terça-feira, 2 de setembro de 2008

PLANO PARA SALVAR ALITALIA PREVÊ 4.500 DEMISSÕES, DIZEM SINDICATOS

02/09/2008

O número de demissões previstas pelo plano para reabilitar a companhia aérea Alitalia deve ficar em torno de 4.500, um número mais baixo em relação às primeiras estimativas, disseram fontes sindicais.

Até hoje a cifra que circulava na imprensa italiana permanecia entre 5 mil e 7 mil demissões. Fontes da empresa confirmaram que os cortes de pessoal seriam por volta de 4.500, após as indiscrições publicadas hoje pelo jornal La Repubblica, de Roma, que revelaram contatos informais entre sindicato e governo.

Nos ambientes sindicais existe muita preocupação, em particular pelos assistentes de vôo, que pagariam o preço mais alto, com 1.500 demissões. Seriam cortados também 500 postos entre os pilotos e cerca de 2.500 empregos de pessoal de terra.

No total, as demissões seriam próximas da oferta feita há alguns meses pela parceria Air France-KLM, que no entanto foi recusada. Os sindicatos esperam agora que o governo possa reduzir ainda mais o número de demissões. Um decreto aprovado pelo governo na semana passada permite que os funcionários demitidos recebam por sete anos uma ajuda do governo.


"A Operação Alitalia foi um Sucesso!"

O premier italiano Silvio Berlusconi declarou que a operação "foi um grande sucesso do nosso governo, depois da emergência do lixo na Campania".

Berlusconi atacou a oposição, que segundo ele "só sabe criticar".

"Nunca houve da parte deles apoio ou sugestões positivas", opinou o premier.

Para ele, a intervenção do governo na Alitalia foi "a única operação possível" para evitar a venda da companhia por um preço inferior ao seu valor; ou sua falência, com "20 mil pessoas na empresa".

"O país terá uma importante e eficiente companhia nacional, absolutamente italiana, administrada por empresários que representam o melhor do que podemos dispor", disse o premier.

"Nossos empreendedores poderão assim deslocar-se para qualquer parte do mundo para divulgar os produtos nacionais, podendo contar com este transporte aéreo", concluiu Berlusconi.

ANSA

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