quinta-feira, 16 de outubro de 2008

GOVERNO ITALIANO PROPÕE CLASSES DIFERENTES PARA ALUNOS IMIGRANTES.




O governo italiano estuda um sistema de acesso à escola específico para os alunos imigrantes, mediante um teste de ingresso, e classes diferentes, o que provocou duras críticas da oposição que classifica a medida como discriminatória.

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira uma emenda apresentada pela ultranacionalista Liga Norte, membro do governo de Silvio Berlusconi, que obriga o Executivo a estudar medidas para 'integrar melhor' os estrangeiros na escola italiana.

A emenda da Liga Norte, que precisa ser aprovada no Parlamento para virar lei, prevê que as crianças imigrantes entrem no colégio 'após aprovação em um teste e provas específicas de avaliação'.

Para aqueles que não aprovados, serão organizadas 'classes ponte' para garantir a inserção do aluno no grupo correspondente.

Além disso, será proibida a inserção de alunos estrangeiros depois de 31 de dezembro, e as crianças imigrantes serão distribuídas nas salas de aula em proporção ao número de alunos italianos.

A Liga Norte afirma que com esta medida quer ajudar os jovens imigrantes a 'se integrarem melhor' na escola e evitar que haja problemas de educação e atraso na aprendizagem dos alunos italianos.

No entanto, os partidos da oposição afirmaram que esta medida é totalmente discriminatória e que freia a integração dos imigrantes.

'É uma vergonha que um país como a Itália, ponte do Mediterrâneo, vote no Parlamento classes especiais para estudantes estrangeiros', declarou o responsável por políticas juvenis do Partido Democrata, Pina Picierno.

'É uma proposta reacionária porque dá a imagem de uma escola fechada, com medo da diversidade, e mina o sério trabalho de tantos colégios e professores que contribuíram com a integração', acrescentou Picierno.

Fonte: Agência EFE

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