terça-feira, 17 de março de 2009

PIB ENCOLHE 1% EM 2008, PIOR DESEMPENHO DESDE 1975.


O Produto Interno Bruto (PIB) italiano encolheu 1% em 2008. A retração, anunciada oficialmente nesta quinta-feira (12/03) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), foi a maior desde 1975, quando se registrou -2,1%.

No último trimestre do ano passado, o PIB teve contração de 1,9% em relação ao terceiro trimestre e de 2,9% na comparação com igual período de 2007. Trata-se do pior desempenho trimestral desde a década de 1980, quando tiveram início as séries históricas do Istat.

Em termos conjunturais, as importações caíram 6%, e as exportações; 7,4%. Os investimentos fixos diminuíram 6,9% e o consumo esfriou, encolhendo 0,6%.

A queda de investimentos foi de 10,8% para aquisições de meios de transporte, 8,4% para compras de máquinas e equipamentos e de 5,1% para o setor da construção.

Na análise setorial, o Istat registrou que no último trimestre de 2008 a conjuntura foi positiva para a agricultura (+4,1%). A indústria, por outro lado, registrou uma queda de 6,2% em suas atividades, acompanhada pela construção civil (-3,5%), atividades de comércio, hotelaria, transporte e comunicações (-1,8%) e crédito (-0,1%).

Na visão da Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria), os dados divulgados hoje demonstram apenas o primeiro impacto da crise econômica internacional sobre o país.

Para a entidade, as piores consequências ainda estão por vir, já que o setor industrial tem enfrentado muita dificuldade para obter crédito.

Segundo estimativas da Confindustria, uma de cada dez empresas italianas tem problemas para levar adiante suas atividades produtivas devido à escassez de financiamentos.

Outro dado negativo apurado pela associação diz respeito ao mercado de trabalho, já que o recurso à "cassa integrazione" -- mecanismo em que os trabalhadores são suspensos de suas atividades e passam a receber parte do
salário -- alcançou seu maior nível desde 1993.

Para este ano, o Banco Central do país prevê que o PIB encolherá mais 2,6%.

Fonte: ANSA

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