O desemprego na zona do euro atingiu 9,4% em junho --a maior desde junho de 1999--, após os 9,3% registrados em maio. Em junho de 2008, a taxa estava em 7,5%. Na UE (União Europeia) como um todo, a taxa de desemprego em junho ficou em 8,9% --a maior desde junho de 2005--, contra 8,8% vistos em maio. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Eurostat, a agência europeia de estatísticas.
Mesmo com o alto índice, o dado deve ser recebido de forma relativamente favorável, uma vez que ficou abaixo da expectativa dos analistas. Segundo a agência de notícias Reuters, a previsão no mercado financeiro era de que a taxa chegaria a 9,7% no mês passado.
Segundo a Eurostat, 21,526 milhões de pessoas estavam desempregadas na UE no mês passado --das quais 14,896 milhões estão em países da zona do euro. Na comparação com maio, o número de desempregados cresceu em 246 mil na UE, enquanto na zona do euro o aumento foi de 158 mil. Em relação a junho do ano passado, os aumentos foram de 5,024 milhões e de 3,170 milhões, respectivamente.
Entre os países do bloco europeu, as menores taxas de desemprego foram registradas na Holanda (3,3%) e na Áustria (4,4%). As mais altas, por sua vez, foram as Espanha (18,1%), Letônia (17,2%) e Estônia (17%).
Em relação a junho de 2008, todos os países do bloco registraram aumento no desemprego. Os menores avanços foram os observados na Alemanha (de 7,3% para 7,7%), Romênia (de 5,7% para 6,2%, na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, segundo os dados mais recentes levantados no país) e na Holanda (de 2,7% para 3,3%).
Os maiores avanços, por sua vez, foram os registrados na Estônia (de 4,6% para 17%), Letônia (de 6,4% para 17,2%) e Lituânia (de 5,1% para 15,8%).
Inflação
A Eurostat informou hoje também que os preços ao consumidor nos países da zona do euro mantiveram a trajetória e queda e fecharam julho com deflação (taxa anualizada) de 0,6% (0,5 ponto percentual abaixo da de junho). Trata-se do segundo mês consecutivo de queda no indicador.
O IPCH (Índice de Preços ao Consumidor Harmonizado) de junho (-0,1%) foi o primeiro registro negativo da história deste indicador, medido desde 1997 (o índice é apurado sob um método comum em toda a União Europeia). O índice definitivo correspondente a julho, com informação detalhada sobre sua composição e por países, no próximo dia 14.
da Folha Online
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