sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Governo propõe corte nos recursos para italianos no exterior e gera protestos de instituições e políticos.


Sexta-Feira - 03/10/2008


O substancial corte nos recursos destinados aos italianos no exterior, conforme propõe o Governo no Orçamento (Finanziaria) para o próximo ano, está gerando fortes protestos por parte de integrantes dos partidos de oposição e de lideranças de entidades como o Consiglio Generali degli Italiani all’Estero. A previsão de uma dotação que não supera os 32 milhões de euros simplesmente determinará a paralisia das instituições italianas no exterior e a impossibilidade de intervir, de maneira eficaz, em favor da comunidade em qualquer setor de competência, afirma o secretário-geral da Cgie, Elio Carozza.

Corte proposto pelo Governo nos recursos para os italianos no exterior provoca inconformidade e previsões pessimistas entre políticos e líderes de instituições.


Mais enfático, o responsável pelo setor dos italianos no exterior do Partido Democrático, Maurizio Chocchetti, considera que o atual Governo italiano decidiu ignorar completamente os quase quatro milhões de compatriotas, sua enorme potencialidade e sua legítima expectativa. A seu ver, para o Governo os italianos que residem no exterior não existem mais.

Por seu turno, o também deputado Franco Narducci, presidente da Unione Nazionale Associazioni Imigrati Ed Emigrati – Unaie, considerou a situação gravíssima e disse que, se for mantida a proposta, será preciso dizer adeus aos cursos de língua e cultura italiana no exterior, a assistência aos mais necessitados e ao funcionamento de estruturas de representação, como a Cgie e os Comites. Narducci defende a necessidade de os italianos no mundo se rebelarem contra a proposição.

Conforme o secretário-geral da Cgie, Elio Carozza, o Orçamento de 2008 destinava para os italianos no exterior mais de 82 milhões de euros, e com o corte estabelecido pelo Governo, foi colocado em disponibilidade neste ano cerca de 60 milhões. Com os 32 milhões previstos para 2009, não será possível assegurar nem ao menos um mínimo para os cursos de língua e cultura. Apenas para este quesito, o Orçamento passado previu 34 milhões de euros. Além disso, os recursos destinados à assistência chegaram a 29 milhões.

Carozza defende a necessidade de uma mobilização da comunidade para conscientizar o Parlamento e o Governo para, ao menos, ser mantido o mesmo montante previsto no Orçamento de 2008 em favor dos italianos no exterior.

Oriundi.

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