ROMA, 6 JUN (ANSA)
Os preços dos produtos agrícolas para consumo registraram aumentos extraordinários em um único dia, imediatamente após a conclusão ontem (5) da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança alimentar, Mudanças climáticas e Bioenergia, em Roma, o que evidencia que o mercado é objeto de manobras de especulação fora de controle, informou hoje (6) a organização agrária italiana Coldiretti.
Os preços dos produtos agrícolas para consumo registraram aumentos extraordinários em um único dia, imediatamente após a conclusão ontem (5) da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança alimentar, Mudanças climáticas e Bioenergia, em Roma, o que evidencia que o mercado é objeto de manobras de especulação fora de controle, informou hoje (6) a organização agrária italiana Coldiretti.
O relatório desta entidade soma-se às expressões inconformadas pelos resultados de Cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que deliberou durante três dias na capital italiana. A Coldiretti, a associação que reúne o maior número de agricultores italianos, disse hoje (6) em um comunicado que "com a aprovação da declaração final a Cúpula da FAO aumentaram os preços de todos os produtos agrícolas com aumentos recorde, em um único dia".
Estes aumentos "variam de 4% no caso dos grãos de arroz, trigo e soja; e de 5% do milho no Chicago Board of Trade, que representa o ponto de referência para o comércio internacional das matérias-primas agrícolas", explicou. "O aumento repentino dos preços dos produtos agrícolas parece sugerir que os compromissos assumidos pela Cúpula da FAO não são capazes de deter a especulação internacional que se deslocou dos mercados financeiros para os produtos agrícolas", acrescentou o comunicado.
A visão crítica dos resultados da reunião também foi expressa pelo Osservatore Romano, o jornal oficial da Santa Sé, pelo governo da Venezuela e pelo ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, que afirmou que "as cúpulas só servem quando estão bem preparadas". "É muito melhor colocar em marcha um plano de ação concreto na prática, do que lotar hotéis luxuosos e caros de Roma com uma porção de gente durante dias e dias", acrescentou Wolfowitz em declarações ao jornal Corriere della Sera.
(ANSA)
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