sábado, 22 de março de 2008

O Verdadeiro Significado da Páscoa.

É sempre a mesma coisa.

Milhares e milhares de toneladas de chocolate. Sábado, à tarde, aquela correria. Compra-se de tudo. Até ovos amassados. O Brasil, o maior país católico do mundo, e um dos países onde o cristianismo mais cresce, ano após ano, bate o recorde no consumo de ovos de páscoa.

Qual o verdadeiro significado da Páscoa? Será que nossas crianças sabem o verdadeiro significado? Será que nós sabemos o que significa a Páscoa?

O Professor Irlan de Alvarenga diz em um estudo que apenas 2 (duas) entre 10 (dez) crianças sabem o verdadeiro significado da páscoa. Propagandas em Rádio e Tv. ensinam nossas crianças a cantar: “Coelhinho da páscoa...” e, pasmem, coelho nem ovo bota. Isso, considerando que o Brasil é um dos maiores países cristãos do mundo, é um verdadeiro absurdo. Uma discrepância. o­nde temos errado?

A forma como se comemora a páscoa atualmente, é de origem pagã, em homenagem a deusa anglo-saxã Eostre, inclusive a distribuição de ovos de chocolate. Nada contra o chocolate, à exceção de diabéticos, todos nós consumimos uns chocolates, colombas, e não somos hipócritas a ponto de negarmos isso. Quem não gosta de um chocolate? Mas é preciso lembrar que a verdade maravilhosa da páscoa anda escondida, oculta, por outdoors, cartazes, etc... Talvez aí uma atuação maligna para diminuir em importância um evento tão importante.

Jesus é a nossa Páscoa. O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima – no sentido de relevar, pular além da marca ou passar sobre.

1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.

Quando Deus ordenou ao anjo destruidor que eliminasse todo o primogênito da terra do Egito, a casa que tivesse o sinal do sangue do cordeiro não seria visitada pela morte (Êxodo 12:1-36).

Então, os Judeus passaram a celebrar a páscoa, em comemoração à saída do Egito, a passagem para a liberdade. Todos os primogênitos egípcios morreram. Os hebreus foram preservados pela obediência e pela observância da ordem: Aspergir o sangue.

É necessário restaurarmos o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor.

Historicamente, vemos que os reis Ezequias (2Crônicas 30) e Josias (2Reis 23:21-23), restauraram em seus reinados a celebração da Páscoa, Deus se agradou e abençoou o povo. É preciso resgatar os verdadeiros significados da Páscoa e da Santa Ceia do Senhor.

A partir de Jesus Cristo, essa celebração foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não mais para relembrarmos a saída do Egito (estado), mas para sempre nos lembrarmos da saída do egito do pecado, e da liberdade que há na sua morte e ressurreição.

Além da forma pagã de comemoração da páscoa e da Santa Ceia (com coelhos de pelúcia, ovos de chocolate), há a forma católico-romana que admite que na consagração da missa, o pão e o vinho da Ceia do Senhor se transformam realmente no corpo físico de Cristo. A isto se chama transubstanciação. Tal teoria é teologicamente infundada, e só pode persistir o­nde a tradição e os dogmas são superiores à palavra.

Assim como Jesus Cristo disse ser a porta, e nem por isso ele se transformou em uma porta de peroba ou ferro (videira, o pão, o caminho), também o pão e o vinho não se transformaram em carne e sangue. Como os judeus, com as suas rigorosas leis dietéticas comeriam carne e beberiam sangue humano? Ser cristão seria transformar-se em antropófagos? Muitos sãos os exemplos que poderíamos citar para combater essa teoria católica.

A Ceia do Senhor, é um cerimonial instituído por Jesus Cristo (Paulo diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entregue...”), e sua preocupação com a preparação, demonstra a importância dessa celebração solene. Marcos 15:13-16: “Enviou, pois, dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem levando um cântaro de água; seguí-o; e, o­nde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar: o­nde está o meu aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado e pronto; aí fazei-nos os preparativos. Partindo, pois, os discípulos, foram à cidade, o­nde acharam tudo como ele lhes dissera, e prepararam a páscoa”.

Se não fosse importante ele não a instituiria. Precisamos resgatar esses valores. o­nde já se viu falar em “portas abertas para a prosperidade” (e outras tantas bobagens) numa 6ª feira da paixão? o­nde está o Cristo crucificado? Não se trata de santificar ou idolatrar a data no calendário, trata-se de recordarmos de o­nde éramos e o que Deus nos fez para nos tirar de lá. Devemos santificar essa data em nosso coração. Essa lembrança, contudo, não pode se restringir aos dias de Santa Ceia (ou na semana santa), ou uma vez por ano. Não. Esse sentimento deve estar diariamente em nosso coração.

Jesus poderia simplesmente dizer: Vamos comer de qualquer jeito. Vamos comer em qualquer lugar. Ali embaixo da árvore mesmo, ou, na casa de alguém de vocês. Não. Jesus Cristo desejou algo especial, um aposento especial, para uma ocasião especial. A pessoa que cedeu o lugar foi alguém escolhida especialmente para esse serviço.

É como se Jesus perguntasse: “Onde está o aposento? o­nde está o lugar no teu coração para que Eu tenha comunhão com você? o­nde?”. Deus através de Jesus Cristo quer ter intimidade conosco. Ali naquela sala, somente estavam os homens escolhidos por Jesus. Existe um lugar em seu coração para ele?

O processo de cristianização por que passa nosso país está deteriorando nosso evangelicalismo.

Não podemos dizer que vivemos um processo de cristianização, que é diferente de evangelização e muito inferior ainda ao de discipulado. Vivemos um processo de banalização do Evangelho, o­nde a importância e a significação da Páscoa e a Santa Ceia do Senhor é diminuída. A encenação na cidade de Jerusalém (Norte/Nordeste) permeada por atores globais mostra atores desnudos.

Até o ritual e o legalismo estão se deteriorando. Portanto, hoje, mais do que nunca, precisamos nos lembrar, de verdade, sobre o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor.

Vamos nos abster, porém, do modelo católico-romano, todo ele centrado nos rituais, legalismos, formas exteriores. Ir à missa salva. Casar na Igreja salva. Confessar os pecados ao padre salva. Batizar o filho salva. Fazer a Primeira Comunhão Salva. São os famosos sacramentos. Não! É difícil trilhar a linha do equilíbrio. Mas nem por isso devemos abandonar esse ideal.

PRECISAMOS RESGATAR A FORMA BÍBLICA DE CELEBRAR A PÁSCOA E A SANTA CEIA DO SENHOR.

Nesse contexto, de tão rápidas mudanças, de banalização do cristianismo, cremos que as celebrações cristãs que mais representam o verdadeiro significado do cristianismo são a Páscoa e a Santa Ceia do Senhor. Nelas encontramos elementos que resumem o que verdadeiramente significa ser cristão no mundo de hoje. Sem a páscoa cristã, não teríamos nenhuma boa notícia para contar a ninguém.

A forma bíblica, portanto correta, de celebrar a PÁSCOA CRISTÃ, e a SANTA CEIA DO SENHOR, é a sintetizada por Paulo em:

1Coríntios 11:23-30: “Porque recebi do Senhor o que também vos entreguei: porque o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.

Assim, temos que a Santa Ceia do Senhor é a Verdadeira Celebração da Páscoa. Toda a vez que comemos do pão e bebemos do cálice, celebramos a Páscoa. Existe, portanto, fatores que devemos considerar sempre que participamos da Santa Ceia do Senhor.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA É UM MEMORIAL. APONTA PARA O PASSADO.

Memorial (anamnesis - anaminesis), aquilo que faz lembrar.

1Coríntios 11:24: “e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim”.

Os judeus comemoravam em lembrança à saída do Egito. Do estado de escravidão. Lembravam que outrora eram escravos. Recordavam-se do dia em que mataram o novilho, comeram pães ázimos, presenciaram a dor dos egípcios, e, finalmente, foram libertos rumo à terra prometida. O sacrifício foi associado ao livramento. Sim, eles tinham o que lembrar, comemorar! E nós, temos o que lembrar? Temos o que comemorar?

Mais do que simplesmente lembrar, a Celebração da Santa Ceia do Senhor, há que nos fazer refletir. Não podemos nos esquecer que saímos do Egito do pecado. De uma vida sem perspectiva, sem alento. Nascemos escravos e morreríamos escravos, e isso somente não aconteceu em face da morte vicária de Jesus Cristo na Cruz do Calvário. É preciso refletir.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA SIGNIFICA:

...PROTEÇÃO: Sobre a proteção que desfrutamos diante dos poderes demoníacos. Existe o inferno, o diabo, e estamos livres dessa opressão, graças à libertação conquistada na cruz do calvário por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Através do Sangue de Jesus Cristo podemos pisar na cabeça da serpente.

...LIBERDADE: A escravidão é algo horrendo. Escravos das drogas. Escravos da prostituição. Escravos da mentira. Escravos da inveja. Escravos. Escravos. A liberdade é a mais preciosa de todas as possessões humanas. As forças do Egito das trevas escravizam. O Sangue de Jesus Cristo liberta.

...SUBSTITUIÇÃO. Ele não tinha pecado, mas se fez pecado por nós, entregou a sua vida, para que através de sua morte, muitos tivessem vida. Ele pagou o preço por nós. No novo pacto (testamento), precisamos nos apresentar com fé, eis que não somos capazes de cumprir a lei. Por isso ele nos substituiu.

Romanos 3:25: “ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos”.


Sttot, citando Dr. Cranfilet, diz: “Deus, porque em sua misericórdia desejou perdoar os homens pecadores, e, sendo verdadeiramente misericordioso, desejou perdoá-los justamente, isto é, sem acoitar o pecado, teve o propósito de dirigir contra seu próprio ser, na pessoa de seu Filho, o peso total dessa ira justa a qual eles mereciam”.

Muitos não entendem a questão da substituição. Talvez acham que não tem tanto pecado assim. De certa forma se acham, portanto, Jesus Cristo pode ter morrido pelo vizinho da direita, ou da esquerda. Mas não. Foi por mim. Foi por mim! É mais fácil aceitar a substituição com relação aos outros do que a nós mesmos.

...GRAÇA: Favor Imerecido. O passado foi anulado. A escritura da dívida foi rasgada. Um recomeço glorioso foi iniciado na terra prometida, a Canaã Celestial. Cristo que é a Nossa Páscoa também é a nossa expiação. Isso tudo aconteceu sem qualquer merecimento de nossa parte. Foi estabelecido um novo pacto. 1Coríntios 11:25: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue”. Isto quer dizer que o sacrifício não precisa ser renovado. Foi realizado única vez, para sempre. Pacto não selado com sangue de animal, mas com o sangue de Jesus Cristo.

...EXPIAÇÃO: Através do sacrifício de Cristo, ocorreu a expiação dos nossos pecados. Expiação significa desviar o castigo, especialmente a ira divina. 2Coríntios 5:19: “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo”.

Comemorar a páscoa, celebrar a Santa Ceia do Senhor, é lembrar todo o ministério de Cristo e a posição que ocupamos e que deveríamos ocupar no Reino daquele que nos resgatou das trevas para a sua maravilhosa luz. Não nos cabe mais questionar porque fomos salvos (por causa do seu grande amor, é lógico), mas para que fomos salvos! Também não nos cabe nenhuma outra participação, a não ser responder com arrependimento, com fé e com o viver altruísta.

...A OBRA DE CRISTO: Jesus Cristo não foi um Mártir: Mateus 27-50: ”De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito”.

João 10:17-18: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.

Muitas religiões têm os seus mártires, mas a morte de Jesus Cristo não foi de um mártir. Mártir é aquele cuja morte é imposta de modo irreversível por religiosos, autoridades e indivíduos de crenças opostas e de intolerantes. Jesus sempre correu risco de vida, mas somente morreu quando entregou a sua vida. O mártir só escapa da morte se voltar atrás e negar a sua fé, nem que seja no último instante da vida. Foi de um Salvador. A Sua morte salva os homens de seus pecados. Cristo tomou o lugar deles e sofreu a morte deles. O mártir não se dá à morte. O mártir é pego à força. Jesus Cristo se entregou. Chico Mendes, Tiradentes... Jesus Cristo é superior a todos eles. O Sacrifício não é à força. O sacrifício aceitável é espontâneo.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA APONTA PARA MISSÃO

1Coríntios 11:26: “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha”.

