O senador Eduardo Suplicy afirmou nesta quarta-feira, 25, que o Parlamento italiano deveria "rever com dignidade" o caso do ex-militante Cesare Battisti.
Após ler a carta enviada por Battisti aos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), Suplicy disse que a Itália deveria "verificar" as denúncias sobre possíveis casos de tortura.
Na carta, o ex-militante italiano, que recebeu refúgio político no Brasil, garante que alguns de seus antigos colegas foram torturados e afirma que o medo teria motivado a sua fuga para a França.
"Houve numerosos casos de tortura durante este processo, com suplício da água, mas eu mesmo não fui torturado", escreveu Battisti, na mensagem dirigida aos juízes do STF.
Para Suplicy, "nos regimes democráticos existem exceções". Citando França e Argélia, o senador lembrou que "o fato de um país viver em uma democracia não significa que não há abusos".
Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios ocorridos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti alega inocência.
Preso no Brasil desde 2007, o italiano recebeu em janeiro o status de refugiado político por decisão do ministro Tarso Genro, o que levou a uma crise diplomática com a Itália.
Fonte: ANSA
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