domingo, 29 de junho de 2008

PLANOS PARA PUNIR IMIGRANTES ILEGAIS PODEM AFETAR IDOSOS NA ITÁLIA.

30/06/2008

É um símbolo cotidiano, quase comovente, da demografia complicada da Itália: um idoso italiano saindo para tomar ar fresco, às vezes de braços dados com um imigrante que o ajuda.

Os ajudantes geralmente não estão aqui legalmente, mas têm sido tolerados porque fazem o que poucos italianos fazem: cuidam da população do país que envelhece rapidamente.


Mas apesar de a Itália estar envelhecendo, também está mais preocupada com a criminalidade. E para muitos italianos, para quem a imigração é um fenômeno relativamente novo, os imigrantes também têm um papel central nisso.

De acordo com uma lei proposta pela ala ultraconservadora do governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, seria crime doloso chegar à Itália ilegalmente, e a punição seria a prisão.

"Ultimamente você vê muitos policiais nas ruas, alguns à paisana, parando pessoas e pedindo seus documentos", disse Pilar, 31 anos, uma peruana que está no país ilegalmente e que cuida de uma senhora italiana de 76 anos. Ela não informou seu nome completo com medo de ser deportada. "Se eles me pararem, o que vou fazer?", ela disse.

Lei severa

A lei seria uma das mais severas da Europa - e a proposta atraiu grande oposição de partidos políticos de centro-esquerda, organizações de direitos humanos, o Vaticano, as Nações Unidas e até promotores públicos, preocupados com tribunais sobrecarregados.

Em toda a Europa, a atitude não é muito amigável em relação aos imigrantes: o Parlamento da União Européia recentemente votou para permitir que imigrantes ilegais sejam presos em centros de detenção por até 18 meses enquanto aguardam a deportação. A Itália tomaria um passo crucial, tornando crime a entrada no país sem papéis - algo que nem o próprio Berlusconi parece gostar.

Ele recentemente arriscou dizer que seria "irreal" para o Estado prender talvez centenas e milhares de imigrantes ilegais. Mas foi cauteloso ao dizer que essa era "somente uma opinião pessoal", porque ele não está disposto a lidar com os patrocinadores do projeto de lei: a Liga do Norte, partido aliado que uma vez defendeu a separação do norte da Itália, mais próspero, do resto do país.

Indo direto ao ponto: o partido tirou do poder o primeiro governo de Berlusconi em 1994. A lei, que faz parte de um amplo pacote de medidas contra a criminalidade em discussão no Parlamento, em teoria se aplicaria a imigrantes ilegais aqui. Mas especialistas afirmam que é particularmente problemático porque está associada a imigrantes ilegais que cuidam, cada vez mais, dos cidadãos italianos mais velhos.

O motivo é que a Itália construiu um sistema de assistência social informal no estilo "cada um por si" que preserva a importância da família italiana ao trazer ajudantes para os lares familiares em vez de enviar parentes idosos para casas de repousos.

Envelhecimento

Na Itália, onde a expectativa de vida está aumentando e a taxa de natalidade está entre as mais baixas do mundo, o mercado de assistência domiciliar prestado por ajudantes estrangeiros tende a crescer bastante.

O Istat, agência de estatísticas italiana, prevê que em 10 anos 13,4 milhões de italianos - quase um quarto da população - terá 65 anos ou mais. Até 2040, eles representarão um terço de todos os habitantes.

Domenico Volpi, 82 anos, especialista em literatura infantil aposentado que se ocupa escrevendo artigos e livros didáticos, disse que estaria perdido sem Brigida Parales, que se mudou do Equador para a Itália há oito anos.Ela prepara suas refeições, limpa a casa, lembra-o de tomar o remédio e faz companhia a Volpi."Ela é indispensável", disse.

Parales é um dos poucos ajudantes legais. A maioria não é, e especialistas em direitos humanos temem que se lei for aprovada, empregadores que não querem lidar com o incômodo de legalizar sua ajuda ilegal (e os que temem possíveis repercussões judiciais) possam decidir que seus ajudantes são certamente dispensáveis.

"As famílias são ao mesmo tempo culpadas e vítimas da imigração ilegal", disse Maurizio Ambrosini, professor de sociologia da imigração da Universidade de Milão.

"Eles querem leis duras para a imigração ilegal, mas são a razão pela qual muitos imigrantes vêm para a Itália ilegalmente."

Ficou prometido que a polícia não irá rondar parques públicos procurando algemar trabalhadores domésticos que levam os idosos sob seus cuidados para um passeio.

O ministro da assistência social Maurizio Sacconi sugeriu que dispensas podem ser realizadas para alguns dos 405.000 trabalhadores domésticos estrangeiros que se candidataram ao processo de legalização em dezembro do ano passado.

Mas o acalorado debate político dos últimos dias sugere que não será fácil chegar a um acordo. Os números envolvidos - estimativas da quantidade de trabalhadores domésticos ilegais variam amplamente entre 300.000 e 700.000 - também abriram debates sobre mudanças recentes à tradicional família italiana unida.

Família

Paradoxalmente, afirmam sociólogos, o fato de confiar os idosos aos cuidados de um estranho na verdade confirma o papel central da família na sociedade italiana ao adaptar-se ao desaparecimento gradual do modelo de famílias enormes e a entrada das mulheres (que tradicionalmente cuidavam das pessoas mais velhas da família) no mercado de trabalho.

Contratar um ajudante doméstico permite à família "preservar seu papel central como provedor social", afirmou. "Uma coisa é morar em casa", outra bem diferente é ser mandado a algum lugar impessoal, disse Lucilla Catania, escultora que mora em Roma e cuja tia é cuidada por uma mulher da Moldávia. "Minha tia não se acostumaria. Seria arrasador".

A maioria dos italianos, disse Ambrosini, ainda "sente vergonha" de pensar em mandar os idosos da família para casas de repouso. Mas nem poderiam, mesmo se quisessem. Políticas do governo tendem a seguir um modelo que favorece apoio financeiro direto a famílias em vez da criação de uma rede de serviços sociais, incluindo centros de assistência, para idosos.

Os ajudantes que moram nas casas de família - geralmente imigrantes de países do leste europeu, e que antes eram filipinos ou sul-americanos - são mais baratos do que abrigos para idosos, onde os custos são bancados pela família e pelo Estado, que subsidia assistência institucionalizada. Antes de os imigrantes oferecerem essa assistência, havia listas de espera para casas de repouso.

"Agora, essas listas evaporaram", disse Francesco Longo, diretor do Centro de Pesquisa de Saúde e Gerenciamento de Assistência Social na Universidade Bocconi de Milão.

Anistia

A Itália tem muitos imigrantes baratos, ilegais e, por isso, desprotegidos, em parte porque as quotas anuais para imigração legal são pequenas. Em 2002, último ano em que o governo concedeu anistia a trabalhadores não-europeus na Itália, cerca de 270.000 das 600.000 permissões concedidas foi para trabalhadores domésticos.

"É um trabalho onde acordos verbais e informais são comuns", disse Gianfranco Zucca, pesquisador da Associação Católica de Trabalhadores Italianos, que fez um estudo sobre os ajudantes estrangeiros em casas italianas no ano passado.

Um ajudante ilegal pode custar muito menos do que o salário contratual estabelecido, que varia entre 850 euros e 1.050 euros por mês, dependendo do número de horas trabalhadas e excluindo habitação e refeições. Ainda se economiza 20% de pagamentos de previdência social.

Estar sob a mira dos radares burocráticos italianos deixa os imigrantes expostos à exploração cruel. No mês passado, jornais relataram que uma mulher de 75 anos que morava perto de Milão foi presa e acusada de tratar a pessoa romena que lhe ajudava "como um escravo".

A atual "resposta da sociedade italiana" deixou que o Estado se esquivasse de algumas de suas responsabilidades, afirma Ambrosini, e agora tem pouco dinheiro para investir em novos programas.

"O que precisamos é de um sistema mais racional, mais instituições, mais residências", ele disse.

"Nenhum problema com assistência doméstica, mas ela tem que ser organizada por uma estrutura". Isso protege os imigrantes e também garante que as pessoas tenham os cuidados necessários, disse.

Cursos

Alguns administradores locais instituíram uma variedade de cursos e treinamentos para imigrantes ajudantes, assim como agências de colocação profissional. Mas especialistas afirmam que o trabalho ilegal irá se manter enquanto a oferta não acompanhar a demanda.

"O sistema de assistência social atual depende de imigrantes clandestino", e famílias menos abastadas sempre irão procurar soluções de menor custo, disse Alessandro Castegnaro, professor de política social da Universidade de Pádua e diretor do Observatório Social-Religioso para a região nordeste da Itália.

"Dizem que a longo prazo a Europa Oriental vai melhorar e as mulheres vão parar de vir para cá", ela disse. "Mas acredito que, sempre que houver pessoas pobres e uma necessidade, eles virão de algum lugar".

Fonte: G1

VESTIBULAR 2009: CURSO DE LETRAS EM ITALIANO.


Após uma longa espera, finalmente o Curso de Letras da Universidade Federal do Paraná oferecerá, a partir do vestibular de 2009, 15 vagas especificas para licenciatura e bacharelado de Letras - Italiano, segundo divulgou o Núcleo de Concursos da universidade citada.

Até o concurso do ano passado, os candidatos que pretendiam cursar Letras - Italiano precisavam se inscrever para as 25 vagas comuns que abrangiam alemão, grego e latim.

O número específico de vagas é uma reivindicação antiga do Departamento de Letras Estrangeiras da UFPR e da área de Italiano em particular.

A UFPR precisava se adequar ao que já existe há mais de 20 anos em outras grandes universidades, principalmente do centro e do sul do Brasil, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre outras.

Claramente, nestes estados o estudo da língua e da cultura italianas são incentivados pelo grande número de descendentes de italianos que ali residem.

Lucia Sgobaro Zanette, professora-chefe do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFPR, afirma que estas 15 novas vagas são uma conquista importante, já que faltam professores de italiano no Paraná.

Segundo a Secretaria da Educação do Estado do Paraná, dos 33 núcleos existentes pelo menos 30 precisariam e gostariam de oferecer a seus alunos aulas de Língua e Cultura Italianas ministrados por professores com licenciatura pertinente.

Desde 1978, o curso de Letras de Italiano da UFPR conta com a participação de professores italianos, por meio do programa "Professor-Leitor".

No início de 2008, chegou à Universidade a professora Sílvia Pozzati, que está entre os 10 profissionais italianos vinculados ao programa que atuam em outras universidades públicas do Brasil.

O professor-leitor custeado pelo país de origem permanece por um período máximo de cinco anos e ministra aulas na universidade, além de atuar como agente entre esta e o consulado.

Na opinião do professor Antonio Carlos Gondim, assessor de Relações Internacionais da Universidade, as novas vagas do curso de Letras em Italiano tendem a ampliar o intercâmbio de professores e estudantes da universidade com as instituições italianas.

"Hoje já temos uma forte cooperação com a Itália, que tende a aumentar", afirma Gondim.

"Este intercâmbio é importante não só pelas questões científicas e tecnológicas, mas também pela interação cultural", conclui.

A UFPR mantém acordos de cooperação com as universidades italianas de Pisa, Florença, Milão, Pádua, Bolonha e Parma, em diversas áreas do conhecimento.

ANSA

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Governo reafirma decisão de fichar ciganos.


ROMA, 27 JUN (ANSA) - O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni afirmou que não mudará sua decisão de coletar impressões digitais de crianças e adolescentes ciganos (rom), mesmo diante do repúdio generalizado que atingiu quase todos os grupos políticos do país, e não somente a oposição ao governo de Silvio Berlusconi.

Maroni alega que é preciso identificar os jovens ciganos mediante um censo, para então poder oferecer-lhes "uma vida normal, em condições decentes, sem que sejam obrigados a se marginalizar".

Já Vincenzo Spadafora, dirigente do Unicef Itália, declarou recentemente que a medida do atual governo italiano causa "estupor e grave preocupação", pois "poderia causar delicados problemas de discriminação".

"Em respeito ao direito de igualdade de todas as crianças, o governo também poderia propor que se fichem todas as crianças italianas. As crianças ciganas são iguais às demais e, muitas delas, sob todos os efeitos, são cidadãs italianas. (...)

As crianças não podem e nem devem ser tratadas como os adultos", explicou Spadafora, em nome do Unicef (órgão das Nações Unidas para a infância).O coordenador do Conselho Europeu para Atividades e Direitos dos Rom, Henry Scicluna, também se mostrou contrário à medida do ministro italiano.

Ele afirmou que "um censo para contar as crianças que vivem nos acampamentos ciganos na Itália é bom", mas destacou que em nenhum outro país eles são obrigados a fornecer suas impressões digitais.

Alguns parlamentares italianos, como o eurodeputado Vittorio Agnoletto (Re-Fundação Comunista), convidaram a UE a se posicionar contra esta negação dos direitos fundamentais das pessoas.

ANSA

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Calor asfixiante atinge a Itália.


ROMA, 24 JUNHO de 2008

Sol africano sobre a Itália faz aumentar o número de cidades que sofrem com a onda de calor.


Nos próximos três dias são 11 as mais atingidas, segundo o Sistema de alerta do Departamento da Proteção Civil, que monitora 26 centros urbanos.

São 11 as cidades que nos próximos três dias atingirão o nível 3, isto é, o mais alto e de risco, que indica uma situação de calor patológico em curso e que determina um aumento da mortalidade na população: Bolzano (com uma temperatura de 36ºC), Brescia (35ºC) e Verona (38ºC); Civitavecchia chegará ao nível 3 depois de amanhã (temperatura recorde de 39ºC no dia 26); Florença (35ºC), Perugia, Rieti e Roma (36ºC) amanhã e depois de amanhã; Turim, Milão (36ºC) e Latina (37ºC) depois de amanhã.

Outras cidades (Bolonha, Frosinone, Genova, Reggio Calabria e Trieste) estão no nível 2, que indica temperaturas elevadas e condições meteorológicas que podem ter efeitos negativos sobre a saúde da população de risco (idosos, crianças e pessoas com patologias cardiovasculares).

METEOROLOGIA INDICA AR ABAFADO ATÉ O COMEÇO DE JULHO

O Anticiclone dos Açores foi substituído pelo Anticiclone Africano, uma área de alta pressão que lentamente desloca o ar tórrido proveniente diretamente das regiões saarianas: este é o motivo que intensifica o calor e dá a sensação de ar abafado.

Segundo previsões do meteorologista Andrea Giuliacci, do Centro Epson, a alta pressão ficará sob a península até meados da próxima semana.

Nos próximos dias as temperaturas à tarde ficarão entre os 30ºC e os 34ºC, com picos de 36-37ºC e um ar abafado que elevará a percepção térmica para 40ºC. As temperaturas começarão a ficar mais amenas entre 5 e 7 de julho.

ANSA

terça-feira, 24 de junho de 2008

Peppino di Capri, a maior expressão da música Italiana está de volta ao Brasil!


Cem anos podem se passar, mas o romantismo e a nostalgia permanecem para sempre! A saudade ao lembrar as próprias raízes e tempos especiais está de volta.


O palco da Red Eventos, em Jaguariúna, vai receber no dia 12 de julho, a maior expressão da música italiana. O cantor "Peppino di Capri" está de volta para mais uma turnê no Brasil!

Sucesso nas décadas de 60 e 70, quem não se lembra de "Roberta" e "Champagne", canções imortalizadas pelo mundo?

Ganhador de vários festivais, o músico Giuseppe Faiella, o "Peppino di Capri", nasceu em 1939 em Capri.

Aos quatro anos se mostrou um menino prodígio e ao longo de 37 anos de carreira, com milhões de discos vendidos, se tornou mais um mito da música mundial.

Num Brasil de quase 23 milhões de italianos, o cantor retorna para um show que promete emocionar todos os fãs da região.

No repertório ainda "Um Grande Amore", "Niete Piú","Evviva Maria", "Favola Blues", "St. Tropez Twist","Don't Play That Song", "Luna Camprese" e outras músicas.

Serviço: RED EVENTOS
Av. Antártica, 1530 – Jaguariúna - SP
Abertura dos portões 21:00 horas
Início do show: 22:30 horas
Informações: 19.3867-7001

MESAS E CAMAROTES ANTECIPADOS

SETOR A - mesa 4 pessoas – R$ 400,00
SETOR B - mesa 4 pessoas – R$ 320,00
SETOR C - mesa 4 pessoas- R$ 240,00
Camarote - mesa 10 pessoas – R$ 1200,00

SEXTA 19 DE AGOSTO

THE MAMAS & THE PAPAS NA RED EVENTOS EM CAMPINAS

INFO: 19-9106-261519.3867-7001

domingo, 22 de junho de 2008

Imigração: América Latina critica UE.


BRUXELAS, 20 JUN (ANSA)

As críticas da América Latina à decisão européia de repatriar imigrantes ilegais continuavam fortes nesta sexta-feira, com a adesão do governo do Chile e do futuro presidente paraguaio. Em paralelo, a União Européia (UE) rejeitou a advertência do mandatário venezuelano, Hugo Chávez, que ameaçou cortar o fornecimento de petróleo.

O governo chileno disse que, da mesma forma que os europeus foram recebidos na América Latina, os europeus são obrigados a atender os imigrantes, com base nos pronunciamentos que se referem à adoção de uma posição comum na Cúpula do Mercosul, em 1º de julho.

O alto-representante da UE para a Política Externa, Javier Solana, não respondeu nesta sexta-feira (20) à série de críticas da América Latina contra a medida, referindo-se exclusivamente à reação de Chávez, que considerou "absolutamente desproporcional".

"Pelo menos o nosso petróleo não deve chegar aos países europeus que aplicarem as leis migratórias", anunciou Chávez. A diretriz européia (que cada país deverá adotar na sua legislação nacional) estabelece que as pessoas ilegais poderão permanecer presas por até 18 meses.

O texto também prevê que, depois de expulsas, não poderão voltar à Europa por um período de até cinco anos; e que os menores de 18 anos não acompanhados poderão ser repatriados aos seus países.

Diante das expressões de repúdio e indignação na América Latina, o governo espanhol prometeu hoje (20) "um esforço diplomático" para "explicar" a resolução aos governos latino-americanos.

O governo chileno exigiu um tratamento "justo e humanitário" para os imigrantes, "de acordo com o trato generoso e aberto que o Chile e o resto da América Latina ofereceram tradicionalmente aos europeus".

A chancelaria lamentou a Diretriz de Repatriação da UE, adotada na quarta-feira (18) pelo Parlamento Europeu. "Este novo texto tende a criminalizar os imigrantes irregulares, submetendo-os a procedimentos que podem prejudicar seus direitos básicos e que atingem o principio da reunificação familiar, consagrado em diversos instrumentos internacionais de direitos humanos", afirmou.

O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, disse por sua vez que a Europa poderá se transformar em "uma grande prisão de imigrantes" e pediu aos governantes europeus para relembrar a história."Quando eles precisaram, os recebemos de braços abertos na América Latina, especialmente depois das guerras mundiais. Nenhum país os rejeitou", esclareceu.

Lugo afirmou que só na Espanha vivem mais de 50 mil paraguaios sem residência legal, pelo qual em se cumprindo a decisão "a Europa se converterá em um grande presídio de imigrantes, principalmente latino-americanos".

O secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, que é uruguaio, acredita que a diretriz européia mina o clima de confiança indispensável para uma cooperação internacional "efetiva e justa" da governabilidade migratória.

"Estas medidas podem produzir grandes injustiças" e "minam o clima de confiança, harmonia e respeito, indispensável para uma cooperação internacional efetiva e justa" em termos de imigração, comentou em declarações divulgadas em Montevidéu.

A situação de cerca 10 mil uruguaios na Espanha ficará "muito comprometida", posto que correm o risco de ser deportados quando a diretriz entrar em vigor, disse o presidente da Casa Uruguay-Madrid, Daniel Caserta.

Apesar de todas as críticas, a vice-presidente do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, disse hoje (20) que a resolução européia "garante os direitos aos imigrantes".

(ANSA)

sábado, 21 de junho de 2008

Oposição anuncia protesto contra Berlusconi.

ROMA, 20 JUNHO de 2008

A centro-esquerda acusou o chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, de favorecer os seus interesses pessoais sobre os do país e anunciou uma "grande manifestação nacional" de protesto para o segundo semestre deste ano.


"Silvio Berlusconi é incapaz de diferenciar entre interesse privado e público", alertou o líder opositor do Partido dos Democratas (PD), Walter Veltroni, que encabeça a principal formação de oposição e que, pela primeira vez desde a derrota da centro-esquerda nas eleições de abril, reuniu 2.500 delegados.

Veltroni afirmou hoje (20) que a oportunidade de dialogar com a maioria de centro-direita "talvez tenha se perdido definitivamente" depois da aprovação de uma norma que bloqueia processos criminais, um deles contra Berlusconi.

"Estou indignado, mas não surpreso pela aprovação desse texto desejado chefe de governo", destacou o ex-prefeito de Roma. O secretário do PD também anunciou que a oposição organizará uma série de protestos contra o Executivo, que culminarão em uma "grande manifestação nacional".

Em Bruxelas, na Bélgica, o primeiro-ministro respondeu às críticas dizendo que denunciará procuradores e juízes que querem "subverter" a democracia na Itália, e atacou a oposição.

"Não existe uma norma 'salva-Berlusconi'. Estou indignado com isso e direi aos meus advogados que não quero me aproveitar deste texto, posto que quero tomar distância de qualquer suspeita. Trata-se de uma norma que salva todos", opinou o premier, ao falar das emendas do decreto que legitimam a impunidade.

ANSA

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Parlamento Europeu aprova projeto que prevê prisão de até 18 meses para ilegais.


O Parlamento Europeu aprovou o compromisso negociado entre o seu relator e o Conselho sobre a diretiva do retorno de imigrantes ilegais.


Esta diretiva, que constitui uma primeira etapa no sentido de uma política de imigração européia, visa promover o regresso voluntário de imigrantes ilegais e estabelecer normas mínimas no que diz respeito ao período de detenção e à interdição de entrada na UE, bem como garantias processuais.

Os Estados-Membros poderão continuar a aplicar normas mais favoráveis.

O compromisso sobre a chamada "diretiva do retorno", que estabelece normas e procedimentos comuns nos Estados-Membros para o regresso de nacionais de países terceiros em situação irregular, foi aprovado por 369 votos a favor, 197 contra e 106 abstenções, na última quarta-feira (18).

O tratamento de nacionais de países terceiros em situação irregular deverá respeitar normas mínimas comuns. O texto impede que os Estados-Membros apliquem normas menos favoráveis do que as previstas nesta directiva, dando-lhes simultaneamente a liberdade de aplicar normas mais favoráveis.

Promover o regresso voluntário

A diretiva visa promover o "regresso voluntário" de imigrantes ilegais, harmonizando as condições de regresso e estabelecendo certas garantias. O documento estabelece um período máximo de detenção que não poderá ser ultrapassado em nenhum Estado-Membro e introduz uma interdição de entrada na UE para as pessoas que forem expulsas.

A diretiva estabelece um procedimento harmonizado em duas fases: uma decisão de regresso numa primeira fase e, se o imigrante ilegal em causa não regressar de forma voluntária, uma medida de afastamento numa segunda fase. Período de detenção de seis meses, podendo ser ampliado em mais 12 meses O período para a partida voluntária deverá situar-se, de acordo com a diretiva, entre sete e trinta dias.

O período de detenção não poderá exceder os seis meses. Em casos específicos, este período poderá ser prorrogado por mais 12 meses. Uma alteração do PSE visava reduzir o período de detenção para três meses, que poderia ser extensível por mais três.

Em Portugal, a detenção de um cidadão estrangeiro em situação ilegal não pode exceder 60 dias, de acordo com o artigo 146°, n°3 da lei da imigração, que deverá ser mantido na legislação nacional. A detenção será, de acordo com a diretiva, ordenada pelas "autoridades administrativas ou judiciais".

Quando a detenção tiver sido ordenada por autoridades administrativas, os Estados-Membros "preverão um controle jurisdicional célere da legalidade da detenção, a decidir o mais rapidamente possível a contar do início da detenção".

A proposta inicial previa que as ordens de prisão preventiva fossem proferidas pelas autoridades judiciais. Em casos urgentes, poderiam ser emitidas pelas autoridades administrativas, devendo ser confirmadas pelas autoridades judiciais no prazo de 72 horas a contar do início da prisão preventiva.

Uma alteração do PSE que visava reintroduzir o prazo das 72 horas foi rejeitada em plenário. A diretiva prevê que, "em todo o caso, a detenção será reapreciada a intervalos razoáveis, quer a pedido do nacional de país terceiro em causa, quer ex officio. No caso de períodos de detenção prolongados, as reapreciações serão objecto de fiscalização por uma autoridade judicial".

A duração da interdição de entrada na UE não deverá ser superior a cinco anos. Essa duração poderá ser superior "se o nacional de país terceiro constituir uma ameaça grave à ordem pública, à segurança pública ou à segurança nacional". Os Estados-Membros poderão retirar ou suspender uma interdição de entrada em determinados casos concretos.

O imigrante em situação ilegal que se decida pelo regresso voluntário passa a estar numa situação mais favorável do que a do expulsando, na medida em que pode voltar a imigrar legalmente, embora quando o faça no período de três anos tenha a obrigação de reembolsar o Estado pelas quantias gastas com o seu regresso.

Menores e famílias: detenção apenas em "último recurso" A diretiva estipula que os menores não acompanhados e as famílias com menores "só serão detidos como medida de último recurso e durante o período adequado mais curto possível".

Os menores detidos "deverão ter a possibilidade de participar em atividades de lazer, nomeadamente em jogos e atividades recreativas próprias da sua idade, e, em função da duração da permanência, deverão ter acesso ao ensino", diz a diretiva.

Os menores não acompanhados beneficiarão, tanto quanto possível, de alojamento em instituições dotadas de pessoal e instalações que tenham em conta as necessidades de pessoas da sua idade.

Antes de afastar um menor não acompanhado para fora do seu território, "as autoridades do Estado-Membro certificar-se-ão de que o menor será entregue no Estado de regresso a um membro da sua família, a um tutor designado ou a uma estrutura de acolhimento adequada".

Assistência jurídica

De acordo com a diretiva, o nacional de país terceiro "terá a possibilidade de obter a assistência e a representação de um advogado e, se necessário, os serviços de um intérprete".

Os Estados-Membros "asseguram a concessão de assistência jurídica e/ou representação gratuitas", a pedido, nos termos da legislação nacional pertinente ou da regulamentação relativa à assistência jurídica, e "podem prever que a concessão dessa assistência ou representação gratuitas está sujeita às condições previstas na directiva relativa a normas mínimas aplicáveis ao procedimento de concessão e retirada do estatuto de refugiado nos Estados-Membros".

O texto realça a possibilidade de co-financiar as ações nacionais tendentes à assistência jurídica gratuita nos Estados-Membros a título do Fundo Europeu de Regresso 2008-2013.

Transposição para a legislação nacional

O Conselho de Ministros da UE deverá oficializar o acordo sobre a diretiva do retorno em Julho.

Depois, os Estados-Membros terão 24 meses após a data de publicação da diretiva no Jornal Oficial da UE para transpô-la para o direito nacional. No caso das regras relativas à assistência jurídica, o prazo de transposição é de 36 meses.

Esta é a primeira de três diretivas sobre uma política comum de imigração a ser submetida à votação do plenário: a proposta de diretiva que estabelece sanções contra os empregadores de imigrantes ilegais e a proposta relativa às condições de entrada e de residência de nacionais de países terceiros para efeitos de emprego altamente qualificado estão neste momento a ser examinadas na comissão parlamentar das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, devendo chegar a plenário em Outubro ou Novembro.

Itália aplaude decisão do PE de estender prisão para imigrantes ilegais

Ao contrário de organismos como as Nações Unidas que, por meio do Alto Comissariado de Direitos Humanos condenou a decisão do Parlamento Europeu que prevê prisão de até 18 meses para imigrantes ilegais, a Itália gostou da medida.

Ministro italiano para Política Européia, Andrea Ronchi, diz que decisão do Parlamento Europeu sobre imigrantes ilegais é motivo de satisfação.

Conforme o ministro para Política Européia, Andréa Ronchi, “a aprovação é motivo de satisfação para todo o governo italiano”.Na sua opinião, a União Européia, com a decisão, alcança um objetivo importantíssimo: encaminhar a construção de uma arquitetura de normas comuns para a expulsão dos imigrantes clandestinos”.

Conforme o ministro, “é importante sublinhar que a diretiva prevê a extensão da duração da detenção administrativa para extra-comunitários irregulares até 18 meses. Uma medida perfeitamente coerente com as adotadas pelo nosso governo”.

Ansa

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Justiça italiana confirma prisão perpétua para 16 mafiosos napolitanos.


NÁPOLES, Itália, 19 Jun 2008

O tribunal de apelação de Nápoles, sul da Itália, confirmou nesta quinta-feira 16 condenações à prisão perpétua contra membros da família Casalesi, o clã mais poderoso da Camorra, a máfia napolitana.

O tribunal acolheu assim o pedido do promotor, que reclamou a confirmação das condenações por uma série de assassinatos para Francesco Schiavone, ou "Sandokan", 55 anos e preso desde 1998 em uma prisão de alta segurança, e outros três "chefões", Francesco Bidognetti, Michele Zagaria e Antonio Iovine, estes dois últimos em paradeiro desconhecido.


Somente acusados ouviram a leitura do veredicto do processo "Spartacus" contra os Casalesi, considerado um julgamento histórico que recordou o "maxiprocesso" contra a máfia siciliana há 20 anos.

Os outros acusados acompanharam a leitura em suas celas, apor de videoconferência.Na leitura também estava presente o jornalista e ecritor Roberto Saviano, autor de "Gomorra", o livro que revela a atividade do clã Casalesi e que foi alvo de ameaças de morte.

O escritor declarou ter assistido o julgamento para mostrar que não tem medo da máfia e parabenizou a sentença como "uma vitória da justiça".

(AFP)

Senado aprova medida que dá impunidade a premier.


ROMA, 18 JUN (ANSA)

Com folga, o Senado italiano aprovou nesta quarta-feira uma das emendas do decreto-lei sobre segurança proposto pelo primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi.

Apelidada justamente de "salva-Berlusconi", a medida congela por um ano processos judiciais sobre crimes cometidos até 2002, livrando o premier de apuros com a Justiça italiana no curto-prazo.


No mínimo escandalosa - segundo diversos analistas, grupos políticos e jornais europeus, a emenda foi aprovada por uma ampla maioria de 160 senadores em sintonia com Berlusconi e seus interesses. Somente 11 parlamentares da casa votaram contra a proposta.

O texto propõe que os tribunais atribuam prioridade aos processos sobre casos mais recentes e considerados mais graves, ou seja, quando a pena prevista é superior a 10 anos. Assim, ficam suspensos por um ano os casos que remontam a até 30 de junho de 2002, condição em que se enquadram vários processos contra Berlusconi (na época também premier da Itália).

Parte da bancada de oposição ao governo abandonou o plenário do Senado antes da votação, em protesto contra o projeto, que tem o claro objetivo de beneficiar amigos de Berlusconi e ele próprio (acusado de corrupção judicial por subornar testemunhas para "calar" depoimentos indesejáveis na Justiça, sobre supostas ações criminosas dentro de sua cadeia de TV). A oposição acusa-o agora de usar a máquina do Executivo em benefício próprio.

No mais duro ataque aos juízes italianos desde que voltou ao poder, o próprio Berlusconi admitiu, em tom contra-acusatório, que a medida atingirá algumas das "muitas acusações falsas que os magistrados e a extrema-esquerda atentaram contra mim, com fins políticos".

A declaração do premier apareceu em uma carta aberta enviada ao presidente do Senado no início da semana.

O mega-empresário Silvio Berlusconi atinge um marco na história da democracia italiana.

