quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ITÁLIA PRETENDE FACILITAR RELAÇÕES ENTRE UE E BELARUS.


30/09/2009

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, que realiza hoje uma visita a Minsk, disse que seu país é um dos facilitadores à nova política adotada pela União Europeia de abertura a Belarus.

Já na capital bielo-russa, Frattini se encontrou com o primeiro-ministro do país, Sergej Sidorski e afirmou que a Itália e o premier Silvio Berlusconi demonstram interesse em "uma forte colaboração com Belarus".

"Estamos organizando uma visita de Berlusconi a Minsk que acontecerá logo", anunciou o chanceler italiano no encontro. Sidorski confirmou que seu país está trabalhando para receber o chefe do Conselho de Ministros da Itália.

Quanto à importância das relações entre as duas nações, Sidorski falou da cooperação econômica, com trocas comerciais que chegam a US$ 1,2 bilhão e a presença no país de 80 empresas que têm participação italiana.

Frattini assegurou ao premier local que sustentará o "forte encorajamento para Belarus em todas as instituições europeias" onde, segundo ele, a Itália é considerada "o principal advogado neste processo de aproximação".

Durante a viagem ao Leste Europeu, Frattini também encontrará o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko. Essa é a primeira visita oficial de um ministro europeu a Belarus desde 1994.

Acompanham o chanceler representantes da Associação Bancária Italiana (ABI), da Sociedade Italiana para as Empresas no Exterior (Simest) e da Associação Nacional de Construtores (Ance).

No final de 2008, a UE congelou as sanções dispostas contra Belarus por causa das eleições de 2006, que haviam sido consideradas "seriamente irregulares". Para Frattini, a participação da Itália nesse processo de abertura é "lógica".

O chanceler explicou que as ligações entre Roma e Minsk vêm "de baixo", "daquelas 23 mil famílias italianas que ao longo dos anos receberam mais de 300 mil crianças bielo-russas".

De Chernobyl (um dos maiores acidentes nucleares da História, acontecido em 1986, por causa de um vazamento de Césio-137 de uma usina próxima à fronteira entre Belarus e Ucrânia) até hoje, "inteiras gerações de crianças bielo-russas aprenderam nossa língua", completou Frattini.

Também faz parte das relações bilaterais um projeto da Policlínica Universitária Agostino Gemelli, de Roma, que pretende formar médicos bielo-russos.

Fonte: ANSA

Nenhum comentário: