Chegou aos cinemas nesta sexta-feira (19/12) "Gomorra". Dirigido pelo italiano Matteo Garrone, o filme é baseado no livro homônimo de não-ficção do jornalista napolitano Roberto Saviano, que, desde 2006, anda o tempo todo com proteção policial --teria sido jurado de morte pela Camorra, organização criminosa sediada na região sul da Itália.
Sérgio Rizzo, crítico da Folha, diz que a carreira internacional do longa-metragem começou no Festival de Cannes, em maio, onde conquistou o Grande Prêmio do Júri. "É uma espécie de vice-campeonato. O campeão leva a Palma de Ouro, e o segundo filme preferido pelo júri leva o Grande Prêmio", explica.
Sérgio Rizzo fala sobre Gomorra
Na premiação da Academia Européia de Cinema, o trabalho de Garrone teve cinco indicações --inclusive a de melhor diretor-- e representa a Itália na corrida ao Oscar de melhor produção estrangeira.
"Gomorra" retrata a realidade de gângsters, tema que remete o espectador ao "O Poderoso Chefão" (1972), de Francis Ford Coppola. Segundo Rizzo, o clássico apresenta uma roupagem épica ao romantizar personagens que são figuras do mundo do crime.
"Em 'Gomorra', as coisas se dão de uma outra maneira. Ninguém deve esperar nenhuma espécie de romantização de personagens nem mesmo de estilização da violência. A atuação da máfia é descrita de maneira bruta, muito realista, às vezes lembrando mesmo o estilo de um documentário", esclarece o crítico.
Para ele, o filme ajuda a entender a economia do mundo atual, pois a atuação da máfia italiana não envolve somente representantes das classes trabalhadoras, mas as conexões que ela estabelece com o tráfico.
"No filme, o tráfico de drogas é feito pelos colombianos. A máfia, de certa maneira, possui uma relação com o fornecimento de roupas para grifes de moda. Imigrantes chineses participam disso também. É a máfia que resolve probleminhas para grandes corporações, que precisam resolvê-los por debaixo do tapete", conclui Rizzo.
Fonte: Folha Online
Sérgio Rizzo, crítico da Folha, diz que a carreira internacional do longa-metragem começou no Festival de Cannes, em maio, onde conquistou o Grande Prêmio do Júri. "É uma espécie de vice-campeonato. O campeão leva a Palma de Ouro, e o segundo filme preferido pelo júri leva o Grande Prêmio", explica.
Sérgio Rizzo fala sobre Gomorra
Na premiação da Academia Européia de Cinema, o trabalho de Garrone teve cinco indicações --inclusive a de melhor diretor-- e representa a Itália na corrida ao Oscar de melhor produção estrangeira.
"Gomorra" retrata a realidade de gângsters, tema que remete o espectador ao "O Poderoso Chefão" (1972), de Francis Ford Coppola. Segundo Rizzo, o clássico apresenta uma roupagem épica ao romantizar personagens que são figuras do mundo do crime.
"Em 'Gomorra', as coisas se dão de uma outra maneira. Ninguém deve esperar nenhuma espécie de romantização de personagens nem mesmo de estilização da violência. A atuação da máfia é descrita de maneira bruta, muito realista, às vezes lembrando mesmo o estilo de um documentário", esclarece o crítico.
Para ele, o filme ajuda a entender a economia do mundo atual, pois a atuação da máfia italiana não envolve somente representantes das classes trabalhadoras, mas as conexões que ela estabelece com o tráfico.
"No filme, o tráfico de drogas é feito pelos colombianos. A máfia, de certa maneira, possui uma relação com o fornecimento de roupas para grifes de moda. Imigrantes chineses participam disso também. É a máfia que resolve probleminhas para grandes corporações, que precisam resolvê-los por debaixo do tapete", conclui Rizzo.
Fonte: Folha Online
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