quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Exército vigiará prédios da justiça de Reggio Calábria .


REGGIO CALABRIA 6 OUT (ANSA) - O governador (representante do governo da província) de Reggio Calábria, Luigi Varratta, informou hoje na cidade do sul da Itália e berço da máfia calabresa 'Ndrangheta, que o exercito vai vigiar os prédios da Procuradoria da República e da Procuradoria Geral.

A decisão é tomada um dia após ser encontrada uma bazuca em frente ao Tribunal da cidade.

Varratta se reuniu hoje com o Comitê da Província para a Ordem e a Segurança Pública junto com o procurador da República Giuseppe Pignatone e o procurador geral Salvatore Di Landro.

"O Comitê concordou em unanimidade com a minha proposta de solicitar a presença de militares. Neste momento o território, devido inclusive ao fato de ontem, precisa desta presença, não muito visível mas com a finalidade de vigiar a procuradoria e a procuradoria geral", afirmou o governador.

Por trás das intimidações realizadas contra os juízes de Reggio Calábria "pode existir uma estratégia com fins específicos que pode ser não só da 'Ndranheta, mas também de ambientes contíguos. Sempre existe uma zona cinza que está sendo investigada há tempos. Algum resultado já chegou e outros, tenho certeza que chegarão", disse Varratta.

O representante do governo esclareceu que "o exército não controlará o território e não haverá militares pelas ruas. Será empregado apenas para a vigilância dos escritórios jurídicos".

O controle do território é feito pelas forças da ordem, mas também a 'Ndragheta o controla. devemos fazer com que o controle do território esteja na mão do Estado", disse ele.

Por sua vez, Pignatone disse que "a intimidação de ontem não acredito que esteja ligada a um episodio especifico mas certamente é uma resposta à ação do Estado".

O procurador se refere a bazuca encontrada ontem em frente ao Tribunal da cidade após uma denúncia anônima que ameaçava Pignatone, no dia que a polícia cumpria 250 ordens de busca em uma investigação sobre intimidações contra magistrados.

ANSA

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