Dono de um time milionário de futebol, da principal editora da Itália, de três canais de televisão (um deles mantido no ar mesmo sendo inconstitucional) e considerado um dos homens mais ricos do país - além de possuir um currículo recheado de acusações, processos e polêmicas, Berlusconi conseguiu em abril sua terceira reeleição como premier da Itália, pela centro-direita italiana e ao lado de grupos ultraconservadores de cunho neofascista.

(ANSA)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

MAÇONARIA AJUDAVA MÁFIA ITALIANA A ATRASAR JULGAMENTOS.


18/06/2008

Oito pessoas, entre elas vários membros da Maçonaria, foram presas nesta terça-feira na Itália por terem ajudado chefes da máfia a atrasar seus julgamentos, anunciou o promotor de Palermo numa conferência de imprensa em Roma.

A máfia, através de subornos, convenceu vários membros da maçonaria a recorrer a suas redes de influência para ajudar que líderes mafiosos de Trapani (oeste da Sicília) e de Agrigente (Sul) tivessem seus julgamentos adiados até que os crimes fossem prescritos, explicou o promotor Messineo.


"Trata-se de uma rede muito complexa que interferia nos julgamentos graças a contactos bem situados", comentou. "Chegavam, inclusive, a traficar o calendário das audiências", esclareceu o vice-promotor Roberto Scarpinato.

O líder dessa rede seria Rodolfo Grancini, de 68 anos, que o promotor descreve como um "trapaceiro com um círculo de amizades de alto nível". Além dos maçons, que não sabe ao certo o número, uma policial da Direcção contra criminalidade do ministério de Interior, um funcionário da Corte de Cassação, vários empresários e um ginecologista de Palermo, já condenado por abuso sexual a uma menor, estão entre os detidos.

Eles serão acusados de associação mafiosa, corrupção, mau uso de dinheiro público, acesso ilegal ao sistema digital da justiça e de violação do segredo de instrução. Também foi notificado um sacerdote jesuíta que mora em Roma e está relacionado com um dos empresários detidos, assinala a imprensa local.

O grão-mestre da `Sereníssima Grande Loja Unidade da Itália, Stefano De Carolis, também está sendo processado nesse caso, segundo a mesma fonte. A investigação foi baptizada "Hiram" e foi iniciada em 2006, através de escutas telefónicas realizadas para outro caso relacionado com a máfia.

Ela foi centrada nas famílias mafiosas de Mazara del Vallo e de Castelvetrano, na região de Trapani, "terra da máfia e da maçonaria", segundo o promotor.

Fonte: AFP

terça-feira, 17 de junho de 2008

VATICANO IMPEDE FILMAGEM DE "ANJOS E DEMÔNIOS" NAS IGREJAS DE ROMA.


Roma, 17/06/2008

O Vicariato de Roma negou as permissões para que o diretor americano Ron Howard grave nas igrejas de Roma cenas do filme "Anjos e Demônios", adaptação do livro de mesmo título de Dan Brown que tem como protagonista o ator Tom Hanks.



A informação foi divulgada pela revista semanal "Sorrisi e Canzoni", que estará disponível nas bancas a partir desta segunda-feira, e que hoje antecipou à imprensa a reportagem dedicada ao filme.

A publicação afirma que a produção americana havia pedido há um ano as permissões ao Vicariato de Roma e ao Ministério do Interior italiano para poder rodar nas igrejas de Santa Maria del Popolo e Santa Maria della Vittoria, dois dos locais onde se desenvolve a história do livro.

Mas a diocese romana se negou a conceder as permissões para gravações no interior das duas igrejas. "Concedemos freqüentemente a entrada a nossas igrejas para filmes que tenham uma finalidade ou compatibilidade com o sentimento religioso, mas não àqueles que possam prejudicá-lo", contou à revista Marco Fibbi, um dos porta-vozes da Diocese de Roma.

Desta maneira, Howard, que começou rodar o longa há poucos dias em Roma, precisou se conformar em gravar só as cenas externas na Praça del Popolo ou na Praça da Rotunda, junto ao Panteão.

Perante esta recusa, o diretor americano recreará na Reggia di Caserta (sul da Itália) alguns dos cenários do interior do Vaticano e das igrejas, enquanto o resto se reproduzirá nos estúdios de Los Angeles, nos Estados Unidos.

A história, que se desenvolve principalmente em Roma e Cidade do Vaticano, conta como protagonista o ator americano Tom Hanks, que interpretará o professor Robert Langdon, da mesma forma que no outro longa baseado no livro de Brown, "O Código da Vinci".

O papel da investigadora Vittoria Vetra será interpretado pelo israelense Ayelet Zurer, enquanto o britânico Ewan McGregor será o camarlengo Carlo Ventresca.

Fonte: Agência EFE

segunda-feira, 16 de junho de 2008

PAPA PEDE A ITALIANOS COMPAIXÃO PELOS IMIGRANTES.


16/06/2008

O papa Bento 16 aproveitou uma viagem para o sul da Itália para fazer um chamado aos italianos --que estão enredados em um ardoroso debate sobre imigração-- para que mostrem solidariedade diante dos pobres e sofredores que chegam às costas do país em busca de uma vida melhor.


O papa fez seu apelo durante uma viagem de fim de semana a Brindisi, porto no sul da Itália que é há séculos ponto de chegada de imigrantes e refugiados.

'Nos últimos anos, jornais e a televisão têm nos mostrado imagens de refugiados chegando a Brindisi, vindos da Croácia, Montenegro, Albânia e Macedônia', disse ele para uma multidão no centro de Brindisi na noite de sábado, agradecendo à cidade por sua generosidade em relação aos imigrantes.

Num sermão em uma missão a céu aberto no porto onde imigrantes dos Bálcãs chegaram em grande número nos anos 1990, Bento 16 voltou ao tema da compaixão pelos necessitados. Ele disse aos ouvintes que Cristo ensinou amor e caridade pelos fracos e pobres.

'A compaixão cristã nada tem a ver com pietismo (piedade exagerada ou afetada) ou com depender de doações', disse o papa, de 81 anos, a uma multidão de cerca de 70 mil pessoas nas docas. 'Em vez disso, é sinônimo de solidariedade e compartilhar.'

A imigração foi o tema mais forte nas eleições gerais de abril vencidas pelo conservador Silvio Berlusconi, cujos aliados incluem a antiimigrante Liga Norte e o partido direitista Aliança Nacional.

A Igreja tem manifestado preocupação com a repressão à imigração, que inclui uma nova legislação que torna a imigração ilegal um crime punido com prisão.

Fonte: Reuters

domingo, 15 de junho de 2008

GOVERNO DIZ QUE 80% DOS ITALIANOS APÓIAM EXÉRCITO NAS RUAS DO PAÍS.


15/06/2008

O ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, afirmou neste sábado que 80% dos cidadãos de seu país são a favor da decisão do governo de enviar 2.500 soldados para reforçar a segurança nas ruas do país.

Em entrevista transmitida pelo canal SKY tg24, La Russa disse que as pesquisas apontam que a maioria dos italianos não se importam em ver militares nas ruas, pois "só querem um pouco de segurança e melhores condições de vida".


"Isto é dever das forças da ordem e do Ministro do Interior, mas neste momento não existem os recursos nem os homens, por isso o exército expressou sua disponibilidade", afirmou o ministro da Defesa.

Em uma enquete realizada pela SKY tg24, apontou que 82% dos italianos se mostraram a favor da decisão do governo do conservador Silvio Berlusconi de usar as Forças Armadas para patrulhar as cidades. La Russa disse ainda que serão destacados 2.500 soldados para um "experimento" de seis meses.

A utilização do exército para vigiar as ruas das grandes cidades é outra das medidas que serão incluídas no projeto de lei sobre segurança apresentado em maio pelo governo e que deve ser ainda aprovado pelo parlamento italiano. A medida de destacamento de militares para os centros urbanos gerou críticas da oposição.

"A utilização do exército para funções de ordem pública significa querer enfrentar o tema da segurança com iniciativas pouco eficazes", disse neste sábado o opositor Partido Democrata. Para o líder do partido de oposição Itália dos Valores, Antonio di Pietro, "a missão do exército é defender o Estado de agressões externas, enquanto a ordem pública tem que ser assegurada pelas forças da Polícia".