Anunciar a Morte. É nossa responsabilidade, além de lembrar de o­nde saímos, resgatar a outros. Páscoa sem serviço, não é páscoa. Evangelho é serviço. Fomos salvos para que? Para Servir, para anunciar. Se o Filho do Homem veio para servir, porque eu não sirvo? Eu preciso servir.

Anunciar a morte é anunciar o fim do cativeiro. É anunciar a libertação aos cativos. O KERIGMA: EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.

Ensinar os Valores do Reino:

Mateus 16:18-20: ”E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

Não podemos nos contentar em ensinar apenas uma parte da verdade, por que apenas uma parte da verdade torna a outra metade mentira. Jesus Cristo mandou ensinar todas as coisas. O sermão do monte. A lei do amor. A lei do perdão. A lei do serviço. Não somente o evangelho da prosperidade; O Evangelho da cura das enfermidades; O Evangelho da solução dos problemas; O Evangelho da Batalha Espiritual, mas também o evangelho da santidade e da responsabilidade. Não somos salvos pelas boas obras, mas para as boas obras. A fé sem obras é morta.

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA APONTA PARA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO:

A cidade de Corinto era uma Cidade globalizada, assim como a cidade de São Paulo. Pessoas das mais diversas cidades do mundo até então conhecido habitavam em Corinto. Lá trabalhavam, ganhavam a sua vida, de se divertiam, e pecavam. Pecavam muito.

Agape: Era uma refeição completa, em que os irmãos da igreja levavam seus alimentos. Pobres e ricos. Escravos e livres. Todos desfrutavam de uma só mesa. Mas não era uma maravilha. Existiam problemas, que o Apóstolo Paulo queria corrigir. Uns não esperavam pelos outros, de modo que não havia comunhão ao partir do pão. Aqueles que chegavam mais tarde, como os escravos, por exemplo, comiam apenas o que traziam, ou o que podiam trazer. Os ricos, por sua vez, comiam sua comida bem rápido. Fartavam-se e se embriagavam.

1Coríntios 11:28-30: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.


A mudança de comportamento é algo pessoal, à partir de um exame pessoal e particular. É um exame particular; intrínseco; de consciência. Examinar-se é como provar metais pelo fogo. É descobrir nossas volições, nossas motivações. Participar da ceia do Senhor, sem um auto-exame é participar indignamente.

O Auto-Exame visa EXPURGAR O FERMENTO VELHO.

1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.

Paulo chama aqui atenção à necessidade de aperfeiçoamento. Paulo critica a aquiescência com a situação. Acomodação espiritual.

Basta um pouco de fermento para levedar toda a massa (Gálatas 5:9). Não podemos confundir graça com malemolência. Não podemos deixar confrontar nossa vida com a vida de Cristo. Nosso modelo é ele, e apenas ele.

À medida que nos achegamos mais perto de Deus, através de Jesus Cristo, vamos tendo a noção exata da distância que estamos dele. Quanto mais distante estamos, menos nos enxergamos. Alguém, aqui se veste num quarto escuro?

Fermento velho, costumes antigos. Ouço dizer que...”Aceitei a Jesus e não precisei mudar em nada minha vida...”. Tal afirmação não encontra respaldo na bíblia. Todos que se encontraram com Jesus tiveram suas vidas mudadas, modificadas.

Fermento é símbolo da maldade, malícia e impiedade. É a influência penetrante do pecado, quer do diabo, da religião falsa, da política maliciosa ou dos homens em geral. É indicado para indicar as obras da carne, doutrina falsa. Era usado para indicar um desejo pervertido.

