domingo, 28 de dezembro de 2008

Bombardeio de Israel segue na fronteira com Gaza; já são quase 300 mortos.



Do UOL Notícias
Em São Paulo

Israel prossegue neste domingo os ataques aéreos na Faixa de Gaza, que deixaram mais de 290 mortos em menos de 48 horas, e concentrou tanques na fronteira, ameaçando o Hamas, que controla o território, com uma possível operação terrestre.

A operação "Chumbo endurecido" é a mais violenta desde a ocupação israelense dos territórios palestinos, em 1967. Os ataques, iniciados no sábado, deixaram 289 mortos, policiais do Hamas em sua maioria, e mais de 600 feridos, de acordo com os últimos números dos serviços palestinos de emergência.

Said Khatib/AFP

Jatos israelenses bombardearam cerca de 40 túneis ao sul de Gaza


O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, acusou Israel de "cometer um Holocausto aos olhos do mundo inteiro, que não mexeu um único dedo para evitar a ofensiva".

"A resistência palestina se reserva o direito de responder a essa agressão com operações de mártires", ou seja, atentados suicidas, anunciou o porta-voz.

Reunido em caráter de urgência, o Conselho de Segurança da ONU pediu na manhã deste domingo o fim imediato de todas as atividades militares na Faixa de Gaza e exigiu que todas as partes enfrentem a crise humanitária no território.

Hoje, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse ser favorável a ampliar as operações do Exército contra alvos do Hamas. Segundo ele, "as FDI (Forças de Defesa Israelenses) expandirão e aprofundarão as operações em Gaza a tudo o que for necessário".

Barak não descartou a possibilidade de uma operação terrestre na Faixa de Gaza. "Devemos saber que isso não será de curta duração e não será fácil", acrescentou.

Além disso, Israel decidiu mobilizar 6.500 reservistas, anunciou uma fonte do governo, que pediu anonimato.

A Força Aérea de Israel atacou 230 alvos do Hamas na Faixa de Gaza, incluindo edifícios, arsenais, ou zonas de lançamento de foguetes, segundo um porta-voz militar, que destacou que 97% das vítimas pertenciam ao Hamas.

UOL

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