Fonte: Agência EFE

sábado, 14 de junho de 2008

"Europa não pode recomeçar do zero".


ROMA, 13 JUNHO 2008

O "não" venceu o referendo irlandês sobre o Tratado de Lisboa, com 53,4% dos votos (862.415), contra os 46,6% do "sim" (752.451), com uma afluência de 51,26% dos habilitados para votar.

O "sim" venceu em sete circunscrições eleitorais, quatro das quais em Dublin, onde em três casos superou os 60%. Nas 36 restantes a vitória foi do "não".

Urnas sao abertas no RDS em Dublin para a contagem dos votos do referendo sobre o Tratado de Lisboa.

NAPOLITANO DEFENDE EXCLUSÃO DE QUEM BLOQUEIA TRATADO

"É hora de uma escolha corajosa pelos que querem um desenvolvimento coerente com a construção européia, deixando de fora quem ameaça bloqueá-la", afirmou o chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, após a vitória do "não" no referendo irlandês para a aprovação do Tratado de Lisboa.

"Em não se superando a regra da unanimidade para a ratificação dos tratados, a União Européia estará condenada à paralisia e à dissolução. As forças políticas e os governos europeus de tradição têm a responsabilidade histórica de se empenhar para afastar este risco e preservar o patrimônio de 50 aos de conquistas inestimáveis", acrescentou o presidente italiano.

"NÃO" IRLANDÊS NÃO PODE FAZER A EUROPA RECOMEÇAR DO ZERO

Em comentário sobre a vitória do "não" no referendo da Irlanda sobre o Tratado de Lisboa, o presidente da Itália declarou que "não se pode sequer imaginar ter que recomeçar do zero".

"Também não se pode pensar que a decisão de pouco mais da metade dos eleitores de um país que representa menos de 1% da população da UE possa impedir o indispensável, e agora urgente, processo de reforma", acrescentou.

"Por seis anos os governos de todos os Estados atualmente membros da União Européia confrontaram e conduziram negociações sobre um novo tratado: aquele constitucional, do qual não se completou o processo de ratificação; e depois o de Lisboa. Ambos os tratados foram escritos por chefes de governo de todos os Estados-membros", disse Napolitano.

A ratificação deverá seguir adiante até alcançar rapidamente a soma de 4/5, para que o Conselho Europeu possa, na seqüência e com base no Artigo 48 do novo Tratado, tomar sua decisão", prosseguiu o presidente.

"GOLPE DURO PARA A RECONSTRUÇÃO DA EUROPA"

Já o chanceler italiano, Franco Frattini, declarou que "a estrada da integração européia não pode ser interrompida. Devemos retomá-la, trabalhando juntos, evitando acelerações unilaterais, que não ajudam nem o progresso da Europa nem o objetivo de um forte relançamento de nossa ação comum".

"Trata-se de um grave golpe para a construção européia, que por enquanto não permite a adoção de decisões essenciais sobre segurança, imigração, política energética ou proteção ambiental.Exatamente as decisões que, se já tivessem sido tomadas, poderiam mostrar aos cidadãos a verdadeira diferença entre a abordagem européia e a nacional", opinou Frattini em se referindo ao referendo irlandês.

"Recebemos a notícia do resultado negativo do referendo na Irlanda com preocupação e pesar, no pleno respeito da vontade soberana expressa pelo povo amigo da Irlanda", afirmou o chanceler.

"Não temos um presidente fixo no Conselho Europeu, não temos uma figura institucional capaz de falar com uma única voz em nome da Europa na política externa. Manteremos o direito de veto nacional em questões importantes", observou Frattini.

ANSA

sexta-feira, 13 de junho de 2008

13 de junho é Dia de Santo Antônio.


Conhecido como santa casamenteiro, Santo Antônio tem milhares de devotos espalhados pelo Brasil e também em Portugal.

Seu dia é comemorado em 13 de junho, em meio às festas juninas, por isso Antônio é um dos santos mais lembrados nessas festas.

Normalmente, sua figura é representada carregando o menino Jesus em seus braços.


Muitas mocinhas afoitas para encontrar um marido retiram o bebê dos braços do santo e prometem devolvê-lo depois de alcançarem seu pedido. Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo e dizem que só mudam de posição quando Santo Antônio descolar um marido para elas. Essas simpatias geralmente são feitas na madrugada do dia 13.

Mas nem só de casamento vive o santo. Ele também é conhecido por ajudar as pessoas a encontrarem objetos.

Em uma reza conhecida como "os responsos", o santo é invocado para achar coisas perdidas.

Numa outra cerimônia, conhecida como trezena, os fiéis entoam cânticos, soltam fogos, e celebram comes e bebes e uma fogueira com o formato de um quadrado. Essa festança acontece de 1° a 13 de junho.

Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo o dia 13 de junho, as igrejas distribuem aos pobres os famosos pãezinhos de Santo Antônio.

A tradição diz que esse alimento deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, para a garantia de que não faltará comida durante todo o ano.

Fonte: Terra.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

12/6: DIA MUNDIAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL.


ROMA, 12 JUN (ANSA)

No mundo são cerca de 165 milhões as crianças entre 5 e 14 anos que trabalham e destas 74 milhões exercem atividades consideradas perigosas.

O número de menores de idade explorados pula para 218 milhões em se considerando a faixa etária entre os cinco e os 17 anos.

Além disso, segundo dados recentes sobre o número de inscritos na escola, seriam 72 milhões as crianças em idade de ensino fundamental não alfabetizadas.


Esta é a realidade dramática de crianças obrigadas a entrar precocemente no mercado de trabalho, segundo a Organização Internacional do Trabalho (ILO), que promove todo dia 12 de junho, o Dia contra o Trabalho Infantil, dedicado este ano ao tema da educação.

Com base no último relatório mundial da ILO sobre o trabalho infantil, no mundo um menor em cada sete desenvolve alguma atividade laboral: com 122,3 milhões de crianças economicamente ativas, a Ásia e o Pacífico representam a região com o maior número de trabalhadores menores de idade no mundo (equivalente a quase 20%). A África subsaariana, com 26% (cerca de 50 milhões de trabalhadores infantis) é a região com a maior incidência de crianças ativas no mercado laboral.

Já a América Latina e o Caribe apresentam uma rápida redução do trabalho de menores de idade: este número caiu em dois terços entre 2000 e 2004, com 5% (5,7 milhões) de menores entre 5 e 14 anos ainda implicados no trabalho infantil.

Esta realidade caracteriza não só os países em vias de desenvolvimento, mas também os industrializados, onde em 2000 trabalhavam cerca de 2,5 milhões de crianças com menos de 15 anos.

Quanto aos setores nos quais as crianças-trabalhadoras são usadas, destaca-se a agricultura com cerca de 70% do total; 22% dos menores que trabalham são ativos no setor dos serviços e 9% no da indústria (que também compreende trabalho em minas e no setor da construção).

Segundo os dados da ILO, o número de menores trabalhadores entre 2000 e 2004 caiu em 11% e a diminuição mais relevante (26%) se registrou em trabalhos de risco.

Segundo a citada organização, para reduzir o fenômeno do trabalho infantil é fundamental estender o acesso à educação gratuita e obrigatória.

Um estudo da ILO destaca que a extirpação do trabalho infantil e a sua substituição pela educação universal oferecem benefícios incomensuráveis do ponto de vista econômico e social. Globalmente, os benefícios superam os custos em uma relação de 6 para 1; e cada ano suplementar de escola (até os 14 anos) gera para o futuro 11% de renda a mais por ano.

Além disso, o ensino também deve ser de qualidade, observa a ILO, lembrando que, segundo um recente relatório da iniciativa Education for All (EFA), no mundo são necessários 18 milhões de novos professores no ensino fundamental, em se desejando atingir as metas da educação básica universal até 2015.

ANSA

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Teste de idoneidade para obter cidadania.

ROMA, 10 JUNHO

Um teste de idoneidade para os imigrantes que querem a cidadania italiana. É o que propõe Roberto Cota, da Liga Norte, durante entrevista a Klaus Davi para Klauscondicio no You Tube.


