16/04/2009
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, negou nesta quinta-feira, 16, que seu país tenha rejeitado ajuda internacional para auxiliar as vítimas e reparar danos causados pelo terremoto que atingiu a região de Abruzzo, centro do país, na semana passada.
O chanceler lembrou que, pouco tempo após o desastre, ocorrido no último dia 6, o governo italiano já havia acionado o mecanismo de financiamento da União Europeia, mediante o qual o país poderá ainda obter "entre 300 milhões e 400 milhões de euros, devido à enorme gravidade deste terremoto", segundo ele.
No dia seguinte à tragédia (7), quando visitou a cidade de L'Aquila, capital de Abruzzo e onde foi registrado o epicentro do tremor, de 5,8 graus na escala Richter, o premier italiano, Silvio Berlusconi, agradeceu a outras nações pela solidariedade demonstrada, mas reiterou que seu país não precisava de ajuda financeira naquele momento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos governantes telefonou a Berlusconi para oferecer ajuda.
No mesmo dia, porém, um pouco mais tarde, durante uma conversa por telefone com o presidente norte-americano, Barack Obama, o premier sugeriu que os Estados Unidos "adotassem" igrejas e monumentos históricos danificados pelo terremoto e custeassem sua restauração. Depois, o mesmo convite foi estendido a outros países.
Frattini recordou este episódio, reiterando que a Itália aceitou as ofertas feitas por Estados Unidos e Alemanha. "Falamos com todos os países que ofereceram ajuda e dissemos que precisávamos [de ajuda] para depois desta fase de emergência", explicou o chanceler. "Desta forma, é falso afirmar que a Itália recusou [ajuda]", acrescentou.
O terremoto de Abruzzo matou 294 pessoas e deixou cerca de 50 mil desabrigados. Parte destes sobreviventes está em acampamentos montados pela Defesa Civil. O governo italiano já liberou 30 milhões de euros para auxiliar as vítimas.
ANSA
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