quarta-feira, 29 de julho de 2009

ADVOGADO DE BERLUSCONI VOLTA A NEGAR EXISTÊNCIA DE TÚMULOS FENÍCIOS.


27/07/2009

O deputado do partido governista Povo da Liberdade (PDL) Niccolò Ghedini, advogado do premier italiano, Silvio Berlusconi, voltou a negar a existência de um sítio arqueológico em Villa Certosa, mansão do primeiro-ministro localizada na Sardenha.

"Não existem túmulos fenícios em Villa Certosa", disse o advogado, referindo-se ao áudio divulgado na última semana pela revista L'Espresso, em que um homem, cuja voz é atribuída a Berlusconi, fala da existência de "30 túmulos fenícios de 300 antes de Cristo" nos jardins da mansão.

Por sua vez, o jornal La Repubblica, que pertence ao mesmo grupo da revista L'Espresso, questionou a versão do advogado, recordando que em março de 2005 a publicação local L'Unione Sarda difundiu uma nota na qual informava que Ghedini "acompanhou os funcionários da direção de controle arqueológico em um parque (de Villa Certosa), onde foram descobertos importantes restos arqueológicos".

Ghedini explicou que em 2005 foram "encontrados alguns ossos e restos de cerâmica, que obviamente foram entregues para os policiais e para as autoridades competentes". "O restante é apenas uma tentativa de difamar o presidente (do Conselho de Ministros da Itália)", afirmou.

Desde a divulgação das gravações, apresentadas pela prostituta Patriza D'Addario, o caso tem sido discutido por políticos e especialistas do país.

"É preciso saber se existem ou não estes túmulos fenícios na residência do premier e, sobretudo, se foram denunciadas ou não às autoridades competentes", disse o senador André Marcucci, do Partido Democrata (PD, principal força de oposição).

Já arqueólogos, que também pedem esclarecimentos, discordam com a possibilidade de se encontrar restos fenícios no local. "Em nossa disciplina nada é impossível, mas se tivesse que buscar uma necrópole fenícia, seguramente não seria ali", disse Rubens D'Oriano, responsável arqueológico de Olbia.

ANSA

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