18/10/2008
A Itália viveu nesta sexta-feira (17) um dia de caos devido à greve dos funcionários públicos convocada por vários sindicatos e às manifestações organizadas nas grandes cidades contra a política econômica e social do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Os sindicatos Cub, Cobas e Sdl convocaram uma greve de 24 horas nos setores de transporte, saúde e educação, em protesto pelas últimas decisões do Executivo e para pedir aumentos de salário e maior segurança no local de trabalho.
Aos inconvenientes causados pela paralisação dos transportes públicos, que praticamente parou as grandes cidades, somaram-se as manifestações convocadas pelos sindicatos.
Roma foi a cidade mais afetada, com uma manifestação na qual, segundo os organizadores, cerca de 300 mil estudantes protestaram contra a reforma educativa aprovada pelo Governo.
A manifestação, que transcorreu debaixo de chuva pelo centro de Roma, era introduzida por um cartaz que dizia: "Basta com a destruição do trabalho, dos salários, dos direitos, da escola e dos serviços públicos".
Esta resposta massiva "indica que existe vontade de denunciar todas as políticas econômicas" que estão sendo aprovadas por "este Governo, que salva os banqueiros, mas não faz nada pelos postos de trabalho precários e viola" os direitos dos trabalhadores, afirmou o secretário-geral do Cobas, Piero Bernocchi.
O protesto contra a reforma do sistema educacional, que prevê a eliminação de quase 100 mil postos de trabalho entre professores e profissionais não docentes, foi o grande protagonista do dia e as maiores críticas durante as marchas foram dirigidas à ministra de Educação italiana, Maria Stella Gelmini.
Os estudantes e professores criticam, entre outras coisas, a imposição da nota de comportamento como requisito de aprovação.
Outra das medidas que provocou rejeição é a que afetará o ensino para crianças de entre 6 e 11 anos, no qual os alunos voltarão a ter apenas um professor, além do de inglês, em vez do modelo atual, que conta com um professor para cada disciplina.
Nos protestos também participaram membros da esfera universitária, que denunciaram o corte de 8 bilhões de euros na despesa em educação nos próximos orçamentos do Estado.
Além disso, alguns setores da administração pública saíram às ruas, como os membros do Corpo de Bombeiros, que pediram "salários dignos e uma maior sensibilização perante os contratos precários".
Em Milão, a Polícia municipal qualificou a situação dos transportes públicos de "caótica", pois, segundo a empresa que administra o setor, às 10h30 (5h30 de Brasília) a adesão à greve era de 68%.
Segundo os sindicatos, a participação dos trabalhadores do setor do transporte em Turim, no norte do país, alcançou entre 70 e 80%, enquanto a empresa concessionária deste serviço afirma que foi de apenas 35%.
Veneza também viveu um dia de caos no qual os moradores e turistas tomaram táxis e gôndolas para poder ir de um lado a outro da cidade diante da greve das barcas.
Agência EFE
A Itália viveu nesta sexta-feira (17) um dia de caos devido à greve dos funcionários públicos convocada por vários sindicatos e às manifestações organizadas nas grandes cidades contra a política econômica e social do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Os sindicatos Cub, Cobas e Sdl convocaram uma greve de 24 horas nos setores de transporte, saúde e educação, em protesto pelas últimas decisões do Executivo e para pedir aumentos de salário e maior segurança no local de trabalho.
Aos inconvenientes causados pela paralisação dos transportes públicos, que praticamente parou as grandes cidades, somaram-se as manifestações convocadas pelos sindicatos.
Roma foi a cidade mais afetada, com uma manifestação na qual, segundo os organizadores, cerca de 300 mil estudantes protestaram contra a reforma educativa aprovada pelo Governo.
A manifestação, que transcorreu debaixo de chuva pelo centro de Roma, era introduzida por um cartaz que dizia: "Basta com a destruição do trabalho, dos salários, dos direitos, da escola e dos serviços públicos".
Esta resposta massiva "indica que existe vontade de denunciar todas as políticas econômicas" que estão sendo aprovadas por "este Governo, que salva os banqueiros, mas não faz nada pelos postos de trabalho precários e viola" os direitos dos trabalhadores, afirmou o secretário-geral do Cobas, Piero Bernocchi.
O protesto contra a reforma do sistema educacional, que prevê a eliminação de quase 100 mil postos de trabalho entre professores e profissionais não docentes, foi o grande protagonista do dia e as maiores críticas durante as marchas foram dirigidas à ministra de Educação italiana, Maria Stella Gelmini.
Os estudantes e professores criticam, entre outras coisas, a imposição da nota de comportamento como requisito de aprovação.
Outra das medidas que provocou rejeição é a que afetará o ensino para crianças de entre 6 e 11 anos, no qual os alunos voltarão a ter apenas um professor, além do de inglês, em vez do modelo atual, que conta com um professor para cada disciplina.
Nos protestos também participaram membros da esfera universitária, que denunciaram o corte de 8 bilhões de euros na despesa em educação nos próximos orçamentos do Estado.
Além disso, alguns setores da administração pública saíram às ruas, como os membros do Corpo de Bombeiros, que pediram "salários dignos e uma maior sensibilização perante os contratos precários".
Em Milão, a Polícia municipal qualificou a situação dos transportes públicos de "caótica", pois, segundo a empresa que administra o setor, às 10h30 (5h30 de Brasília) a adesão à greve era de 68%.
Segundo os sindicatos, a participação dos trabalhadores do setor do transporte em Turim, no norte do país, alcançou entre 70 e 80%, enquanto a empresa concessionária deste serviço afirma que foi de apenas 35%.
Veneza também viveu um dia de caos no qual os moradores e turistas tomaram táxis e gôndolas para poder ir de um lado a outro da cidade diante da greve das barcas.
Agência EFE
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