PADOVA, 8 de MAIO
Uma empresa fabricante de próteses e utensílios médicos de Minas Gerais está envolvida no processo que investiga, na Itália, pelo menos duas mortes causadas por falhas em válvulas cardíacas produzidas no Brasil. Pelo menos 10 italianos também sofreram danos permanentes à saúde devido aos produtos, e suspeita-se que mais mortes tenham ocorrido. O promotor Matteo Stuccilli, de Padova (norte da Itália), pede três anos de prisão para Rubens Junqueira de Sousa e Ivan Sérgio Joviano Casagrande, gerentes da TRI-Technologies, de Nova Lima e Belo Horizonte (MG).
Em 2002 e nos anos precedentes, válvulas artificiais da aorta com defeito provocaram graves complicações e riscos para a saúde de italianos tratados em Padova e Turim. Em dezembro de 2002, a Anvisa chegou a proibir a empresa brasileira de produzir as "válvulas assassinas" (como a imprensa italiana se referiu ao caso), por não possuir "nenhum registro para fabricar" qualquer tipo de válvula ou prótese para o coração. A medida não foi suficiente para evitar as mortes e complicações, pois os produtos utilizados nos meses anteriores já apresentavam falhas graves.
O então ministro da Saúde, Girolamo Sirchia, ordenou o recolhimento de todas as válvulas da empresa, que custavam bem mais barato que as concorrentes. Também estão sendo acusados de envolvimento nas mortes o médico e professor Dino Casarotto, diretor de um centro de cirurgias cardiovasculares em Padova, além de Vittorio Sartori, diretor de três empresas revendedoras das válvulas brasileiras.
O projetista das válvulas, Thomas Henry Reif, e outras pessoas envolvidas na certificação de qualidade dos produtos também são alvos do processo. A promotoria suspeita de que se trate também de um caso de corrupção. A data da publicação da sentença está prevista para o próximo dia 9 de junho.
Fonte: Ansa
Uma empresa fabricante de próteses e utensílios médicos de Minas Gerais está envolvida no processo que investiga, na Itália, pelo menos duas mortes causadas por falhas em válvulas cardíacas produzidas no Brasil. Pelo menos 10 italianos também sofreram danos permanentes à saúde devido aos produtos, e suspeita-se que mais mortes tenham ocorrido. O promotor Matteo Stuccilli, de Padova (norte da Itália), pede três anos de prisão para Rubens Junqueira de Sousa e Ivan Sérgio Joviano Casagrande, gerentes da TRI-Technologies, de Nova Lima e Belo Horizonte (MG).
Em 2002 e nos anos precedentes, válvulas artificiais da aorta com defeito provocaram graves complicações e riscos para a saúde de italianos tratados em Padova e Turim. Em dezembro de 2002, a Anvisa chegou a proibir a empresa brasileira de produzir as "válvulas assassinas" (como a imprensa italiana se referiu ao caso), por não possuir "nenhum registro para fabricar" qualquer tipo de válvula ou prótese para o coração. A medida não foi suficiente para evitar as mortes e complicações, pois os produtos utilizados nos meses anteriores já apresentavam falhas graves.
O então ministro da Saúde, Girolamo Sirchia, ordenou o recolhimento de todas as válvulas da empresa, que custavam bem mais barato que as concorrentes. Também estão sendo acusados de envolvimento nas mortes o médico e professor Dino Casarotto, diretor de um centro de cirurgias cardiovasculares em Padova, além de Vittorio Sartori, diretor de três empresas revendedoras das válvulas brasileiras.
O projetista das válvulas, Thomas Henry Reif, e outras pessoas envolvidas na certificação de qualidade dos produtos também são alvos do processo. A promotoria suspeita de que se trate também de um caso de corrupção. A data da publicação da sentença está prevista para o próximo dia 9 de junho.
Fonte: Ansa
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