sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Governo britânico desiste de exigir visto de brasileiros.


Sexta, 26/09/2008

O governo britânico desistiu de ressuscitar a exigência de visto para os brasileiros que viajam para a Inglaterra. E o Brasil também não está mais na lista dos países suspeitos de não terem uma política para conter a imigração ilegal. Os dois países chegaram a um acordo de "cooperação positiva" ao final de uma longa reunião, no Itamaraty, na segunda-feira.

Os britânicos desistiram também de colocar um policial nos aeroportos brasileiros, de querer que a Embaixada do Brasil em Londres fizesse papel de polícia e ajudasse a controlar a imigração, e de impor às agências de turismo a obrigação de fazer uma triagem prévia, deixando de vender passagens a turistas suspeitos de serem imigrantes ilegais. Essas exigências e a ameaça de reintroduzir o visto foram reveladas em agosto passado.

Pelo acordo, foi criado uma espécie de comitê permanente de consultas consulares que, além dos contatos diários, vai se reunir de seis em seis meses para avaliar o trânsito de cidadãos entre Brasil e Inglaterra e os casos detectados de imigração ilegal. Os britânicos enviaram dois altos funcionários para a negociação - Judith MacGregor, das Relações Exteriores, e Tom Dodd, do Ministério do Interior.

Em julho, o governo brasileiro foi notificado, por meio de uma carta, que o País cumpriria durante seis meses um "estágio probatório", o Visa Waiver Test. Pelas condições impostas unilateralmente, o Brasil e os demais países incluídos no Visa Test - Bolívia, Botsuana, Trinidad e Tobago e Lesoto, entre outros - ou aceitavam as condições britânicas, adotando "uma política mais rígida de fiscalização de quem desobedece às leis da imigração", ou admitiam a reintrodução do regime de vistos.

Oficialmente, o governo britânico não tira o nome do Brasil da lista porque precisa cumprir o rito diplomático: ao final dos seis meses, no início do ano que vem, anuncia formalmente que o governo brasileiro está cooperando e desiste das sanções. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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