O líder da Liga na Câmara dos Deputados foi contra a idéia de alguns internautas de promover uma espécie de "carteirinha com pontos" para os imigrantes que querem se tornar cidadãos italianos. A tal carteirinha pontuada teria por base o respeito à legalidade.

Em vez disso, Cota lançou uma contraproposta. "A cidadania é algo muito sério, que não é possível conceder a qualquer um", comenta. "Os 10 anos previstos por lei não devem reduzir-se. É preciso também introduzir um exame que compreenda o conhecimento da língua, da cultura, das tradições, da história e da educação cívica.

O italiano em potencial deve provar que aceita, no profundo do seu coração, o nosso sistema de regras. Não podemos aceitar gente que se torna italiana e que depois despreza nossas regras".

(ANSA)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Roma começa esquema especial para visita de Bush.


ROMA, 9 JUNHO

A polícia de Roma irá colocar em ação, a partir da noite dessa terça-feira, um plano de segurança especial preparado para a visita à cidade do presidente norte-americano, George W. Bush. O elegante bairro romano de Parioli, onde se encontra a residência do embaixador norte-americano, Villa Taverna, será a região de início da operação, que incluiu a proibição do estacionamento nas ruas próximas.


Bush irá se hospedar em Villa Taverna durante sua estadia em Roma, entre a noite de quarta-feira e a manhã de sexta. Nas proximidades de Villa Taverna serão inspecionados os edifícios, removidos os depósitos de lixo e controladas as ruas e subsolos.

Desde a quarta-feira pela manhã essa será a única região isolada da visita oficial de Bush a capital italiana. A central de polícia organizou também o fechamento temporário de ruas durante a passagem do cortejo presidencial e dos automóveis da escolta. Bush, segundo o programa elaborado pelo cerimonial norte-americano, após chegar no final da tarde de quarta-feira ao aeroporto militar de Ciampino, irá diretamente à Villa Taverna e não terá nenhum compromisso oficial.

Na quinta-feira ele irá se reunir com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, e com o chefe de Governo, Silvio Berlusconi. Na sexta-feira pela manhã Bush será recebido pelo papa Bento XVI no Vaticano. O programa ainda está em fase de preparação e pode sofrer mudanças de última hora.

(ANSA)

domingo, 8 de junho de 2008

Luta contra a máfia começa nas escolas.


NÁPOLES, 6 JUN (ANSA)

O secretário regional do partido Itália dos Valores na região da Campania, Nello Formisano, propôs que o filme "Gomorra" seja exibido nas escolas italianas como "instrumento de luta contra a máfia".

O filme "Gomorra" (2008), dirigido por Matteo Garrone, é uma adaptação ao cinema do livro de Roberto Saviano que retrata de modo seco e preciso o funcionamento da máfia napolitana Camorra e recebeu o "Grande Prêmio" no Festival de Cannes deste ano.

"Todos nós o aplaudimos com convicção, pelo significado profundo do livro de Roberto Saviano e do filme de Matteo Garrone, justamente premiado no Festival de Cannes", afirma uma nota assinada por Formisano.

"Agora livro e filme podem e devem ser usados dignamente, podem e devem ser instrumentos na luta contra a Camorra e se tornarem mais uma ferramenta de leitura entre os mais jovens".

"O melhor contexto é aquele das escolas", explica. "Ali, de fato, por meio da visão do filme e da leitura do livro, poderia abrir-se um debate com os estudantes, para entender de fato a realidade que os circunda e para encontrar instrumentos com os quais alterá-la".

"A política e as instituições devem dar o exemplo, mas aos jovens pedimos que façam uma escolha limpa, visando percorrer o caminho da legalidade. Por eles mesmos, pelo seu futuro e pelo futuro da Itália", acrescenta a nota, em referência à sedução que a máfia exerce sobre os jovens italianos, desiludidos com o sistema político.

O partido Itália dos Valores é dirigido pelo juíz Antonio Di Pietro, magistrado que ficou conhecido como um dos protagonistas da operação "Mãos Limpas", uma investigação dos anos 90 contra a corrupção nos altos círculos de poder italianos.

(ANSA)

sábado, 7 de junho de 2008

Morre o cineasta Dino Risi, pai da comédia italiana.

Sábado, 7 de junho de 2008

O cineasta italiano Dino Risi, pai da comédia italiana, morreu na manhã deste sábado em Roma, aos 91 anos, segundo a imprensa local. Risi, nascido em 23 de dezembro de 1916 em Milão, se tornou nos anos 50 em um dos grandes realizadores das comédias italianas, com grandes sucessos como Os Monstros, de 1963.



O cineasta trabalhou com os principais atores italianos da segunda metade do século XX, em especial Sophia Loren, Vittorio Gassman, Alberto Sordi e Ugo Tognazzi.

Risi realizou 54 filmes em meio século, em que apresentou um sutil retrato da sociedade italiana. Ele era formado em medicina e especializado em psiquiatria e antes de se lançar no cinema foi crítico, roteirista e produtor de documentários.

O italiano começou sua carreira como assistente de Mario Soldati em Piccolo mondo antico (1941) e de Alberto Lattuada em Giacomo l'idealista (1942). Filmou cerca de 20 curtas nos anos 40.
Na década de 50, se instalou em Roma para definitivamente se consagrar no cinema. Em 1951, filmou Vacanze col gangster e em 1955 Pane, amore e... com Sophia Loren.

Seu primeiro filme de sucesso foi Poveri ma belli, realizado em 1956. Também filmou Profumo di donna (Perfume de Mulher), em 1974, com Gassman e Agostina Belli, com o qual recebeu um César de melhor filme estrangeiro na França.

Dino Risi recebeu um Leão de Ouro por sua carreira em Veneza (2002). Após a morte de Michelangelo Antonioni e de Ingmar Bergman, em julho de 2007, Dino Risi, com 90 anos de idade, disse que "poderia ir de uma hora para a outra, mas vou esperar, porque se morro agora, os jornais colocarão a informação na parte de esportes".

AFP

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Preços disparam após cúpula.

ROMA, 6 JUN (ANSA)

Os preços dos produtos agrícolas para consumo registraram aumentos extraordinários em um único dia, imediatamente após a conclusão ontem (5) da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança alimentar, Mudanças climáticas e Bioenergia, em Roma, o que evidencia que o mercado é objeto de manobras de especulação fora de controle, informou hoje (6) a organização agrária italiana Coldiretti.


O relatório desta entidade soma-se às expressões inconformadas pelos resultados de Cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que deliberou durante três dias na capital italiana. A Coldiretti, a associação que reúne o maior número de agricultores italianos, disse hoje (6) em um comunicado que "com a aprovação da declaração final a Cúpula da FAO aumentaram os preços de todos os produtos agrícolas com aumentos recorde, em um único dia".

Estes aumentos "variam de 4% no caso dos grãos de arroz, trigo e soja; e de 5% do milho no Chicago Board of Trade, que representa o ponto de referência para o comércio internacional das matérias-primas agrícolas", explicou. "O aumento repentino dos preços dos produtos agrícolas parece sugerir que os compromissos assumidos pela Cúpula da FAO não são capazes de deter a especulação internacional que se deslocou dos mercados financeiros para os produtos agrícolas", acrescentou o comunicado.

A visão crítica dos resultados da reunião também foi expressa pelo Osservatore Romano, o jornal oficial da Santa Sé, pelo governo da Venezuela e pelo ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, que afirmou que "as cúpulas só servem quando estão bem preparadas". "É muito melhor colocar em marcha um plano de ação concreto na prática, do que lotar hotéis luxuosos e caros de Roma com uma porção de gente durante dias e dias", acrescentou Wolfowitz em declarações ao jornal Corriere della Sera.

(ANSA)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

FESTA ITALIANA NO BRÁS AGUARDA 140 MIL PESSOAS.

04/06/2008

A Festa de São Vito Mártir, uma das mais tradicionais celebrações italianas da cidade, no Brás, começou nesta terça-feira e vai até 13 de julho, aos sábados e domingos. Para este ano, em sua 11ª edição, está prevista a participação de 140 mil pessoas, ante 120 mil em 2007. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) deve participar da abertura, às 20h30.

Mamas da Festa de San vito.

