23/06/2009
O jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana, afirmou nesta terça-feira, 23, que é necessário "reabrir o grande capítulo das reformas constitucionais compartilhadas e revisar as leis eleitorais [do país]".
O jornal considera que essas mudanças são necessárias após "a sensacional rejeição do referendo", que foi realizado no país entre domingo e ontem sobre alterações na legislação eleitoral. Para a publicação, se a mudança na lei fosse aprovada, poderia abrir as portas para "arriscadas ditaduras das minorias".
O referendo, que na Itália só pode ser convocado para alterar leis já vigentes, foi anulado porque menos de 50% dos eleitores foram às urnas. No país, o voto para referendos não é obrigatório.
Caso as propostas fossem aprovadas, o partido que obtivesse maioria simples dos votos para o parlamento teria direito a 55% das cadeiras, independente da porcentagem de votos que conseguisse.
O referendo também perguntava ao eleitor se deveriam ser extintas as coalizões para a Câmara dos Deputados e para o Senado. Por fim, propunha-se que fosse proibido que uma pessoa se candidatasse ao Legislativo simultaneamente por mais de uma região.
De acordo com o jornal do episcopado, "a histórica derrota dos majoritários" não significa a vitória de ninguém, mas indica deveres sobre os quais, "por sorte parece que existe certa consciência".
O Avvenire também comentou o resultado do segundo turno das eleições administrativas, que foram realizadas simultaneamente ao referendo. Há duas semanas, os italianos haviam votado para o Legislativo e Executivo de províncias e municípios do país, e ontem foi concluído o segundo turno desses pleitos.
Para o jornal, o resultado eleitoral "completa de modo mais plausível o cenário que foi indicado há 15 dias", com "a centro-direita [partido governista, Povo da Liberdade] vencendo sem arrasar os adversários, e sentindo o peso das nuvens que rodeiam o chefe de governo".
A publicação se referia assim, entre outros episódios, às investigações da Justiça da cidade de Bari sobre um jovem empresário que supostamente agenciava a prostituição de mulheres que participaram de festas em mansões de Berlusconi.
No segundo turno, a oposição "conquistou uma votação que poderia ser mais modesta, porém que pode ser considerada satisfatória somente por quem esperava o naufrágio", avalia a publicação.
Nas vésperas das eleições administrativas, o partido governista havia profetizado que a oposição iria desaparecer.
ANSA
O jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana, afirmou nesta terça-feira, 23, que é necessário "reabrir o grande capítulo das reformas constitucionais compartilhadas e revisar as leis eleitorais [do país]".
O jornal considera que essas mudanças são necessárias após "a sensacional rejeição do referendo", que foi realizado no país entre domingo e ontem sobre alterações na legislação eleitoral. Para a publicação, se a mudança na lei fosse aprovada, poderia abrir as portas para "arriscadas ditaduras das minorias".
O referendo, que na Itália só pode ser convocado para alterar leis já vigentes, foi anulado porque menos de 50% dos eleitores foram às urnas. No país, o voto para referendos não é obrigatório.
Caso as propostas fossem aprovadas, o partido que obtivesse maioria simples dos votos para o parlamento teria direito a 55% das cadeiras, independente da porcentagem de votos que conseguisse.
O referendo também perguntava ao eleitor se deveriam ser extintas as coalizões para a Câmara dos Deputados e para o Senado. Por fim, propunha-se que fosse proibido que uma pessoa se candidatasse ao Legislativo simultaneamente por mais de uma região.
De acordo com o jornal do episcopado, "a histórica derrota dos majoritários" não significa a vitória de ninguém, mas indica deveres sobre os quais, "por sorte parece que existe certa consciência".
O Avvenire também comentou o resultado do segundo turno das eleições administrativas, que foram realizadas simultaneamente ao referendo. Há duas semanas, os italianos haviam votado para o Legislativo e Executivo de províncias e municípios do país, e ontem foi concluído o segundo turno desses pleitos.
Para o jornal, o resultado eleitoral "completa de modo mais plausível o cenário que foi indicado há 15 dias", com "a centro-direita [partido governista, Povo da Liberdade] vencendo sem arrasar os adversários, e sentindo o peso das nuvens que rodeiam o chefe de governo".
A publicação se referia assim, entre outros episódios, às investigações da Justiça da cidade de Bari sobre um jovem empresário que supostamente agenciava a prostituição de mulheres que participaram de festas em mansões de Berlusconi.
No segundo turno, a oposição "conquistou uma votação que poderia ser mais modesta, porém que pode ser considerada satisfatória somente por quem esperava o naufrágio", avalia a publicação.
Nas vésperas das eleições administrativas, o partido governista havia profetizado que a oposição iria desaparecer.
ANSA
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