A Igreja não é uma massa remendada. É massa nova. Cristo Jesus, através de sua morte na cruz, pôs fora o fermento velho, portanto, devemos nos esforçar para nos mantermos livre. Os judeus lembravam esse fato, a saída do Egito, e durante 7 (sete) dias não comiam fermento. A páscoa, portanto, lembrava a solene luta para se livrar de todo o fermento velho.

Precisamos, pois, nos livrar do fermento da mentira, da inveja, da malícia. A bíblia nos diz que os mandamentos de Deus são leves, fáceis de seguir. Não temos problemas com os grandes pecados, mas sim com os pequenos. Não podemos nos contentar. Devemos buscar a santificação pessoal. A graça de Deus não pode nos levar a uma vida cristã irresponsável. o­nde eu não entro com nada. Deus é responsável por tudo. Precisamos mudar de hábito. O grande mau dos coríntios é que eles achavam que havia pouca ou nenhuma coisa errada com eles.

A Ceia do Senhor não é uma Refeição Qualquer: 1Coríntios 11:29-30: “29Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação se não discernir o corpo do Senhor. 30Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.

Não sendo uma refeição qualquer não podemos comê-la de qualquer jeito. A participação do cálice e do pão, não visa matar a fome física, antes visa nos conscientizar de quem somos e para o­nde vamos.

Por isso é preciso discernimento. Eu faço parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Essa refeição, esse ato de comer o pão e beber o vinho, está reafirmando essa condição de minha parte para com o mundo. Eu participo. Tenho responsabilidade. Quero cumprir a missão que Deus preparou para mim. Desejo estar no centro da vontade de Deus.

Danos espirituais. A falta de discernimento traz doenças espirituais, e doenças físicas. Viramos refém de satanás. Não podemos manter uma atitude imprópria para um ofício solene. Não se trata simplesmente de passar mal do fígado ou do estômago. Paulo aqui estava se referindo a castigo provindo da irreverência; da desobediência e da falta de amor.

Nada Como Um Dia Após o Outro.

Como disse no início, a Páscoa Aponta Para o Passado, Para o Presente, e Para o Futuro. A Páscoa veio a confirmar todo o ministério terreno de Jesus, demonstrando que ele era verdadeiro. Não haveria domingo se não houvesse o sábado, se não houvesse a sexta, se não houvesse a quinta.

Nada Como Um Dia Após o Outro.

Quinta Feira (que noite).

Doze homens comendo e bebendo com o Mestre. Um o traiu. Vendeu-o por 30 moedas de prata (o valor de um escravo).

Jesus lava aos pés dos discípulos, anuncia a sua morte. Assume o compromisso de enviar outro consolador. Levanta os olhos aos céus e ora ao pai, não somente pelos seus discípulos, mas por todos os que vierem a crer nele.

Vai ao Jardim das Oliveiras orar. Pedro, Tiago e João dormem. Jesus pede que, se possível o Pai passe dele aquele cálice. Os anjos o confortam. Ele sua gotas de sangue, tal era o sofrimento. Finalmente, Jesus é preso. Pedro corta a orelha de Malco. Perante Anás e Caifás, Herodes, Pilatos, Jesus é cuspido, torturado, vilipendiado. Pedro o nega 3 (três) vezes, o galo canta.

Sim, foi no início dessa noite que nasceu a mais solene cerimônia do cristianismo. “O Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão...”.

Nada Como Um Dia Após o Outro

Sexta-Feira (Que Dia).

Jesus julgado e condenado, Barrabás é libertado; Judas se suicida suas vísceras podiam ser vistas lá embaixo no penhasco.

Jesus, torturado, crucificado, entrega a sua vida, segue-se escuridão, o véu do Templo se abre de cima abaixo. Santos mortos ressuscitam, os discípulos se escondem de medo.

José de Arimatéia consegue a liberação do corpo de Jesus, e o deposita num sepulcro.

Sábado (mais um dia):

Guardas ficam à porta para impedir que o corpo de Jesus seja roubado.

Os Discípulos estão dispersos, com medo, escondidos;

Mas ele já não estava lá, fora pregar aos espíritos na prisão, conforme Pedro diz.

Domingo (de Páscoa).

