O general Jorge Rafael Videla, ex-ditador que governou a Argentina entre 1976 e 1981, recusou nesta quarta-feira (11/03) ser extraditado à Itália, onde responde a processo por crimes cometidos pelas ditaduras sul-americanas na década de 1970.
Videla contestou um pedido do juiz Rodolfo Canicoba Corral, de um tribunal de Buenos Aires, refutando a possibilidade de ser enviado à Itália sob a alegação de que já foi processado e condenado na Argentina.
No país europeu, o general deve responder a processo pelo desaparecimento de 27 cidadãos italianos ou filhos de italianos incluídos na lista de "desaparecidos" da Operação Condor, estratégia conjunta criada pelas ditaduras do Cone Sul para perseguir opositores.
Além de Videla, outros 140 ex-repressores latino-americanos, dos quais 58 são argentinos, foram chamados a Roma para responder por crimes cometidos durante essa época.
O advogado italiano Giancarlo Maniga, que representa em Roma os familiares das vítimas da Operação Condor, afirmou à ANSA que Videla não compareceu "a nenhum dos outros julgamentos realizados na Itália por desaparecidos na Argentina".
Em seu país, com a restituição do regime democrático, o general, hoje com 83 anos, foi condenado à prisão perpétua em 1985 pelas mortes e desaparecimentos ocorridos durante seu governo. Cinco anos mais tarde, porém, foi beneficiado por uma lei de indulto aprovada pelo então presidente Carlos Menem.
Em 1998 retornou ao cárcere, mas pouco depois obteve o direito de recorrer ao sistema de prisão domiciliar devido a sua idade avançada. Em outubro do ano passado, porém, sua condição foi revista e ele acabou transferido à prisão de uma base militar que está a 40 quilômetros da capital Buenos Aires.
ANSA
Videla contestou um pedido do juiz Rodolfo Canicoba Corral, de um tribunal de Buenos Aires, refutando a possibilidade de ser enviado à Itália sob a alegação de que já foi processado e condenado na Argentina.
No país europeu, o general deve responder a processo pelo desaparecimento de 27 cidadãos italianos ou filhos de italianos incluídos na lista de "desaparecidos" da Operação Condor, estratégia conjunta criada pelas ditaduras do Cone Sul para perseguir opositores.
Além de Videla, outros 140 ex-repressores latino-americanos, dos quais 58 são argentinos, foram chamados a Roma para responder por crimes cometidos durante essa época.
O advogado italiano Giancarlo Maniga, que representa em Roma os familiares das vítimas da Operação Condor, afirmou à ANSA que Videla não compareceu "a nenhum dos outros julgamentos realizados na Itália por desaparecidos na Argentina".
Em seu país, com a restituição do regime democrático, o general, hoje com 83 anos, foi condenado à prisão perpétua em 1985 pelas mortes e desaparecimentos ocorridos durante seu governo. Cinco anos mais tarde, porém, foi beneficiado por uma lei de indulto aprovada pelo então presidente Carlos Menem.
Em 1998 retornou ao cárcere, mas pouco depois obteve o direito de recorrer ao sistema de prisão domiciliar devido a sua idade avançada. Em outubro do ano passado, porém, sua condição foi revista e ele acabou transferido à prisão de uma base militar que está a 40 quilômetros da capital Buenos Aires.
ANSA
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