papa também elogiou a Universidade de Praga, definindo-a como "uma das universidades mais antigas e respeitadas do continente, (...) ambiente vital para a sociedade e uma garantia de liberdade e desenvolvimento".

"A República Tcheca é a pátria de grandes escritores - como Franz Kafka, e do abade Mendel, pioneiro da genética moderna", comentou o Pontífice, destacando que "a cultura humanística e a científica não podem ser separadas, por serem os dois lados de uma mesma modela".

Bento XVI pontuou ainda que, ao visitar a imagem do Menino Jesus, rezou "por todas as crianças, pais e pelo futuro das famílias, porque a verdadeira vitória que hoje pedimos à Maria é a vitória do amor e da vida em família e na sociedade".

Esta foi a quarta viagem de um Pontífice ao país. Antes, João Paulo II esteve na nação tcheca por três vezes, em 1990, 1995 e 1997.

Ao fim da audiência geral, o Papa fez uma homenagem a Luigi Sturzo, sacerdote e político que fundou o Partido Popular Italiano, por ocasião do 50º aniversário de sua morte.

"O exemplo luminoso deste presbítero é o seu testemunho de amor, de liberdade e de serviço ao povo, estimulando e encorajando todos os fiéis e cristãos, e especialmente os muitos que trabalham na área social e que defendem, com seu testemunho coerente, o Evangelho e a doutrina social da Igreja", disse.

ANSA

ITÁLIA PRETENDE FACILITAR RELAÇÕES ENTRE UE E BELARUS.


30/09/2009

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, que realiza hoje uma visita a Minsk, disse que seu país é um dos facilitadores à nova política adotada pela União Europeia de abertura a Belarus.

Já na capital bielo-russa, Frattini se encontrou com o primeiro-ministro do país, Sergej Sidorski e afirmou que a Itália e o premier Silvio Berlusconi demonstram interesse em "uma forte colaboração com Belarus".

"Estamos organizando uma visita de Berlusconi a Minsk que acontecerá logo", anunciou o chanceler italiano no encontro. Sidorski confirmou que seu país está trabalhando para receber o chefe do Conselho de Ministros da Itália.

Quanto à importância das relações entre as duas nações, Sidorski falou da cooperação econômica, com trocas comerciais que chegam a US$ 1,2 bilhão e a presença no país de 80 empresas que têm participação italiana.

Frattini assegurou ao premier local que sustentará o "forte encorajamento para Belarus em todas as instituições europeias" onde, segundo ele, a Itália é considerada "o principal advogado neste processo de aproximação".

Durante a viagem ao Leste Europeu, Frattini também encontrará o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko. Essa é a primeira visita oficial de um ministro europeu a Belarus desde 1994.

Acompanham o chanceler representantes da Associação Bancária Italiana (ABI), da Sociedade Italiana para as Empresas no Exterior (Simest) e da Associação Nacional de Construtores (Ance).

No final de 2008, a UE congelou as sanções dispostas contra Belarus por causa das eleições de 2006, que haviam sido consideradas "seriamente irregulares". Para Frattini, a participação da Itália nesse processo de abertura é "lógica".

O chanceler explicou que as ligações entre Roma e Minsk vêm "de baixo", "daquelas 23 mil famílias italianas que ao longo dos anos receberam mais de 300 mil crianças bielo-russas".

De Chernobyl (um dos maiores acidentes nucleares da História, acontecido em 1986, por causa de um vazamento de Césio-137 de uma usina próxima à fronteira entre Belarus e Ucrânia) até hoje, "inteiras gerações de crianças bielo-russas aprenderam nossa língua", completou Frattini.

Também faz parte das relações bilaterais um projeto da Policlínica Universitária Agostino Gemelli, de Roma, que pretende formar médicos bielo-russos.

Fonte: ANSA