Em uma área de 1,2 mil metros quadrados da Rua Polignano a Mare, enfeitada com bandeirolas, banners e iluminação especial, será possível experimentar pratos da cozinha italiana feitos por "mammas", como ficazella (uma espécie de fogazza), gumirella (churrasco polignese), macarronada, doces italianos, antepastos e pães. Também será ocupada a Rua do Lucas, o que fará com que a área utilizada chegue a 2 mil m², todos cobertos. Os freqüentadores pagarão R$ 25 no sábado e R$ 20 aos domingos para participar. Os lucros serão revertidos para as obras sociais da Paróquia de São Vito Mártir.

Com o ingresso, terão direito, nas 30 barracas montadas no local, a um antepasto, uma ficazella, um prato de massa, uma bebida e um tíquete para os sorteios promovidos na cantina. Aproveitarão, também, os shows do cantor Fred Rovella e sua banda, para proporcionar aquele clima de festa na casa dos amigos. As músicas mais pedidas, tradicionalmente, são Funiculi Funiculá, Tarantella, Volare, Uei! Paisano e Dio Come ti Amo.

CULTURA

A festa também terá um lado cultural. A fotógrafa Ângela Di Sessa vai filmar os participantes e ouvir suas histórias sobre a memória italiana em São Paulo. "A nossa idéia é expor o trabalho Santu Paulo, sobre a visão da cidade para os imigrantes", afirmou. O artista plástico Dario Bueno vai expor uma de suas obras, que expõe a história da cidade por meio de 450 malas. O Memorial do Imigrante vai participar com a mostra Cancioneiro da Imigração, que discorre sobre as várias ondas de imigração da metrópole. De acordo com o diácono Alfredo Meletti, organizador da festa, os lucros serão investidos em atividades como a manutenção das obras sociais da paróquia e um projeto de inclusão digital no bairro.

A festa é das 17 à meia-noite aos sábados e das 17 às 23 horas aos domingos. Convites pelo (11) 3227-2296 ou em http://www.igrejasaovito.org/.

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 3 de junho de 2008

"800 milhões de famintos, um insulto à humanidade!".

ROMA, 3 JUNHO

O presidente Lula afirmou nesta terça-feira, durante seu discurso na abertura da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança alimentar, Mudanças climáticas e Bioenergia, que "mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo vão dormir com fome e isso é um insulto à humanidade".


"Para entender plenamente as verdadeiras razões da crise alimentar atual, é indispensável afastar o sinal de fumaça lançado pelos lobbies poderosos que pretendem atribuir à produção de etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos", sustentou Lula.

Para o presidente, a alta dos preços dos alimentos "não tem uma única explicação", mas é na verdade fruto de uma "combinação de fatores: o aumento do petróleo que afeta os custos dos fertilizantes e dos fretes, a especulação nos mercados financeiros, a redução nos estoques mundiais e a manutenção de políticas protecionistas absurdas na agricultura dos países ricos".

"Quem diz que a cana-de-açúcar está invadindo a Amazônia diz besteira", comentou Lula defendendo o programa nacional para a produção de bioetanol.

"99,7% das plantações de cana estão a pelo menos 2 mil quilômetros da Amazônia, uma distância similar àquela entre o Vaticano e o Kremlin", continuou o presidente.

"No Brasil existem aproximadamente 77 milhões de hectares de terras agrícolas, fora da Amazônia, ainda não utilizados, uma área igual à da França e Alemanha juntas", acrescentou Lula, que concluiu: "Nosso etanol retirado da cana-de-açúcar não agride a Amazônia, não retira terra da produção de alimentos nem provoca uma queda na oferta de alimentos na mesa dos brasileiros e do mundo".

(ANSA)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

LULA FALA DE PERSEGUIÇÃO A IMIGRANTES BRASILEIROS NA EUROPA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (01/06) que espera que a perseguição aos imigrantes que chegam à Europa não aconteça também com os brasileiros.

Lula falou a jornalistas em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Roma. A declaração foi feita quando o presidente falava das boas relações empresariais entre Brasil e Itália.


"Acho que só tende a melhorar a relação Brasil e Itália. Eu trabalho com a convicção de que essa perseguição aos imigrantes que está acontecendo hoje na Europa - e também aqui na Itália - de que ela não aconteça com brasileiros", disse Lula.

"Toda vez que alguém quiser perseguir um brasileiro, tem que lembrar que o Brasil age com coração de mãe. Aquele país recebeu muito bem os italianos, os espanhóis, os portugueses, os japoneses, os chineses, os coreanos, os paraguaios, os bolivianos, os alemães."

"Ou seja, nós não queremos nada mais, só queremos que as pessoas nos tratem como nós às tratamos a vida inteira. E aí seremos felizes para todo o sempre."

Berlusconi Em visita a Itália até terça-feira para uma conferência internacional sobre preço dos alimentos, Lula não se encontrará com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

Lula disse que deve se encontrar com Berlusconi em outubro deste ano, quando pretende fazer uma viagem oficial à Itália.

Berlusconi assumiu o cargo de primeiro-ministro em abril deste ano e prometeu aumentar o rigor contra os imigrantes no país.

"Vamos fechar as fronteiras e aplicar a lei Bossi-Fini", afirmou Berlusconi ao assumir, fazendo referência à lei que restringe a entrada de estrangeiros no país.

A Itália - ao lado de Portugal - é um dos países europeus que mais recebe imigrantes brasileiros. Estima-se que mais de 60 mil brasileiros vivem no país.

Fonte: BBC Brasil

SENADORA ITALIANA DIZ QUE IRÃ É MAIOR AMEAÇA À PAZ ENTRE PAÍSES QUE PARTICIPAM DE CONFERÊNCIA DA ONU.


02/06/2008

A vice-presidente do Senado italiano, senadora Emma Bonino, definiu o Irã do presidente Mahmoud Ahmadinejad como o Estado que mais oferece ameaça ao conjunto democrático representado pelos países que se reúnem na Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia, a partir desta terça-feira.

- É claro que a Cúpula da FAO não vai reunir a 'liga das democracias' - ironiza a senadora, "mas eu fico com a idéia de que o Irã representa algo a mais como ameaça".

- Fico a me perguntar se basta isolá-lo, e não falar com Ahmadinejad, e se é um isolamento coerente de toda a comunidade internacional.

Sobre a crise alimentar, Emma Bonino acredita que "agora o problema da fome no mundo diz respeito a países muito importantes do ponto de vista da estabilidade internacional".

Fonte:ANSA

domingo, 1 de junho de 2008

Alitalia à venda.


O governo italiano aprovou hoje um decreto para relançar a venda da companhia aérea Alitalia, que se encontra em uma situação "crítica", informou o ministro da Economia, Giulio Tremonti.


Considerando a situação da estatal aérea, o Executivo adotou um decreto que permite acelerar o processo de privatização sempre em respeito às regras européias, acrescentou o ministro após uma reunião do gabinete.

A diretoria da Alitalia se reunirá em 3 de junho para tomar nota do relançamento da venda e o Instituto Intesa Sanpaolo será o banco conselheiro do Ministério da Economia para conduzir o processo, disse Tremonti.

O ministro não excluiu que o banco italiano possa contribuir no relançamento da companhia aérea. "Intesa Sanpaolo será o banco assessor. Se posteriormente se tornar ou não um investidor, isto ainda ficará por decidir", destacou.

Interrogado sobre o calendário desta venda, o ministro respondeu: "Quanto antes melhor". Depois da retirada da oferta de compra de Air France-KLM, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, então em campanha para as eleições de 13 e 14 de abril, anunciou a chegada de um consórcio de investidores italianos para relançar a companhia aérea. Essa aliança não se concretizou até hoje.

A companhia italiana Air One, a segunda em importância na península, com freqüência citada como possível sócia para a Alitalia, era apoiada por Intesa Sanpaolo durante a tentativa anterior de venda da companhia aérea de bandeira.

Recentemente, o governo italiano concedeu à Alitalia um empréstimo de urgência de € 300 milhões que poderá transformar-se em fundos próprios visando evitar a bancarrota. O Executivo deve justificar este empréstimo perante a Comissão Européia ainda hoje (30), prazo final que lhe foi concedido.

(ANSA)