sábado, 19 de dezembro de 2009

ITÁLIA QUER LEI PARA RESTRINGIR INTERNET.


ROMA, 17 DEZ (ANSA) - O presidente do Senado italiano, Renato Schifani, pediu ações concretas para impedir que sites sejam usados para manifestações e incentivo à violência, citando como argumento a agressão sofrida no último domingo (13) pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

"Devemos fazer alguma coisa para evitar que sites eletrônicos se transformem em hinos à violência", defendeu Schifani, destacando que estas medidas devem ter "como ponto de referência a liberdade de expressão".

O Conselho de Ministros da Itália discutiu hoje (17) um projeto de lei que, se aprovado, permitirá ao governo tirar do ar páginas com conteúdo que julgue ser um risco para a segurança nacional.

Para o ministro Roberto Maroni (Interior), o texto do projeto ainda precisa de alguns "ajustes", principalmente nos pontos relativos ao grau de autoridade para declarar a extinção do site e à forma de identificar o que é crime ou apologia.

Maroni comentou que é preciso encontrar uma fórmula que não seja "punitiva" de modo indiscriminado, mas que atinja somente os autores.

O citado projeto de lei vem sendo criticado por alguns setores da sociedade, que acreditam que a norma é uma ameaça à liberdade de expressão.

"Usando como pretexto a agressão ao premier, se quer limitar a democracia. Hoje a liberdade da internet está ameaçada. Digamos não à censura de quem quer colocar filtros na rede, como acontece na China e no Irã", disse Angelo Bonelli, presidente nacional do Partido Verde italiano.

No último domingo (13), após um comício, o italiano Massimo Tartaglia, de 42 anos, atirou uma estatueta do Duomo [catedral] de Milão contra o rosto do primeiro-ministro, que fraturou um osso do nariz, quebrou dois dentes e feriu o lábio superior.

Há dois meses, uma comunidade no site de relacionamentos Facebook foi criticada pelo seu título "Matemos Berlusconi" (Uccidiamo Berlusconi, em italiano).

ANSA

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