03/12/2008
A Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores (CISL) advertiu ontem (02) que nos próximos dois anos 900 mil pessoas podem perder seus empregos por conta da crise econômica global, que "golpeia duramente a produção nacional".
Em seu informe Industria 2008, a CISL afirmou que frente à falta de "medidas anticíclicas" adequadas, nos próximos dois anos 900 mil empregos podem ser perdidos no setor manufatureiro e de construção.
O sindicato recordou que nos últimos dois meses quase 180 mil trabalhadores se viram afetados por processos de "reestruturação empresarial", derivados da crise financeira global.
O informe acrescentou que os setores mais afetados são o têxtil, o mecânico e o de processamento de minerais, madeira e couro.
A CISL advertiu ainda que, de acordo com seus pesquisadores, o impacto do pacote de medidas anticrise adotado na sexta-feira passada pelo governo de Silvio Berlusconi será "modesto".
Esse pacote de medidas prevê isenções fiscais para as empresas e subsídios aos setores mais desfavorecidos e foi criticado também pela Confederação Italiana do Trabalho (CGIL), o mais importante sindicato do país, que convocou uma greve nacional para o dia 12 de dezembro.
De acordo com o informe da CISL, entre as empresas afetadas pelo corte de pessoal nos últimos dois meses figuram Eletrolux, Campari, Fiat, Alitalia e Unilever.
Ansa
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