10/06/2009
A associação italiana Black Out fará um protesto na tarde desta quinta-feira, 11, contra a visita do primeiro-ministro da Líbia, Muammar Kadafi, à Itália.
O ápice da mobilização será uma partida de futebol no parque de Villa Doria Pamphili, em Roma, onde foi montada uma tenda beduína que o premier leva em todas as viagens internacionais.
"O nosso futebol será usado contra os soldados dele para fazer viver uma parte da cidade que alguém decidiu considerar de propriedade privada", defendeu a organização, que critica também os acordos estabelecidos entre o governo italiano e líbio, e as fortes medidas de segurança aplicadas em ocasião da visita de Kadafi .
O Black Out informou que a mobilização "acontecerá a partir das 16h (11h no horário de Brasília) na parte da vila não apreendida".
O premier iniciou hoje sua visita de quatro dias ao país, agendada desde o ano passado, quando foi firmado um acordo ítalo-líbio, que prestaria contas do governo italiano pelos mais de trinta anos de colonização na Líbia (1911-1942).
Com esse acordo, a Itália se comprometeu a pagar US$ 5 bilhões à Líbia ao longo dos próximos 25 anos. Entre outros, o governo italiano ajudará na construção de uma estrada que atravessará a Líbia, da Tunísia ao Egito. Por sua parte, o governo líbio se comprometeu a combater a saída de milhares de pessoas do país que, clandestinamente, desembarcam na Itália.
Ainda em virtude do tratado, a partir de maio deste ano, a Líbia passou a aceitar a repatriação de cidadãos que tentavam ingressar clandestinamente à Itália via mar. Essa medida foi duramente criticada por organizações de defesa dos direitos humanos, visto que as embarcações eram interceptadas em alto-mar, ainda em águas internacionais.
No aeroporto internacional de Ciampino, em Roma, Kadafi foi recebido pelo premier italiano, Silvio Berlusconi, sendo que, posteriormente, reuniu-se com o presidente Giorgio Napolitano.
O líder líbio irá amanhã o Senado italiano, mas senadores do Partido Democrata (PD) e do Itália dos Valores (IDV), ambos oposicionistas, protestaram contra a visita.
Em nota, os parlamentares informaram que não estarão presentes na sessão, a qual dará espaço "a um ditador".
ANSA
A associação italiana Black Out fará um protesto na tarde desta quinta-feira, 11, contra a visita do primeiro-ministro da Líbia, Muammar Kadafi, à Itália.
O ápice da mobilização será uma partida de futebol no parque de Villa Doria Pamphili, em Roma, onde foi montada uma tenda beduína que o premier leva em todas as viagens internacionais.
"O nosso futebol será usado contra os soldados dele para fazer viver uma parte da cidade que alguém decidiu considerar de propriedade privada", defendeu a organização, que critica também os acordos estabelecidos entre o governo italiano e líbio, e as fortes medidas de segurança aplicadas em ocasião da visita de Kadafi .
O Black Out informou que a mobilização "acontecerá a partir das 16h (11h no horário de Brasília) na parte da vila não apreendida".
O premier iniciou hoje sua visita de quatro dias ao país, agendada desde o ano passado, quando foi firmado um acordo ítalo-líbio, que prestaria contas do governo italiano pelos mais de trinta anos de colonização na Líbia (1911-1942).
Com esse acordo, a Itália se comprometeu a pagar US$ 5 bilhões à Líbia ao longo dos próximos 25 anos. Entre outros, o governo italiano ajudará na construção de uma estrada que atravessará a Líbia, da Tunísia ao Egito. Por sua parte, o governo líbio se comprometeu a combater a saída de milhares de pessoas do país que, clandestinamente, desembarcam na Itália.
Ainda em virtude do tratado, a partir de maio deste ano, a Líbia passou a aceitar a repatriação de cidadãos que tentavam ingressar clandestinamente à Itália via mar. Essa medida foi duramente criticada por organizações de defesa dos direitos humanos, visto que as embarcações eram interceptadas em alto-mar, ainda em águas internacionais.
No aeroporto internacional de Ciampino, em Roma, Kadafi foi recebido pelo premier italiano, Silvio Berlusconi, sendo que, posteriormente, reuniu-se com o presidente Giorgio Napolitano.
O líder líbio irá amanhã o Senado italiano, mas senadores do Partido Democrata (PD) e do Itália dos Valores (IDV), ambos oposicionistas, protestaram contra a visita.
Em nota, os parlamentares informaram que não estarão presentes na sessão, a qual dará espaço "a um ditador".
ANSA
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