Jesus Ressuscitou. O Sonho não acabou. Jesus Vive. John Lenon morreu, pouco se fala nele. Os Beatles não são mais famosos que Jesus Cristo. Jesus Cristo continua vivo. O sonho dos Beatles acabou, o nosso não!

Porque Ele Vive, posso crer no Amanhã.

Porque Ele Vive, Pedro não vive uma vida de remorso por ter negado ao Mestre; Porque Ele Vive, ele pode perguntar a Pedro Tu me Amas. Apascenta as minhas ovelhas. Em sua mente, não o olhar do cordeiro amassado, pisado, moído por nossas transgressões, mas o Cristo Ressuscitado;

Porque Ele Vive, a mulher que se viu livre do apedrejamento acha que vale a pena se esforçar para levar uma vida sem pecar mais;

Porque Ele Vive, João, a voz de trovão, se torna o Apóstolo do Amor, escreve o 4º Evangelho, as Cartas e o Livro do Apocalipse;

Porque Ele Vive, a pregação de João Batista, a voz que clamou no deserto não clamou em vão!;

Porque Ele Vive, se encontrou com Saulo no caminho de Damasco, e transformou o perseguidor no perseguido Paulo e maior teólogo de todos os Tempos;

Porque Ele Vive, os evangelhos foram escritos, em continuação ao Velho Testamento, as profecias se cumpriram, Ele é o Alpha e o Omega;

Porque Ele Vive, posso dizer, nada como um dia após o outro. Meus Jesus morreu, mas ressuscitou, e está nos céus ao lado do Pai, intercedendo por nós;

Porque Ele Vive, posso crer no Amanhã. Quando meu corpo baixar à sepultura, lá nos céus serei recebido por meu mestre, e viverei para sempre ao seu lado, para o­nde ele estiver eu esteja também;

Porque Ele Vive, o cristianismo não é apenas mais um dos ismos existentes por aí. É uma religião viva.

Porque Ele Vive, estamos reunidos aqui hoje, não para comermos bacalhau, ovos de páscoa, mas participarmos do seu corpo e do seu sangue;

Porque Ele Vive, eu me examino a mim mesmo, porque desejo agradar a meu Mestre, que morreu e ressuscitou, para que eu, por sua morte, morresse para o pecado, e por sua ressurreição ressurgisse para uma nova vida;

Porque Ele Vive, posso dizer o­nde está morte a tua vitória;

Porque Ele Vive, posso pisar a cabeça do diabo, e deixá-lo debaixo de meus pés;

Porque Ele Vive, devo dizer Não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim.

O Significado Real da Páscoa e da Santa Ceia:

Páscoa Significa Perdão;

Páscoa Significa Arrependimento;

Páscoa Significa Salvação;

Páscoa Significa Gratidão;

Páscoa Significa Comunhão;

Páscoa Significa Compromisso;

Páscoa Significa Santificação;

Páscoa Significa Serviço.


Acredito que é o momento de se fazer uma reflexão:

O que tem significado a páscoa e a santa ceia para você?

Há algo de que você precise se conscientizar?

Há algo de que você precise se arrepender?

Examine-se a si mesmo!

A Santa Ceia é muito mais que o pão e o vinho.

A Santa Ceia é um compromisso.

Você deseja renovar seu compromisso com Deus!

Deus não precisa renovar com você, por que o dele é eterno!

Não coma indignamente!

Não se satisfaça com o que você é hoje!

Faça por amor! Assim como o marido procura satisfazer as necessidades e gostos da esposa, devemos procurar satisfazer as espectativas de Deus para conosco.

Você ainda não confessou a Jesus como Senhor?

Você quer nesta data participar de sua morte e de sua vida?



Bibliografia

Enciclopédia de Bíblia e Teologia e Filosofia – Champlin

Enciclopédia Histórico-Teológica – Vida Nova

A Cruz de Cristo – John Stott

Revista Ultimato – março-abril/2000

1Coríntios – Introdução - Com. – Mundo Cristão

Fonte:
http://ceuaberto.parabolica.com/index.php?name=News&file=article&sid=66

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